Volvo XC90 recebe segundo facelift e chega ao Brasil em 2025
Agora sem versões a diesel, SUV passa a estar disponível apenas com motorização híbrida plug-in ou híbrida leve, sempre a gasolina
A tendência das montadoras está sendo frear a eletrificação total. Logo, nada mais justo que a Volvo rejuvenescer um dos seus carros-chefes e que ainda mantém um motor a combustão interna.
Aos dez anos de idade, a atual geração do XC90 recebe o seu segundo facelift. Ele estava precisando, já que seu visual estava ficando um tanto desatualizado em relação aos modelos mais recentes da Volvo, como o recém lançado EX90, também considerado como sua contraparte elétrica.
Os faróis, antes mais arredondados, agora acompanham o formato de ‘T’ dos DLRs de LED. A grade tem novas linhas diagonais cromadas e manteve o logo da Volvo centralizado. O para-choque é totalmente novo, com novas entradas de ar verticais nas extremidades e uma abertura maior na base.
Por outro lado, na traseira as mudanças quase não existem. Para não dizer que está exatamente igual, a Volvo alterou levemente os desenhos internos das luzes. Mas foi só isso.
Na cabine há mudanças mais significativas, porém o design geral da cabine continua um tanto conservador. Por exemplo, o quadro de instrumentos digital ainda é emoldurado no painel, ao invés de ser uma pequena tela flutuante atrás do volante.
Porém, a Volvo promoveu melhorias na central multimídia. De meras 9’’ ela passou para 11,2’’. Outro detalhe é que ela tem uma resolução melhor já que a densidade dos pixels foi aumentada em 21%, de acordo com a montadora. Ela mantém o formato de tablet, a diferença é que não está mais presa ao painel.
Foram tantas mudanças na central multimídia que a Volvo até preparou um comunicado específico para isso. No geral, eles melhoraram o layout do sistema Google Built-in, adicionando à tela inicial os aplicativos mais usados e os modos de condução, como o modo 100% elétrico das versões plug-in. Segundo a marca, a partir do ano que vem a atualização chegará para todos os modelos construídos a partir de 2020 que utilizam o sistema operacional.
Para o acabamento, a montadora mudou um pouco o formato do painel, deixando-o mais horizontal. Há também novas inserções feitas de materiais reciclados e novas saídas de ar verticais.
Já o isolamento acústico também foi aprimorado em determinadas partes. Isso permite aos passageiros aproveitar melhor o sistema de som da Bowers & Wilkins, capaz de reproduzir a acústica de um palco, sala de concertos ou clube de jazz.
Sobre a dinâmica, o XC90 recebeu alterações na suspensão a ar. É possível rebaixá-la em até 20 mm para melhorar a aerodinâmica na estrada ou então suspender em 40 mm para passar por obstáculos mais facilmente. Há ainda um sistema de chassi ativo, que ajuda a melhorar o conforto monitorando o asfalto e o motorista 500 vezes por segundo.
O XC90 será vendido apenas com motores híbridos a gasolina, já que as versões a diesel foram extintas. A versão T8 PHEV, topo de linha combina um motor 2.0 turbo de quatro cilindros e um motor elétrico, alimentado por uma bateria de 14,7 kWh. Ao todo, ele rende 462 cv e 72,2 kgfm e oferece uma autonomia de 70 km pelo ciclo WLTP.
A Volvo menciona ainda duas versões híbridas leves, B5 e B6, que usam um sistema elétrico de 48 V para reduzir as emissões em aproximadamente 15%. Ambas combinam motor turbo de quatro cilindros que trabalha em ciclo Miller, justamente para melhorar a economia de combustível.
De acordo com os números divulgados pelo site britânico Autocar, o B5 chega aos 247 cv e tem média de consumo de 14,11 km/l. Enquanto isso o B6 tem potência de 296 cv e médias de 31,47 km/l.
O novo XC90 começa a ser produzido e entregue ainda no final deste ano. A Volvo já confirmou que o SUV reestilizado chegará ao Brasil em 2025, assim como o XC60, que também ganhará um facelift.