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Trabalhadores da Renault entram em greve no Paraná por conta de PLR

Em desacordo com Sindicato em relação ao valor que deve ser pago aos trabalhadores, a fábrica da Renault está parada por tempo indeterminado

Por Lucas Parente
9 Maio 2024, 10h00
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 (Reprodução/Internet)
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Em São José dos Pinhais, no Paraná, cerca de 4.100 metalúrgicos da Renault e da Horse, fabricantes de motores, anunciaram greve por tempo indeterminado no Complexo Industrial Ayrton Senna.

O motivo para essa parada é o valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, oferecida pelas empresas aos seus funcionários.

Uma proposta de R$ 18.000 foi feita pelas empresas para o pagamento da primeira parcela do benefício. Porém, após Assembleia realizada na terça-feira (7), a proposta foi rejeitada pelos trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a segunda parcela ficaria indefinida, ou seja, dando margem para a empresa adiar ainda mais o pagamento.

O presidente do Sindicato, Sérgio Butka, disse que só será fechado um acordo que contemple o valor total da PLR e o aumento salarial.

“A proposta da Renault que foi rejeitada não contempla as expectativas dos trabalhadores que ainda estão se recuperando das perdas salariais dos acordos anteriores que ainda não foram repostas”, disse Butka, ao complementar que a fábrica “tem funcionado a pleno vapor com o trabalhador se dedicando com afinco na produção. É preciso que a empresa reconheça isso e já apresente uma proposta completa.”

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A Renault contesta a paralisação, afirmando que o prazo legal para o aviso não foi respeitado pela instituição. “Recebemos esta informação com surpresa, visto que as negociações para a renovação do PPR, Programa de Participação de Resultados, e acordo coletivo de trabalho estavam em andamento. A Renault do Brasil permanece aberta para dialogar.”

Segundo a Renault, o valor ofertado aos trabalhadores para o pagamento dos benefícios é o maior no segmento do país. Ano passado, o valor total foi de R$ 24.000, sendo divido em duas parcelas de R$ 12.000.

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Para o Sindicato, o maior problema na proposta da montadora está na falta de transparência da data e valor da segunda parcela.

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A montadora francesa, ao todo, emprega cerca de 5.000 pessoas, sendo 3.500 metalúrgicos e 1.500 colaboradores no setor administrativo. Nesta fábrica do Paraná, são produzidos modelos como Kardian, Duster, Kwid, Oroch e Master. Por dia são feitos cerca de 800 veículos. A Horse ainda não se posicionou sobre a paralisação.

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