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BYD Song Pro é maior e mais barato que Song Plus, mas não é por acaso

Com simplificações, BYD Song Pro é novo SUV híbrido de entrada que ainda oferece mais que a maioria dos SUVs médios; entenda as diferenças para o Song Plus

Por Eduardo Passos
Atualizado em 14 jul 2024, 09h13 - Publicado em 14 jul 2024, 09h10
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  • BYD Song Pro GS
    Traseira com formato de SUV tradicional marca a diferença para o Song Plus (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    É bom saber: falta um tempo para que você não ouça mais falar de BYD o tempo todo. A nova gigante chinesa está longe de concluir seu plano de ser a terceira maior fabricante do país. Além disso, não para de trazer novos carros para alcançar novos segmentos. Agora seu foco está em oferecer carros híbridos mais baratos.

    Agora, a barreira de acesso a um SUV híbrido ficou R$ 50.000 menor, BYD Song Pro acaba de chegar às lojas a partir dos R$ 189.800. Até então, era necessário pagar R$ 239.800 para ter um SUV híbrido, o BYD Song Plus.

    Preços do BYD Song Pro 2025 (3.000 primeiras unidades):

    BYD Song Pro GS chega por menos de R$ 200.000 (preço limitado a 3.000 unidades)
    BYD Song Pro GS chega por menos de R$ 200.000 (preço limitado a 3.000 unidades) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A nomenclatura é confusa, mas o Song Pro é uma versão light do Song Plus. Suas dimensões e mecânica são praticamente idênticas e grande parte dos itens de série se mantém. O desconto se dá, entretanto, pela qualidade do acabamento e pela ausência de equipamentos importantes que não estão no novo Song Pro.

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    A lista de equipamentos retirados, quando comparado ao Song Plus (lançado em 2022), é composta por teto solar elétrico, farol alto automático e, principalmente, o pacote de automação veicular com o trio controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e a valiosa frenagem autônoma de emergência. Estes podem ser encontrados em grande parte dos SUVs médios e compactos da mesma faixa de preço. 

    BYD Song Pro GS

    Diferenças entre os Song Pro GL e GS

    Além disso, há duas versões. O BYD Song Pro GL é mais básico, não tem carregador de celular por indução e o ajuste elétrico do banco do motorista. Além disso, seu sistema híbrido tem bateria 30% menor, com 12,9 kWh contra os 18,3 kWh do Song Pro GS. Por conta disso, a autonomia só com o motor elétrico (197 cv/30,6 kgfm) cai de 68 para 49 km e o consumo de gasolina na estrada piora de 15,2 para 14,8 km/l.

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    Além disso, ajustes na programação no motor 1.5 aspirado (98 cv/12,4 kgfm) fazem a potência combinada cair de 235 para 223 cv e o torque combinado de 43,0 kgfm para 40,8 kgfm de uma versão para a outra. 

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Variantes de um mesmo carro, o Song Pro se difere do Plus por não mais do que 3 cm de variação comprimento e altura, mas é 9 cm mais comprido. Na carroceria, o que se nota no Pro é uma silhueta menos “cupê” e mais “SUV” — divisão parecida à da Audi com seus Sportback.

    Diferença de dimensões entre BYD Song Pro e BYD Song Plus:

    Dimensões BYD Song Pro BYD Song Plus
    Comprimento 4,79 m 4,70 m
    Largura 1,86 m 1,89 m
    Altura 1,71 m 1,68 m
    Entre-eixos 2,71 m 2,76 m
    Porta-malas 520 L 574 L

    Lanternas e faróis são diferentes, assim como para-choques e grade, mas por detalhes. A identidade visual é a mesma. E a mesma coisa vale para o interior, onde certamente o BYD Song Pro oferece o maior conforto aparente entre seus pares e é bem semelhante ao Song Plus. Há mais plásticos expostos na cabine do que no Plus, especialmente no console, mas a forração dos bancos e dos apoios é confortável e o aspecto de luxo é atingido com sucesso.

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A combinação do acabamento cinza com detalhes laranja já era vista no Dolphin e é uma insistência da BYD em repetir, no Brasil, o que faz sucesso na China. Talvez esteja dando certo, mas os brasileiros também podem optar pelo revestimento em marrom.

    Como diferenciar o painel de um Song Pro do painel do Song Plus? Atente ao quadro de instrumentos digital de 8,8″, que é flutuante, com sua moldura exposta. No Song Plus, a tela é maior e envolvida à moda de um velocímetro convencional; a multimídia também diminui no Song Pro, 12,8″ (no Song Plus 2025 a tela passou a ter 15,6″).

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    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Pouco mudam os níveis de ergonomia, que são ajudados pelo espaço amplo do Song Pro e um ajuste de suspensão bom, que lida com as ruas brasileiras de maneira sutil. O multilink atrás é, no papel, o mesmo que de um Compass, mas a suavidade do chinês está em nível acima. E o mesmo vale para o isolamento acústico.

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    BYD Song Pro GS

    Atenção aos números

    Na estreia dos híbridos no prêmio Menor Custo de Uso, pudemos notar como os híbridos plug-in não são exatamente os mais eficientes quando se considera o valor pago e o consumo obtido. Mas, nominalmente, os 15,2 km/l que o Song Pro GS faz na cidade, de acordo com o Inmetro, são bem satisfatórios.

    Entretanto, sempre desconfie de propagandas que pregam autonomia superior a 1.000 km: é possível, mas em condições muito favoráveis. Normalmente, o Song Pro tenderá a rodar até uns 800 km sem precisar ser abastecido ou recarregado. Até mesmo porque, com um tanque de 52 litros e média urbana de 15,2 km/l, no máximo fará 790 km com um tanque.

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Inclusive, ter um carregador wallbox em casa é importante para boas médias de consumo. O BYD Song Pro não tem recarga rápida em nenhuma versão, a potência máxima aceita é de 6,6 kWh. Então leva entre 3 e 6h para completar a energia das células.

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    Diferença de consumo e desempenho entre BYD Song Pro e BYD Song Plus:

    DESEMPENHO* BYD Song Pro GL BYD Song Pro GS BYD Song Plus
    Consumo urbano 14,8 km/l 15,2 km/l 14,9 km/l
    Consumo rodoviário 13,2 km/l 13,2 km/l 12,1 km/l
    0 a 100 km/h 8,3 s 7,9 s 8,5 s
    Velocidade máxima 185 km/h 185 km/h 170 km/l

    *Dados de fábrica e PBEV

    Contar só com o motor 1.5 e seus números próximos dos motores 1.0 aspirados seria má ideia, e a BYD sabia disso ao programar o gerenciamento de energia a fim de evitar essa fadiga. Por outro lado, é errado interpretar que os 235 cv e 43 kgfm podem realmente impressionar o motorista.

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A forma que tais números são entregues depende muito do arranjo entre os dois motores, que é complexo e muda o tempo inteiro pela combinação que compõe o câmbio eCVT. Há momentos onde, como outros PHEV, o Song Pro GS (0 a 100 km/h em 7,9 s) parece um foguete por ter o motor elétrico atuando bastante. Contudo, logo depois dá sinais de fraqueza, especialmente em condições de rodovia e retomadas, quando fica mais dependente do motor a gasolina.

    O BYD Song Pro até pode ir bem no conjunto da obra, mas apenas se sua utilização for majoritariamente urbana. Nem mesmo nisso ele é tão diferente do Song Plus.

    BYD Song Pro GS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Veredicto

    O BYD Song Pro é mais uma evidência de que os engenheiros chineses têm o melhor equilíbrio do que mais importa na guerra: preço e qualidade. Em diferentes aspectos, como a eletrificação plug-in, o novo SUV está além de outras alternativas do segmento. Um daqueles carros que “pode” se vender sozinho, com sucesso ainda maior caso a fabricante cumpra o que precise em termos de pós-venda.

    Ficha técnica – BYD Song Pro GS

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