Sobe e desce: HR-V se mostra imune a crises
Vendas de SUV crescem mesmo em mau momento do mercado
Mais um mês encerrado, mais uma queda do número de veículos vendidos no mercado brasileiro. Apesar de esta ter sido a tendência em todos os segmentos em agosto, houve gratas exceções. Veja abaixo os modelos que se deram bem no período – e também os que desapontaram.
SOBE
Um excepcional mês de agosto, com um aumento superior a 20% das unidades vendidas na comparação com julho. Pode parecer surreal que um modelo tenha tido tal desempenho no atual contexto do mercado automotivo brasileiro, mas o fato é que o Honda HR-V tem sido pouco atingido pela crise econômica. Foram 5.435 emplacamentos no período (contra 4.429 em julho), permitindo que ele fique com folga na primeira posição do segmento dos SUVs.
No segmento mais expressivo do mercado nacional, o dos hatches compactos, o Uno foi um dos poucos que não teve retração nas vendas em comparação com julho. Pelo contrário: foram quase 800 unidades a mais (6.918 a 6.162). É provável que parte desse bom desempenho deva ser atribuída a uma estratégia mais agressiva de marketing, com direito a um bom número de inserções comerciais na TV.
Outro caso de veículo que esteve em evidência ao longo de agosto. Nesse caso, o motivo foi o lançamento das versões equipadas com motor TSI de 105 cv, que também foi bastante explorado em termos publicitários. Assim, não é de se estranhar que o modelo de entrada da VW no Brasil tenha crescido tanto de julho para agosto: de 4.011 para 5.279 unidades.
Não seria de se estranhar uma leve queda, já que a tendência de agosto foi essa para a maioria dos modelos. O problema é que a retração nas vendas do Ka não foi nada leve: de 9.281 em julho para 6.810 em agosto. Com isso, fechou o mês atrás do Uno, sobre o qual tinha obtido uma enorme vantagem no mês anterior (mais de três mil unidades).
Situação muito similar à do hatch. Praticamente todos os rivais do segmento caíram – dos principais, apenas o Renault Logan teve um discreto aumento nas vendas, mas o declínio do sedã compacto da Ford foi mais abrupto (de 4.132 para 2.467 unidades). Com isso, ficou apenas na sexta posição do segmento no mês.
Não foi um mês animador também para os sedãs médios (com exceção do Cruze, que voltou a emplacar mais de mil unidades). Entretanto, o que teve as vendas mais afetadas no período foi o Civic, que caiu de 3.490 para 2.573 unidades negociadas. É menos da metade do primeiro colocado no segmento, o Toyota Corolla, que também caiu e, mesmo assim, teve 5.735 exemplares registrados.
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