Superesportivo elétrico chinês bate recorde em Nürburgring
Com 1.360 cv e 150,9 mkgf de torque, Nio EP9 completou o trajeto em apenas 7 minutos e 5 segundos
O circuito de Nürburgring é conhecido por receber superesportivos do nível de Ferrari, Porsche e McLaren. Mas dessa vez o “Inferno Verde” foi palco para uma volta rápida de um superesportivo elétrico de insuspeita origem chinesa com 1.360 cv que, inclusive, fez o melhor tempo entre os veículos livre de emissões!
Batizado de Nio EP9, o superesportivo é produzido pela NextEV com a marca Nio. A mesma NextEV conta também com uma equipe na Fórmula E. O modelo completou o circuito alemão de 20,8 km em 7 minutos e 05 segundos, números surpreendentes por ficar próximo de carros como Porsche 918 Spyder, detentor do recorde de volta mais rápida entre os carros de produção em série (com motorização híbrida / com combustão) com o tempo de 6m57s.
Para se ter ideia, o tempo do Nio EP9 ficou à frente de carros como Nissan GT-R Nismo (7m08s), Porsche 911 GT2 RS (7m18s), Ferrari 488 GTB (7m21s) e Pagani Zonda F Clubsport (7m24s). Porém, em vez dos roncos viscerais dos tradicionais modelos anteriores, o superesportivo chinês traz apenas um zunido e o barulho decorrente da rodagem dos pneus.
O supercarro chinês possui quatro motores elétricos, um para cada roda, com quatro transmissões individuais. Juntos, eles geram 1 megawatt (ou 1.360 cv) e surreais 150,9 mkgf de torque máximo. Especificações mais do que suficientes para mandá-lo de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 segundos e alcançar a velocidade máxima de 313 km/h. Suas baterias podem ser carregadas em apenas 45 minutos e proporcionam uma autonomia de 427 quilômetros.
Feito de fibra de carbono, o chassi do Nio EP9 pesa apenas 165 kg. Sua carroceria foi desenvolvida com foco na aerodinâmica, o que inclui as grandes entradas de ar e aerofólio ajustável em três posições.
Tudo isso é capaz de gerar 2.449 kg de downforce, mantendo o carro “preso” no asfalto e estável nas curvas mesmo em altas velocidades. Além disso, ele gera uma força de 2,53 G em curvas, chegando a 3,3 G nas desacelerações durante as frenagens – números dignos de aviões!