O novo Land Cruiser e o inédito GR Yaris representam uma grande e óbvia importância para a Toyota em seus respectivos mercados. Por isso, a marca tem criado restrições rígidas para a comercialização dos modelos, com medidas até então vistas apenas em fabricantes de carros de alto luxo e superesportivos, e que podem ser encaradas com estranheza pelos clientes de uma marca de volume.
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O esportivo GR Yaris tem as condições mais rígidas entre os dois modelos. Segundo o site Autoblog, além de assegurar que não venderá o hatch “por um tempo razoável”, quem desejar comprar um na Argentina também deverá pagar apenas com o dinheiro vindo de uma conta particular. Pagamentos por empresas não serão aceitos para evitar, novamente, a compra por revendas.
A lista de 8 regras divulgada pelo site argentino segue com os clientes tendo que se comprometer a participarem de eventos da marca, para atuarem como “embaixadores” e “se sentirem parte da Família Toyota Gazoo Racing”. O quarto requisito vai pelo mesmo caminho, fazendo com que o cliente seja membro do Toyota Club, um sistema de sociedade e fidelidade da marca.
E não acabou. O veículo terá que ser entregue obrigatoriamente em uma das 5 lojas exclusivas da Gazoo Racing espalhadas pela Argentina, e o comprador precisará possuir outros carros da Toyota na garagem.
Por fim, outras duas regras são postas em prática antes mesmo de o interessado fechar negócio.
Primeiro, ele precisa responder a um formulário online com questões referentes aos requisitos já ditos, além de outras como se é piloto profissional, se participa de trackdays, se participa como amador de atividades recreativas automobilísticas, entre outros. Em seguida, a lista de interessados é revisada pela diretoria da Toyota. Segundo o Autoblog, rumores apontam que até o presidente da Toyota na Argentina, Daniel Herrero, já participou pessoalmente da revisão.
Land Cruiser anti-terrorismo e ágio
No caso do Land Cruiser, de acordo com o site japonês Creative311, é necessário assinar um contrato se comprometendo a não revender o modelo em um prazo de 12 meses. Caso o cliente descumpra o acordo, perderá o direito de comprar outro Toyota. A publicação não detalha por quanto tempo dura a punição.
Revendedores também podem sofrer sanções caso os clientes rompam o contrato, podendo perder o direito de vender o SUV por um determinado período.
Entre as preocupações da fabricante estão se o modelo poderá cair nas mãos de terroristas ou de aproveitadores, como lojistas que possam comprá-lo para revender por valores mais altos, o famoso ágio, já que a procura pelo novo Land Cruiser tem sido alta. Outro ponto está na exportação. A fabricante não quer, por ora, que o modelo seja comercializado em mercados não oficiais.
Por esses motivos, os compradores do SUV precisam confirmar que o veículo não foi adquirido para revenda ou exportação. Por outro lado, também fica no ar a intenção de uma fidelização maior de seus clientes, mesmo que forçada.