Dez vezes que tentaram reinventar a roda (para pior)
Quando as marcas cismam de mudar o que todo mundo já conhece
1. Paradão na sua
Em 2006, a linha C4 da Citroën estreou por aqui o conceito do volante de cubo fixo, no qual o aro gira em torno de um miolo imóvel que concentra vários comandos. Quem queria mexer no som em estradas sinuosas tinha de se esforçar muito para não desviar a atenção. Não colou, e acabou descontinuado.
2. Chave na fenda
Quando o Focus chegou ao Brasil, em 2000, ele inovou numa coisa banal: para abrir o capô, era preciso desligar o carro, tirar a chave do contato, levantar o emblema da Ford na grade e, aí sim, usar a chave para destravá-lo. Imagina isso no escuro…
3. Puxador deslocado
No primeiro Chevrolet Onix, a primeira tentativa de fechar a porta por dentro era sempre frustrada. A alça puxadora fica bem longe da maçaneta, abaixo de onde a mão normalmente vai procurar. Até você se acostumar, leva tempo – e tem gente que nunca se acostuma.
4. Falha na memória
Para gravar uma estação na memória da rádio, é segurar o botão e esperar o bipe, certo? Não no Chevrolet Malibu da geração passada. Primeiro, só dá para gravar com o carro parado e o câmbio em P. Depois, deve-se clicar no botão FAV (de favoritos), ir à página de armazenamento e, só então, pressionar o botão até ouvir o bipe.
5. Troca de comando
Em muitos carros da Mercedes-Benz, a alavanca do câmbio automático fica na coluna de direção, no mesmo lugar e com o mesmo formato do comando do limpador de para-brisa. Adivinhe se não tem gente que troca de marcha sem querer quando começa a chover.
6. Complexo de largada
Dar a partida no KTM X-Bow sem ler o manual é impossível. Acompanhe a ordem: ponha a chave no contato, aperte o botão Start, pressione a tecla Stop, leia a mensagem “Está pronto pra correr?”, confirme no volante e aperte – de novo – o botão Start. Ufa!
7. Atrás da grade
O bocal do reservatório de partida a frio dos Nissan flex prometia praticidade, pois ficava onde seria a grade entre capô e para-brisa. Mas ele ficou difícil de alcançar e ainda deixou as eventuais manchas de gasolina evidentes demais. Não é à toa que os novos flex estão dando fim ao tanquinho.
8. Coluna do meio
Em vez de colocar os comandos dos vidros traseiros nas portas, onde repousam as mãos, a PSA fez diferente. Em carros como Peugeot 206 e o antigo Citroën C3, ela os instalou atrás do console central, bem no meio do carro. E bem longe dos respectivos passageiros.
9. Ele é do contra
Muita atenção ao regular os retrovisores elétricos do JAC J3. Se é para apontar o espelho para baixo, você tem de empurrar o comando para cima e vice-versa. Vai ver que é para treinar a coordenação motora…
10. Sai de baixo!
Nos Sandero, Duster e Logan, ajustar os espelhos elétricos exige habilidade, já que a Renault inventou de colocar o botão bem embaixo do freio de mão.