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Venda de motos elétricas que “enchem o tanque” por R$ 2 dispara no Brasil

Houve um crescimento em vendas de motocicletas eletrificadas de mais de 50% de 2020 para 2021, porém a fila de espera pode ultrapassar um ano

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 Maio 2022, 19h06 - Publicado em 31 Maio 2022, 18h28
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  • O segmento de motos elétricas teve um crescimento em vendas de 2020 para 2021 – um salto de 56%. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no ano passado foram vendidas 1.424 motocicletas, scooters e triciclos elétricos no Brasil. 

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    É um crescimento expressivo, mas o segmento ainda representa uma pequena parcela do mercado de motocicletas, que somou 1,1 milhão de emplacamentos em 2021. 

    Uma das principais marcas de motos elétricas, a Voltz, inaugurou nesta segunda-feira (30) a primeira fábrica de motocicletas eletrificadas do Brasil. Fundada em 2017, a companhia agora dispõe de uma unidade de 11 mil m² no Distrito Industrial de Manaus, capital do Amazonas.

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    Fábrica da Voltz em Manaus (Voltz/Divulgação)

    O objetivo da Voltz é que, em breve, a fábrica tenha a capacidade de produzir 180.000 motos elétricas por ano. Para isso, a previsão é que a cada cinco minutos uma moto saia completa da linha de montagem. 

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    O investimento aproximado foi de R$ 12 milhões e é justificado pela alta demanda: só no no acumulado de 2022, a Voltz registrou o emplacamento de 1.838 unidades. É mais do que todo o mercado de motos elétricas em 2021, sendo que sendo 471 delas foram emplacadas apenas em abril. 

    Fila de espera de mais de um ano

    Claramente a procura foi maior que a demanda e há clientes que reclamam por ter de esperar mais de um ano por sua motocicleta elétrica. No caso da Voltz só na pré-venda, iniciada em 2020, foram vendidas 2.000 motos do modelo EVS em 15 dias. Teve gente que só recebeu neste ano.

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    (Reprodução/Internet)

    “Encher o tanque” por R$ 2,00

    O gasto pra completar o tanque de 16 litros de uma moto a combustão equipada com motor de 125 cilindradas é de cerca de R$ 116, considerando o litro da gasolina a R$ 7,00 – preço médio da cidade de São Paulo. 

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    Já o custo para um carregamento completo para a versão com duas baterias da moto elétrica EVS sai por volta de R$ 2,00 – uma economia de mais de 98%.

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    Moto EVS da Voltz (Voltz/Divulgação)

    Porém, enquanto para abastecer uma moto a combustão se leva menos de cinco minutos, a recarga completa da EVS leva cerca de cinco horas ligada a uma tomada 220 V. A autonomia  também é menor do que a de uma moto a combustão: 180 km ante 640 km.

    O preço das motos elétricas ainda é mais alto também – elas chegam a custar o dobro de uma moto equivalente de 160 cm³, ou cerca de R$ 25.000. O preço inicial de uma EVS é de R$ 19.990, mas uma scooter EV1, limitada a 75 km/h, parte dos R$ 14.990.

    É possível recuperar esse investimento extra rapidamente com a redução significativa nos gastos de manutenção e para “abastecer”.

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