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Visitamos a exposição dos carros de James Bond em Londres

Mostra tem raridades como o Lotus submarino e os Aston Martin DBS destruídos nos filmes mais recentes do espião; carros de "Spectre" serão exibidos a partir de novembro

Por Vitor Matsubara, de Londres (ING)
Atualizado em 9 nov 2016, 14h44 - Publicado em 3 nov 2015, 20h19
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    James Bond sempre ocupou um lugar cativo no meu seleto grupo de super-heróis. Mesmo não vestido capa nem tendo sido picado por uma aranha, o agente secreto faz coisas impossíveis para salvar o mundo dos bandidos – e ainda se dá bem no final. Além de fazer sucesso com as mulheres e ter um arsenal de invenções dignas de deixar qualquer geek maluco, 007 também é invejado por outro “benefício”: os carrões que pode dirigir.

    Por causa disso, não pensei duas vezes antes de visitar a exposição “Bond in Motion” em Londres, na Inglaterra. A mostra ficaria aberta apenas por alguns meses, mas o sucesso foi tão grande que acabou se estabelecendo por tempo indeterminado no London Film Museum, situado em uma rua charmosa no bairro de Covent Garden. Logo após a bilheteria a inconfundível trilha sonora de Bond recebe os visitantes, que podem ver de perto roteiros, esquetes e até uma claquete utilizada nas gravações de “Operação Skyfall”. Mas as grandes atrações da mostra estão no andar de baixo.

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    Assim que saio do elevador dou de cara com o Rolls-Royce Phantom III amarelo e preto de Auric Goldfinger, vilão de 007 Contra Goldfinger (1964). Logo surgem outros veículos, como o Ford Mustang Mach I dirigido por Sean Connery em “Os Diamantes São Eternos”

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    Mas as estrelas principais da exposição têm uma ala especial: os Aston Martin. Fiquei vários minutos admirando o mítico DB5, astro de filmes como “007 Contra Goldfinger” (1964) e “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965). Neste caso, o veículo exposto é o conduzido por Pierce Brosnan em GoldenEye (1995), de placas BMT 214 A. No filme, ele participa de uma perseguição a uma Ferrari F355 GTS pilotada pela vilã Xenia Onatopp.

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    Ao seu lado estão dois DBS: o de “Casino Royale” (2006) protagonizou ma cena incrível ao capotar sete vezes. O veículo tem um compartimento secreto para armas e um kit de primeiros socorros com um desfibrilador portátil e um botão para alertar o MI6 em caso de acidente.

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    Já o bólido de “Quantum of Solace” (2008) é um dos sete carros utilizados nas gravações. É impressionante ver a destruição do veículo de perto, que ficou com a lateral completamente destruída após fugir de bandidos em dois Alfa Romeo 159. Durante as gravações deste filme, aliás, um dos dublês destruiu um dos DBS após cair em um lago acidentalmente.

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    Outro ícone da série está presente na exposição. O Lotus Esprit S1 de O Espião Que Me Amava (1977) espirrava cimento nos veículos logo atrás, mas tinha como principal diferencial o fato de ser um veículo submarino. As rodas se retraíam rapidamente e o carro podia continuar navegando sem problemas. Para conseguir este efeito, aliás, os produtores modificaram vários veículos, um para cada uso diferente. Na emblemática cena em que o Esprit saiu rodando de dentro do mar, a equipe de filmagem colocou aproximadamente 20 metros de trilhos debaixo d’água para fazer o veículo andar.

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    De “Um Novo Dia para Morrer” (2002) vieram o Aston Martin Vanquish e o Jaguar XK-R (acima). O veículo de Bond é recheado de artefatos, incluindo mísseis, submetralhadoras instaladas nas tomadas de ar do capô e até um botão que o deixa completamente invisível. Já o XK-R tem lançadores de mísseis nas laterais e na grade frontal.

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    Os BMW, que serviram o agente secreto em apenas três filmes, também estão representados. O tecnológico 750iL preparado por “Q” em “O Amanhã Nunca Morre” (1997) pode ser dirigido por um touchpad instalado no telefone celular de 007 e tem disparador de mísseis, pregos estilizados para furar pneus, carroceria eletrificada (que dá choques em quem encostar no carro) e mini-serra de cabos de ferro no logotipo BMW. Com ele, Bond é perseguido por bandidos em uma Mercedes-Benz dentro do estacionamento de um hotel – de onde o veículo despenca direto na vitrine de uma locadora Avis.

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    Já o belo Z8 utilizado brevemente pelo agente secreto em “O Mundo Não é o Bastante” (1999) tem mísseis saindo das entradas de ar laterais, sistema de rastreamento infravermelho e até… porta-copos!

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    Em outra ala do museu ficam várias motocicletas e veículos menos convencionais, incluindo o Tuk-Tuk de “007 Contra Octopussy” (1983), o Citroën 2CV que Bond usa para fugir dos vilões em “007 Somente Para Seus Olhos” (acima, com direito aos buracos de bala na carroceria), o Renault 11 “sem teto” dirigido pelo espião em “007 Na Mira dos Assassinos” (1985), alguns jet-skis e a mochila-foguete de “Um Novo Dia Para Morrer” (2002).

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    Qualquer fã de James Bond precisa visitar a exposição. É um programa mais do que obrigatório em Londres, cidade que serve de cenário para várias aventuras de 007. Até porque, a partir da metade de novembro, a mostra receberá dois carros de “007 contra Spectre”, que acaba de estrear nos cinemas: o Aston Martin DB10 (projetado especialmente para o filme) e o Jaguar C-X75 completamente destruído do vilão Mr. Hinx. Já vou começar a planejar minha segunda visita…

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