Apesar de duramente criticado por Ferdinand Piëch, chefe do Conselho Fiscal da Volkswagen, o alemão Martin Winterkorn acabou vitorioso na disputa pela liderança do Grupo Volkswagen e foi mantido no cargo.
O posto de Winterkorn estava ameaçado depois de Piëch retirar seu apoio ao alemão. Piëch criticava os atuais problemas da VW – mais especificamente às baixas margens de lucro da marca VW e seu mau desempenho nos Estados Unidos – e os atribuía a Winterkorn.
Nesta manhã, a empresa publicou um pequeno comunicado em seu site confirmando a decisão e destacando que é provável que Winterkorn ainda tenha seu contrato estendido até 2016.
Piëch, que salvou a VW do iminente colapso no começo dos anos 90, tem sido visto como principal articulador do Grupo desde que passou a ocupar a cadeira de presidente do Conselho Fiscal da empresa, em 1993. O austríaco, que é membro da família Porsche, também liderou a política de compra de outras marcas (como a Bentley, por exemplo) para aumentar a força da imagem da Volkswagen no mercado automotivo.
O “boicote” a Piëch não tem precedentes e a decisão tomada pelo Conselho Fiscal pode marcar o fim do reinado extraordinário do austríaco. Até então, Piëch, que comemora seu 78º aniversário hoje, estava cotado a sair do Grupo em 2017, mas sua falta de sintonia com o Conselho transformou seu futuro em incerteza e ele pode deixar a VW antes deste prazo.