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Toyota comemora 30 anos de Corolla, Hilux e SW4 no Brasil

Os principais modelos da marca japonesa chegaram pra ficar em 1992, durante o Salão do Automóvel, desde então se tornaram líderes de seus segmentos

Por João Vitor Ferreira
29 dez 2022, 09h33
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  • Além do ano novo, a Toyota também comemora uma marca importante: os 30 anos vendendo Corolla, Hilux e SW4 de maneira oficial no Brasil.

    Voltando no tempo, em 1992, a empresa trazia os três modelos para que os brasileiros pudessem dar uma primeira olhada nos carros que já eram sucesso mundial. A apresentação aconteceu durante o Salão do Automóvel de São Paulo.

    Corolla e o Brasil

    Mas a história do Toyota Corolla no Brasil tem bem mais do que 30 anos. Na edição de janeiro de 1973, QUATRO RODAS publicou o teste exclusivo dos Corolla cupê e perua de segunda geração.

    A fabricante japonesa fabricava o Bandeirante no Brasil desde 1962 (a fábrica de São Bernardo do Campo, fechada neste ano, foi a primeira da Toyota fora do Japão) e àquela altura flertava com a venda de automóveis.

    Os carros emprestados pela fabricante há quase 50 anos impressionaram a equipe de QUATRO RODAS na época pela mecânica, dirigibilidade, visual e segurança. O cupê tinha motor de 1.6 de 89 cv e a perua tinha um 1.4 de 84 cv.

    Capa QR jan 1973
    Capa da edição de janeiro de 1993 trazia os Corolla cupê e perua como destaque (Acervo/Quatro Rodas)

    Mas foi apenas em sua sétima geração, aquela do Salão de 1992, que o Toyota Corolla de fato começou a ser vendido no Brasil. Ele era importado do Japão apenas na versão sedã LE, equipada com motor 1.8 16V de 115 cv e câmbio manual de cinco marchas.

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    Comparado a outros modelos nacionais, o Corolla era inovador. Na parte mecânica, ele vinha com injeção eletrônica, algo ainda incomum por aqui nos anos 90, além de trazer piloto automático,  airbags e freios com assistência ABS, itens de segurança avançados para a época.

    Corolla 1992
    Corolla 1992 (Divulgação/Toyota)

    Em 1995 foi a vez da versão perua chegar, com o mesmo motor 1.8 do sedan, que recebeu uma versão de entrada chamada DX. Seu motor era um 1.6 de 116 cv e vinha com opções automática de três velocidade e manual de cinco.

    Corolla perua 1994
    Corolla perua 1994 (Divulgação/Toyota)

    Já com os planos de construir a fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, em andamento, a oitava geração chegou em 1997. Essa era sempre equipada com o motor 1.6 de 106 cv, tendo como opções o sedã GLi e a perua XLi, as duas com opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidade com overdrive.

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    Corolla SW 1998
    Corolla SW 1998 (Divulgação/Toyota)

    No ano seguinte o Corolla estava nacionalizado e especialmente desenvolvido para o Brasil. Além de um facelift, o modelo ganhou novo motor 1.8 de 116 cv e trouxe mais inovações de segurança. trazendo airbag duplo, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador e limitadores de força, bem como cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos os passageiros.

    Corolla 1998
    Corolla 1998 (Acervo/Quatro Rodas)

    O primeiro Corolla nacional tinha versões nas versões XLi, XEi e SE-G, mas apenas na carroceria sedã. Todas tinham a opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro com overdrive.

    Corolla nacional 1999
    Em 1999 o Corolla passava a ser nacional (Divulgação/Toyota)
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    Foi só em 2002 que a perua voltou ao mercado nacional e agora com novo sobrenome. A Corolla Fielder, que a partir de 2004 virou só Fielder, junto com o sedã, os dois na nona geração e como ano-modelo 2003.

    Corolla 2003
    Corolla 2003 (Divulgação/Toyota)

    Essa também foi a geração responsável por introduzir a série especial esportiva, S, que teve 1.800 unidades produzidas. E em 2007, a novidade ficou por conta do novo motor 1.8L 16V VVT-i de 136 cv, primeiro flex da marca.

    Fielder 2004
    Fielder 2004 (Divulgação/Toyota)
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    Um outro motor flex foi introduzido em 2008, junto com a décima geração. A inédita versão Altis também estreava com motor 2.0 16V de até 153 cv. Em 2012 o Corolla ganhou um facelift e o motor 1.8, ainda presente nas versões mais baratas, teve sua potência aumentada para até 144 cv. Por fim, a série especial XRS era lançada já em 2013.

    Corolla 2012
    Corolla 2012 (Divulgação/Toyota)

    Um ano depois, a décima primeira geração chegava ao Brasil, maior, com assoalho plano e câmbio CVT. A suspensão mais rígida deu outra pegada ao sedã, que recebeu uma repaginada no visual em 2017 e um reforço na segurança, trazendo 7 airbags contando com controle de estabilidade, tração e assistente de subida, o que garantiu 5 estrelas no Latin NCap.

    COROLLA 2018
    Corolla de décima primeira geração pós-facelift (Divulgação/Toyota)

    A geração mais recente chegou em 2019, com novo motor Dynamic Force 2.0L 16V de 177 cavalos, injeção direta e câmbio CVT de 10 velocidades. Mas a maior novidade foi a introdução da versão híbrida leve, com motor flex 1.8L 16V e dois motores elétricos, que juntos somam 122 cv e nova transmissão Hybrid Translaxe, que aumenta a troca de marchas para melhorar a eficiência.

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    Corolla 2020
    Corolla 2020 (Divulgação/Toyota)

    A última novidade foi a versão GR-Sport, lançada no ano passado. Para 2023, a Toyota vai trazer como padrão o pacote de segurança Toyota Safety Sense, com sistema de pré-colisão frontal, sistema de assistência de permanência de faixa, com função de alerta de mudança de faixa, faróis altos automáticos e controle de cruzeiro adaptativo.

    Corolla GR-Sport
    (Divulgação/Toyota)

    Os ‘hermanos’ Hilux e SW4

    Quem acompanhou o Corolla nessa vinda foram a picape Hilux e o seu irmão SUV, SW4. A primeira chegava já em sua quinta geração e com motores diesel 2.4 de 83 cv e 2.8 de 88 cv, com opção de tração 4X2 ou 4X4 de cabine simples ou dupla.

    hILUX DESEMBARQUE 1992
    Desembarque da Hilux em 1992 (Divulgação/Toyota)

    Já o SW4 estreou na segunda geração, apenas com o motor 2.8 e tração integral. Anos depois, chegaram as variantes com motor 2.4 e 116 cavalos e o V6 3.0 com 152 cavalos a gasolina. Nessa época, os dois modelos vinham importados do Japão.

    Hilux de quinta geração
    Hilux de quinta geração (Divulgação/Toyota)

    Em 1996, o SUV foi atualizado para terceira geração, com novidades no visual e um terceira fileira, que aumentou o número de lugares para sete. Também chegaram três novos motores: os 2.7 com 152 cv e V6 3.4 com 186 cv a gasolina e o 3.0  turbodiesel com 116 cavalos. Um ano depois, a Hilux deixava de ser importada do Japão e passava a vir da fábrica de Zárate, na Argentina.

    SW4 1996
    SW4 1996 (Divulgação/Toyota)

    Em 1999 o SW4 ganhava uma leve alteração visual, ganhando novos para-choques e grades. A picape também foi mudando e no facelift de 2002 veio acompanhado dos motores turbodiesel com 2.0L e 116 cv e 2.7L 16V a gasolina com 142 cv.

    Hilux cabine dupla 2002
    Hilux cabine dupla 2002 (Divulgação/Toyota)

    Em 2003, acompanhando a picape, o SW4 também passou a ser importado da planta hermana. A quarta geração trazia o slogan “Revolução Total” e tinha motores turbodiesel 3.0L 16V com 163 cavalos, além dos novos 2.7 16V com 158 cavalos e 4.0L 24V V6 com 238 cavalos, na versão de sete lugares. Anos depois, em 2012, SW4 ganhava, pela primeira vez, central multimídia.

    SW4 2001
    SW4 2001 (Divulgação/Toyota)

    Sob o mesmo lema, a Hilux chegava a sétima geração em 2005. O novo visual ficou em segundo plano, já que a tecnologia roubou a cena. A picape trazia pela primeira vez câmbio automático e, com o tempo, foram sendo adicionados itens como ar-condicionado digital, computador de bordo, recalibração da suspensão, e a introdução da tecnologia flexfluel em sua motorização.

    Hilux 2005
    Hilux 2005 (Divulgação/Toyota)

    Em 2015 a Hilux estreou sua oitava geração e o destaque era a segurança. O número de airbags passou para três, nas versões de cabine simples e sete na cabine dupla, com direito a cinco estrelas no Latin NCap. Na parte mecânica, chegava o novo motor diesel 2.8L 16V, quatro cilindros, com 177 cv.

    Hilux 2015
    (Divulgação/Toyota)

    O SW4 foi atualizado um ano mais tarde. A quinta geração trazia os motores diesel 2.8L 16V de 177 cv e a gasolina 4.0 24V V6 de 238 cv. Repetindo o feito da Hilux, o SUV também recebeu nota máxima de segurança no Latin NCap, muito graças a introdução dos sete airbags.

    SW4 2016
    SW4 2016 (Divulgação/Toyota)

    2021 marcou o primeiro facelift da atual geração do SW4. O SUV, assim como a picape, tiveram uma melhoria, que passou a desenvolver 204 cv nos dois modelos. A dupla também ganhou diversos itens de segurança, como controle de velocidade adaptativo (ACC) e frenagem automática de emergência, a partir da versão SRX.Eles também receberam uma versão esportiva GR-Sport, com motor a diesel de 224 cv e 55 kgfm. A versão Diamond, que havia estreado em 2008, retornou ao portfólio do SW4 nesse mesmo ano.

    Hilux GR-Sport 2021
    Hilux GR-Sport (Divulgação/Toyota)

    Nesses 30 anos de vendas, os três modelos conseguiram se estabelecer bem no mercado, sendo líder de seus segmentos. De acordo com a Toyota, o SW4 soma mais 190 mil unidades desde 1992, a Hilux 700 mil, enquanto o Corolla, seu maior sucesso no Brasil e no mundo, já passou do 1 milhão de veículos vendidos.

    SW4 GR-Sport
    (Divulgação/Toyota)
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