De minivan a conversível: as versões mais diferentes do Toyota Corolla
Corolla já deu nome a esportivos, minivan, hatch, conversível e até a uma versão do Yaris, e a culpa e das várias redes de concessionárias da marca
Achou o Toyota Corolla Cross estranho? Bem, a versão SUV do Corolla não é a primeira opção de carroceria diferente de hatch, sedã e perua que o modelo tem em sua história. Há opções muito mais exóticas e até Corolla que, na prática, nem Corolla é.
Minivan: Corolla Spacio
O design da primeira geração da minivan já entrega: é baseada na sexta geração do Corolla, lançada em 1995 e que foi a primeira produzida no Brasil. A primeira geração da minivan foi produzida entre 1997 e 2001, e suas peças de carroceria exclusivas eram fabricadas por outra empresa, a Kanto Autoworks.
Misturava o comprimento de perua com o teto elevado de uma minivan e isso deu tão certo no Japão que sua segunda geração, lançada em 2001, chegou a ser exportada. A terceira geração, por sua vez, foi chamada de Corolla Verso e foi um dos primeiros Toyota desenvolvidos fora do Japão: a produção era na Turquia.
Hatch (???): Corolla Rumion
Bem, a Toyota define o Corolla Rumion como hatch, porque ainda não inventaram um segmento próprio para cubos com rodas. O Rumion foi o sucessor direto do Corolla Spacio no Japão.
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O formato da carroceria entrega que trata-se de uma versão Toyota do Scion xB (que era vendido apenas nos Estados Unidos e no Canadá). E por estar vinculado à Scion, a produção do Corolla Rumion também cessou em 2015.
Conversível: Corolla SR5 Convertible Griffith Limited Edition
O nome é longo mas a distinção é merecida. Esse Toyota conversível é especialmente raro por não ser um carro oficial. Foi criado na Flórida pela Griffith, empresa que resolveu tornar o Corolla um carro mais interessante quando os carros japoneses eram alternativas menores e mais econômicas aos carros norte-americanos.
Cupê de quatro portas: Corolla Ceres
Irmão gêmeo do Toyota Sprinter Marino, o Corolla Ceres era uma opção mais esportiva e luxuosa do Corolla. A carroceria tinha linhas mais modernas, que passa pelas janelas laterais sem moldura bem ao estilo dos cupês e conversíveis. Mas o teto era rígido.
Destaque para o motor 4AGE, um 1.6 Twin Cam com 20 válvulas que gerava 160 cv a 7.500 rpm.
Cupê: Corolla Levin
Corolla Levin e seu gêmeo Sprinter Trueno surgiram em 1972, mas a fama vem da geração AE86, vendida entre 1983 e 1986, pois foram os últimos carros do seu segmento com tração traseira. Isso acabou tornando eles populares nas corridas de rua japonesas.
A fama (especialmente do Trueno) foi reforçada pelo mangá Initial D, cuja história girava ao redor das corridas de rua japonesas. Chegaram a ser exportados com o nome Corolla GT-S. Mas a dupla continuou sendo produzida até 2000, sempre se destacando pela esportividade.
Carro de rali: Corolla Compact WRC
Automobilismo nunca foi muito a praia do Corolla, mas o carro tem histórico nas competições. No final dos anos 90, a Toyota botou o Corolla hatch para disputar o Campeonato Mundial de Rali (WRC). Para não fazer feio, o modelo ganhou tração nas quatro rodas e um motor 2.0 turbo do Celica bastante modificado. Funcionou: o carro disputou três temporadas (de 1997 a 1999) e conquistou o título em 1999.
Aventureiro urbano: Corolla All Trac
A sexta geração do Corolla trouxe uma versão até então inédita na linha. Como o nome sugeria, a All Trac saía de fábrica com tração nas quatro rodas. Havia até bloqueio do diferencial central. Fabricada de 1988 a 1992, a All Trac foi vendida apenas em alguns mercados, como os Estados Unidos e a Austrália.
Esportivo: Corolla XRS
Antes dos enfeitados Corolla XRS e GR-S nacionais, a Toyota já havia feito um XRS de verdade. Em 2005, a empresa produziu aproximadamente 2.500 unidades de um sedã bastante especial, equipado com um motor 1.8 16V de 172 cv e torque máximo de 17,5 mkgf. Trata-se do mesmo motor utilizado no Lotus Elise. E nada de câmbio automático: para alegria dos gearheads, o sedã trazia um câmbio manual de seis marchas.
Levado à pista de testes pela revista Motorweek, o XRS precisou de apenas 7,6 segundos para acelerar de 0 a 96 km/h. Segundo a publicação, apenas acima das 6.000 rpm é que o Corolla se transforma de um pacato sedã em um esportivo. Nada mal.
Plataforma do Yaris: Corolla Axio
Lançado em 2012, o Corolla Axio não é exatamente um sedã médio, mas um compacto. Ele é baseado na mesma plataforma B do Yaris vendido no Brasil. Por isso ele também é mais curto, mais estreito e tem motores menores. Mas isso não o impediu de ter uma versão perua, a nova Fielder.
Em 2019 a Toyota lançou no Japão a atual geração do Corolla vendido no resto do mundo. Mas o Corolla Axio segue em produção dedicado a vendas para frotas e taxistas.
O motivo de tantos Corolla diferentes no Japão
Com o início da comercialização de automóveis em larga escala no Japão em meados da década de 1950, a Toyota viu a necessidade de separar as vendas do luxuoso Crown, do econômico Corona. Para isso, criou redes de concessionários independentes: as Toyota Store para o primeiro e as Toyopet para o segundo.
Depois ainda vieram as redes Toyota Diesel Store e a rede Toyota Publica, para vender um compacto de mesmo nome. Este foi substituído pelo Corolla em 1966 levando à mudança do nome da rede para Corolla – como se mantém até hoje.
Como se isso não fosse confuso, em 1967 houve o lançamento das Toyota Auto Store para vender o Toyota Sprinter, que nada mais foi do que um clone do Corolla com pegada mais esportiva. Saiu de linha em 2000.
Hoje a Toyota tem quatro redes de concessionárias distintas: a Corolla, a Toyopet (que estreou com o Corona), a Netz (antiga Toyota Auto) e a Toyota, que tem exclusividade com os modelos mais luxuosos da marca. E a lógica é exatamente essa: cada rede tem modelos exclusivos, mas também vende carros comuns a todas, como o Prius. Mas por muito tempo vendiam versões diferentes dos mesmos carros.
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