O Volkswagen T-Cross foi apresentado (quase) simultaneamente no Brasil, na China e na Europa. E não foi coincidência: os três mercados receberão o novo SUV compacto.
Na verdade, cada um receberá uma versão diferente do mesmo modelo.
Se mudanças no visual são relativamente comuns – principalmente em relação à Ásia –, o caso do nosso carro também tem modificações na plataforma e nas dimensões.
A configuração brasileira utiliza como base o Volkswagen Virtus, enquanto o modelo europeu é construído sobre o Polo. Muda pouca coisa, mas há mais espaço para os passageiros.
O T-Cross nacional tem 2,65 cm de entre-eixos, 8,8 cm mais comparado à versão revelada em Amsterdã, na Holanda. E o nosso carro também será mais alto: são 9 mm extras e 1,56 m no total.
Por isso, QUATRO RODAS comparou os três modelos para mostrar as principais diferenças.
Dianteira
No T-Cross nacional, a grade tem detalhes cromados que “flutuam”, colmeia diferente em relação ao modelo europeu e peça prateada com o nome gravado na parte inferior do para-choque.
“O estúdio de design do Brasil trabalhou bastante para deixar o visual ao nosso gosto”, comenta José Carlos Pavone, diretor de design da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
Só a opção R-Line foi mostrada no Velho Continente e, nesse caso, o para-choque tem aspecto mais esportivo. O para-choque também tem mais partes pintadas na cor da carroceria.
A grade dianteira não muda em formato, mas o desenho interno é diferente. Além do novo padrão para a colmeia, também há um filete cromado interligando as luzes diurnas dos faróis.
Já a frente do SUV chinês remete aos novos Tiguan e Tarek (chamado Tharu naquele mercado). A grade está mais estreita, com destaque para os cromados na parte inferior do para-choque.
Enquanto os modelos destinados ao Brasil e à Europa têm os mesmos faróis, a configuração asiática utiliza um conjunto maior e também inspirados nos outros utilitários vendidos por lá.
Lateral
Ainda que cada modelo tenha suas peculiaridades, esse é o ponto mais similar entre os três modelos. No geral, as formas (como vincos e linhas da janelas) são praticamente iguais.
Entretanto, o modelo brasileiro tem entre-eixos maior, o que muda as proporções do carro. Já o europeu tem detalhes na cor da correria e o chinês tem maçanetas cromadas.
Traseira
“Esse é o primeiro Volkswagen que traz conexão entre as lanternas sobre a tampa do porta-malas”, destaca José Carlos Pavone, diretor de design da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
As lanternas do T-Cross brasileiro são iguais às do modelo chinês, com dois filetes mais finos que na configuração destinada ao mercado europeu (que tem filete único).
O para-choque tem um elemento na parte inferior das versões brasileira (prateado) e chinesa (cromado). No europeu, a disposição dos refletores também é diferente.
Vale observar que somente a configuração asiática terá o nome da versão posicionado parte esquerda da tampa traseira. Nas demais variantes do T-Cross, o emblema ficará abaixo da placa.
Interior
“O interior do T-Cross nacional tem mais cor, com três tons em invés de dois, como nas saídas de ar, console central e maçanetas. Além disso, a horizontalidade no painel é para dar amplitude ao habitáculo”, explica Pavone.
Comparado ao europeu, nosso SUV tem volante diferente, saídas de ar simplificadas (sem comando exclusivo para fechamento do fluxo), suporte de celular sobre o painel e quadro de instrumentos em nicho próprio.
Para dar mais sensação de espaço interno, além da cor cinza mais clara nas partes inferiores da cabine, o T-Cross nacional também recebeu uma faixa horizontal em destaque acima da tampa do porta-luvas.
Ainda há outros recursos que diferenciam Brasil e Europa: para eles, haverá porta-objetos sobre o painel e segunda fileira de bancos com trilhos. Já o painel do modelo chinês ainda não foi revelado.