Os SUVs ganham cada dia mais mercado no Brasil. São veículos que dão maior status e mais visibilidade na direção e, com isso, vêm se destacando cada vez mais nos rankings de vendas de veículos novos.
Isso é comprovado pela tabela de emplacamentos da Fenabrave (associação nacional dos concessionários), que aponta que cinco dos 20 veículos mais vendidos em território nacional, durante o primeiro semestre de 2019, são do segmento.
Mas, na compra do SUV, será que alguém pensa na depreciação, ou seja, na perda de valor a partir da compra em relação ao mesmo ano-modelo zero-quilômetro?
A KBB Brasil divulgou uma pesquisa nesta semana que indica o quanto os principais SUVs do país depreciaram durante o primeiro semestre deste ano. Mais de 400 versões de veículos com ano e modelo 2019 que foram comprados como zero-km.
Para realizar o estudo, foram comparados os valores dos veículos no momento da compra e seu valor após seis meses, sempre no comparativo com um modelo similar, incluindo o mesmo ano-modelo, só que zero-km.
QUATRO RODAS levou em consideração apenas SUVs compactos e médios de marcas generalistas ou premium, sem levar em conta os modelos voltados aos segmentos de luxo.
A primeira surpresa: o Peugeot 3008 foi o modelo que teve melhor desempenho na pesquisa: sua depreciação foi de meros 4,01%, em média, por unidade emplacada.
Enquanto isso, o Ford EcoSport foi o grande destaque negativo da pesquisa, perdendo 13,57% do seu valor de compra seis meses depois de ter sido adquirido em 2019.
Outra informação que chama a atenção é que a Jeep, marca que detém a liderança nas vendas de SUVs no país, viu seus dois principais modelos constarem entre os mais depreciados.
O Renegade, líder de vendas no ano até o momento com quase 40 mil unidades vendidas, deprecia 8,27% no primeiro semestre. Já o irmão maior Compass, vice-líder no ano, com pouco mais de 34 mil unidades emplacadas, perde em média 9,19% de valor no período.
Nissan Kicks e Hyundai Creta, terceiro e quarto SUVs mais vendidos no semestre, também deixaram a desejar com uma perda de -7% e -9,69% do valor entre janeiro e junho de 2019, respectivamente.
A exceção foi o Honda HR-V, quinto utilitário esportivo mais emplacado no ano e sexto no ranking da KBB.
Outras presenças surpreendentes: o Citroën C4 Cactus, outro modelo da francesa da PSA, na terceira posição; os chineses Lifan X80 e X60 em quarto e quinto lugares. E o esquecido Chevrolet Tracker na segunda colocação.
Entre as marcas, a Hyundai foi a fabricante com a pior perda média, tendo dois de seus três modelos com cerca de 10% de depreciação.
Marca/Modelo | Depreciação entre jan/19 e jun/19 |
Peugeot 3008 | -4,01% |
Chevrolet Tracker | -4,06% |
Citroën C4 Cactus | -4,50% |
Lifan X80 | -4,52% |
Lifan X60 | -4,90% |
Honda HR-V | -5,04% |
Hyundai ix35 | -6,08% |
Honda WR-V | -6,55% |
Caoa Chery Tiggo 2 | -6,70% |
Nissa Kicks | -7,00% |
Suzuki Jimny | -7,33% |
Mitsubishi ASX | -7,44% |
Renault Captur | -7,55% |
Caoa Chery Tiggo 5x | -7,63% |
JAC T40 | -7,85% |
Peugeot 2008 | -7,93% |
Suzuki Vitara | -8,06% |
Jeep Renegade | -8,27% |
Kia Sportage | -8,27% |
Jeep Compass | -9,19% |
Chevrolet Equinox | -9,42% |
Hyundai Creta | -9,69% |
Hyundai New Tucson | -10,57% |
Suzuki S-Cross | -12,26% |
JAC T50 | -13,25% |
Ford EcoSport | -13,57% |