Os dias do Volkswagen Golf como conhecemos estaria com contados, já que sua nona geração será elétrica, certo? Aparentemente, o fim do hatch médio com motores a combustão pode estar bem mais longe do que imaginávamos.
Em entrevista à Top Gear neerlandesa, Kai Grünitz, responsável pelo desenvolvimento técnico da Volkswagen, revelou que a oitava geração do VW Golf pode permanecer em produção até 2035, quando a União Europeia irá proibir a produção de novos carros que emitem gases poluentes, permitindo apenas aqueles movidos a combustíveis sintéticos ou elétricos.
Isso significa que, se realmente durar mais 11 anos, o Golf de oitava geração será aposentado depois de 16 anos no mercado. Duraria tanto quando a quarta geração do modelo no Brasil.
Apesar de ser uma vida útil impressionante, ele não seriá o Golf mais longevo. O título fica com a primeira geração do Golf que, tecnicamente, esteve à venda de 1974 a 2009. Acontece que quando a segunda geração foi lançada, em 1983, a VW lançou o Citi Golf baseado na primeira geração e que permaneceu em produção até 2009 na África do Sul. Somando tudo, são 35 anos de produção.
Com o anúncio de Grünitz, abre espaço para diversas especulações sobre o Golf. Isso porque o hatch acabou de ganhar um facelift, que muitos acreditaram ser a famosa atualização de meio de vida. Mas com mais 11 anos de mercado, é possível que ele receba mudanças mais profundas nos próximos anos.
Apesar da esperança de novidades, existe um entrave que pode fazer o MK8 se despedir um pouco antes. Na Europa, uma nova lei de segurança cibernética está fazendo com que modelos mais antigos adaptem seus softwares e outros sistemas.
Porém, o desenvolvimento de novos softwares é algo bem caro. Isso levou a Porsche, uma das marcas do Grupo VW, a simplesmente descontinuar o Macan e o 718 Boxer/Cayman no Velho Continente. Não sabemos se o Golf também passará por esses problemas, mas é uma possibilidade apontada por Grünitz.