Nissan testa sedã elétrico chinês com 635 km de autonomia no Brasil
A Nissan confirmou que o sedã será um modelo global, porém não há nenhuma informação sobre quais mercados irá estrear fora da China

Nissan N7 foi flagrado em teste em São Paulo. O flagra original é do perfil @bydbatido do instagram. E ele pode representar o lançamento do sedã elétrico por aqui.
O modelo foi lançado na China em abril deste ano e é quase uma reestilização do Dongfeng eπ 007. Ele foi lançado por meio da joint venture das duas montadoras.
As dimensões são dignas de sedã de grande porte pois tem quase 5 metros de comprimento (4,93 metro) e quase três metros de entre-eixos (2,91 metros) – a mesma medida de alguns SUVs sete lugares, portanto o espaço interno tende a ser generoso. Ele tem ainda 1,89 metro de largura e 1,48 metro de altura.

A Nissan já confirmou oficialmente que o sedã será um modelo global, porém não há nenhuma informação sobre quais mercados irá estrear fora da China. Segundo a imprensa chinesa, o Nissan N7 recebeu 20.000 pedidos em apenas 50 dias de venda. E a marca japonesa que passa por dificuldades financeiras espera ter o mesmo sucesso em outros locais e um deles pode ser o Brasil, tendo em vista que o modelo está sendo testado em solo brasileiro.
Com preço inicial de 119.900 yuans (cerca de R$ 76.000), o N7 é uma das opções mais acessíveis no segmento de elétricos médios. São cinco versões e desde a de entrada há uma lista generosa de equipamentos.

A Nissan oferece um sistema ADAS de nível 2, ou seja, terá itens como piloto automático adaptativo e assistente de troca de faixas. Esse sistema é desenvolvido em parceria com a empresa chinesa Momenta, especializada na introdução de inteligência artificial em algoritmos de piloto automático.
Quanto aos motores, há duas combinações disponíveis. A versão mais básica tem motor de 218 cv e bateria de 58 kWh, mas que não teve seu alcance divulgado. Por outro lado, a versão mais cara terá 635 km de alcance, de acordo com o ciclo CLTC, garantidos por uma bateria de 73 kWh.

Os DRLs finos são marca registrada do Dongfeng eπ 007, mas no Nissan eles acompanham toda a linha do capô. Os faróis principais ficam mais abaixo e tem forma de bumerangue, sendo um pouco menores e mais “pontudos” no N7.
Na traseira, as coisas são um pouco mais parecidas. Os dois têm barra iluminada, mas no N7 ela é um pouco mais estilizada, tendo até o nome da Nissan no centro. Aliás, todas as luzes são em LED Matrix e podem exibir diferentes projeções e inscrições.

O interior é uma prova de que o N7 é um carro feito para os chineses. O design da cabine é voltado ao público local, sendo bem minimalista. No console central, não há nenhum botão, e o seletor de modos de condução e transmissão fica no volante. E no apoio de braços das portas, há botões para destravamento das portas e dos vidros.
Todo o resto fica concentrado na central multimídia de 15,6’’ e no painel de instrumentos digital de 8,8’’. Os sistemas do N7 são geridos por um processador Qualcomm Snapdragon 8295P avançado com 32 GB de RAM e 256 GB de armazenamento de dados.

Mas a tecnologia avançada mesmo estão nos assentos AI Zero Pressure Cloud Carpet. Ele usa inteligência artificial, que utiliza 49 sensores para rastrear a posição corporal dos passageiros. O estofamento é feito com um gel, que levou três anos para ser desenvolvido e se ajusta de acordo com o posicionamento e a dinâmica do corpo.

Caso o Nissan N7 seja lançado no mercado brasileiro ele deverá ser posicionado acima do Sentra, tanto pelo porte quanto pela motorização, e portanto é esperado que chegue na faixa dos R$ 200.000, afinal a versão topo de linha do Sentra, Exclusive, é vendida por R$ 195.890.