Uma prática constante do mercado automotivo quando se está desenvolvendo um novo carro é a pesquisa com clientes.
É normal que fabricantes convoquem clínicas, eventos onde apresentam ideias e protótipos de seu produtos, com o objetivo de determinar qual rumo deve ser seguido pelo time responsável pelo design e desenvolvimento.
Muitas vezes, inclusive, carros são criados a partir da demanda dos clientes.
A estratégia, no entanto, não foi repetida pela Tesla para o desenvolvimento da picape Cybertruck. De acordo com o próprio dono da empresa, Elon Musk, a ideia era criar um carro que fosse muito esquisito. Aparentemente, ele conseguiu.
“Pesquisa com clientes? Nós queríamos um carro que fosse impressionante e muito esquisito. Eu queria criar um tanque de batalha futurístico – algo que parecesse ter vindo dos filmes Blade Runner ou Aliens, mas que também fosse funcional”, afirmou em entrevista ao site americano Automotive News.
O bilionário americano disse também que o visual polêmico foi escolhido propositalmente e que se a picape não vender bem, a empresa desenvolverá outra com design tradicional.
“Eu nunca fiquei preocupado com o visual, porque se ninguém quisesse comprar o Cybertruck desenvolveríamos outro normal, sem problemas”, contou.
Entretanto, os números divulgados pelo próprio Musk mostram que o polêmico carro teve um início de jornada avassalador no mercado americano.
Somente na pré-venda foram mais de 250.000 unidades reservadas, o que pode ter feito a Tesla arrecadar US$ 25 milhões (R$ 133 milhões) apenas com depósitos antecipados em forma de sinal.
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