Segredo: nova geração do Ford EcoSport crescerá e terá traseira de Mustang
Terceira geração chega em 2021 com espaço interno maior, jeitão de crossover e com design inspirado no Mustang
A Ford sabe que o EcoSport atual tem qualidades, como o bom acabamento interno e o comportamento dinâmico, mas que também fica devendo espaço interno e porta-malas frente aos rivais.
O carro que criou o segmento dos SUVs compactos em 2003 não consegue acompanhar seus pares há alguns anos. Por isso a terceira geração do EcoSport será tão diferente das passadas.
Embora a Ford esteja trabalhando em cortes de custos (o que levou ao fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo) e condicionado o anúncio de um novo pacote de investimentos para o Brasil ao sucesso nesse esforço, o desenvolvimento do novo EcoSport flui normalmente.
Ele é tratado como projeto BX755 e está previsto para chegar às lojas no final de 2021, já como modelo 2022. Mulas de testes já rodam em testes, como revela flagra enviado ao nosso WhatsApp pelo leitor Fernando Calza.
O carro circulava na rodovia que dá acesso ao campo de provas da Ford em Tatuí (SP).
A unidade tinha carroceria de Ka, maior altura livre do solo e bitolas mais largas, mas isso não indica compartilhamento de plataforma.
Uma fonte explica: “O BX755 apenas usará os mesmo pontos de apoio da carroceria na linha de montagem na fábrica de Camaçari (BA) para evitar custos com adaptação. Quase nenhuma peça será compartilhada com o Ka ou o EcoSport atual”.
Os pontos de apoio podem ser os mesmos, mas o novo EcoSport ficará quase irreconhecível para recuperar o tempo perdido. “Será mais crossover e menos SUV”, conta outra fonte, que destaca que o carro não será tão alto como hoje.
“Parecerá mais baixo e musculoso, lembrando um pouco o Mach-E na traseira e no caimento do teto”, completa. O novo entre-eixos não passará muito dos 2,60 m, o que já representaria um ganho considerável frente aos atuais 2,52 m.
O design integrará elementos de vários SUVs da marca. A frente mais agressiva com grade colmeia em V e faróis alinhados com a parte superior dela até lembra o T-Cross, mas sua verdadeira inspiração é o Explorer.
A lateral substitui vincos marcantes por formas mais orgânicas, algo que também ajuda a destacar os largos para-lamas traseiros. As maçanetas, por sua vez, serão as mesmas do novo Fiesta europeu.
A linha de cintura será mais alta, enquanto o teto terá caimento mais acentuado. Graças a isso, o porta-malas crescerá, passando dos 400 litros pela primeira vez (hoje são 356).
E houve um esforço para deixar a traseira impactante: as lanternas com elementos internos inspirados no Mustang são interligadas por uma faixa de plástico preto, onde estará o nome do carro. Abertura da tampa traseira para cima é inédita.
O novo painel preservará o acabamento de toque macio. Ainda terá quadro de instrumentos digital e a nova central multimídia Sync4, com inteligência artificial. Quem também permanece é o motor 1.5 Ti-VCT aspirado, de três cilindros, que hoje tem 137 cv. Mas a permanência do motor 2.0 e da tração 4WD ainda é dúvida.