A presença do Golf GTE no último Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014, parece não ter sido por acaso. O supervisor de desenvolvimento estratégico da Volkswagen no Brasil, Marco Antônio Bottacin, revelou ao informativo Automotive Business o interesse da marca em comercializar o modelo por aqui. Ainda não há, porém, estimativas para a data de lançamento e/ou para o preço final do modelo. “Não temos prazo, está tudo em estudo. Precisamos verificar a viabilidade técnica e econômica de vender o Golf GTE aqui”, apontou Bottacin.
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No Brasil, onde já está em testes, a viabilidade de importação do modelo deve melhorar devido à isenção do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos plug-in, como é o caso do GTE. Com isso, o preço final (ainda sem estimativa) pode ser reduzido em até 30%. Outra vantagem é a melhoria do status da marca no atual regime automotivo do Inovar-Auto, que mede a eficiência energética da frota vendida no Brasil. Caso o índice de eficiência ultrapasse o mínimo exigido, a fabricante ganhará desconto adicional na alíquota de IPI.
Por último, o modelo poderá ajudar a limpar a imagem da marca após o escândalo do dieselgate, onde ao menos 11 milhões de veículos do Grupo Volkswagen tiveram seus níveis de emissões fraudados por softwares instalados – na semana passada, foi noticiado que motores a gasolina também estão envolvidos na fraude.
O Golf GTE, ao contrário do estereótipo dos carros híbridos, tem vocação esportiva. O conjunto híbrido é formado por um motor 1.4 TSI de 150 cv de potência combinado a um elétrico de 102 cv, resultando em um pico de 205 cv e 35,7 mkgf de torque. Com câmbio DSG de seis marchas, o hatch vai de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, chegando a 222 km/h de velocidade máxima.