Volta do Fiat Coupe? Designer imagina uma versão moderna do clássico

Sedãs cupês podem viver um renascimento nos próximos anos. A Honda já anunciou o Prelude e a Toyota confirmou que está desenvolvendo um novo Celica. Isso reacendeu o interesse em carros deste segmento, levando designers independentes a sonharem com a volta de um clássico italiano.

O projetista Theottle mostrou em seu Instagram como ele imagina uma versão moderna do Fiat Coupe. O esportivo teve uma vida curta, mas marcante, sendo vendido entre 1993 e 2000.

Para o seu projeto, o designer utilizou, além de elementos do Coupe original, detalhes inspirados em outros modelos. As proporções, por exemplo, vieram do Audi RS5 Coupe. Do Bentley Continental GT vieram o porta-malas e as luzes traseiras e o Lynk & Co 07 emprestou alguns detalhes na dianteira.

Deste último, podemos ver a inspiração, principalmente, nos DRLs verticais em forma de duas listras. O Fiat Coupe original também tem luzes dianteiras separadas, mas com um design mais condizente com a época. Um detalhe interessante é que Theottle manteve os frisos originais do modelo, que marcavam os para-lamas dianteiro e traseiro.

Na traseira, apesar de muito semelhante, também foi modernizada. As lanternas, que originalmente eram circulares, ganharam um formato oval e mais horizontal, mas continuam dispostas em pares. Já o porta-malas teve suas proporções reduzidas, enquanto o para-choque está mais robusto e agressivo, ganhando ainda saídas de escape maiores. Porém, não há sinais da sua tampa de combustível, um charme do carro, que ficava na parte superior do porta-malas, assim como os modelos de corrida.

Em sua época, o Fiat Coupe fez até inveja aos seus “primos ricos” da Alfa Romeo. Durante sua vida, ele teve diversos motores, na maioria de quatro cilindros, como o 2.0 de 139 cv, que foi importado ao Brasil entre 1995 e 1997. Outro motor famoso foi o quatro cilindros turbo 16V, o mesmo do Lancia Delta, que entregava 195 cv e fazia o Coupe ir de 0 a 100 km/h em 7,5 s.

Porém, o auge foi com um cinco cilindros 2.0 turbo (no Brasil, chamados de Fivetech e apresentados no Marea). Com 20 válvulas, essa versão chegou ao ápice dos 220 cv e foi a que mais amedrontou os rivais.

Mas não era só por causa do seu motor que ele fez sucesso. O visual também foi um grande atrativo e tinha a assinatura de dois grandes nomes da indústria na época: Chris Bangle, responsável pelo BMW 7 Series E65, e Ermanno Cressoni, famoso projetista italiano que fez os Alfa Romeo Giulietta e 75, além dos Fiat 500 (1991) e o Bravo (1995). O mais interessante é que para o Coupe eles usaram a mesma plataforma do hatch Tipo.

Por dentro, o Fiat Coupe era moderno e luxuoso. Mas não é para menos, afinal, todo o interior foi feito pela Pininfarina, que também foi a responsável pela produção do veículo. O mais chamativo era o seu quadro de instrumentos, composto por mostradores individuais no painel.

O design de Theottle — obviamente — não é oficial, mas traz nostalgia aos entusiastas. Porém, não seria uma má ideia para a Fiat, ainda mais com essa nova onda de cupês surgindo. A marca, que atualmente foca em hatches e SUVs, poderia apostar trazendo seu antigo clássico de volta na plataforma STLA Medium, que também é compatível com motores híbridos e elétricos.

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