Chevrolet Cruze: pós-graduação no Longa Duração
Desmontado em 2012, Cruze volta à nossa frota. Conseguirá a nova geração repetir o bom desempenho da primeira?
Pense em uma compra demorada. Do pedido à entrega, foram longos 62 dias. Mas isso é passado: o que importa é que o Cruze está de volta ao Longa Duração – quase quatro anos após o desmonte de um exemplar da primeira geração, em novembro de 2012.
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A missão do novo Cruze por aqui será duríssima. Além dos desafios naturais de um teste de 60.000 km, ele já nasce com a responsabilidade de ser, no mínimo, tão bom quanto o primeiro. E olha que, no desmonte, a primeira geração se despediu com frases como “Sem dúvida, é a nova referência do Longa Duração em termos de qualidade técnica” e “Robustez é, definitivamente, uma das maiores virtudes do Cruze”.
Além da demora de dois meses, tivemos outro contratempo com o nosso carro. Dias antes da chegada, o vendedor da Palazzo entrou em contato: “No transporte, uma pedra atingiu o vidro da porta do motorista, causando uma trinca”, disse. Para que tivéssemos o carro ainda nesta edição, agendamos a retirada e deixamos o retorno para reparo agendado para dali a uma semana.
A entrega técnica do Cruze foi melhor do que a do Onix de Longa, coincidentemente comprado na autorizada Palazzo, em janeiro de 2013. Ao contrário do que vimos na primeira ocasião, desta vez o carro já estava à nossa espera, limpinho e no horário combinado.
Mas a Palazzo ainda precisa melhorar. Péricles Malheiros, editor responsável pelo Longa Duração, diz: “O vendedor fez uma apresentação atenciosa, mas deslizou ao afirmar que o plano de manutenção do Cruze tem uma troca de óleo obrigatória entre as revisões. Exatamente o mesmo erro cometido na entrega do Onix, três anos atrás”. Os dois Chevrolet só pedem a tal troca de óleo entre as revisões quando submetidos a condições de uso severo, o que não é o nosso caso.
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Sobre o vidro danificado, tivemos uma nova informação: “Inicialmente, achei que era mesmo uma batida de pedra, mas o pessoal da oficina disse se tratar de um ataque químico. De qualquer maneira, a troca será feita em garantia”, disse. Até na hora de agradar, a Palazzo derrapou, oferecendo como cortesia um jogo de tapetes sem sistema de fixação no assoalho. Detalhe: tapetes com fixadores são de série.
Diferentemente do que fizemos na primeiro Cruze (era um exemplar de entrada, LT), desta vez fomos para a versão topo de linha, LTZ. E com direito ao seu único pacote de opcionais. Na hora da configuração, uma surpresa: a cor branca, única opção de pintura sólida, custa R$ 650. Já a metálica Vermelho Edible Berries não tem custo extra, ao contrário das outras metálicas e perolizadas do catálogo, vendidas por R$ 1.300.
Ficamos com a de custo zero. No fim, nossa configuração do novo Cruze ficou em R$ 107.450 – mas atenção: os preços já aumentaram, elevando a conta para R$ 109.790
O pacote R7F, de R$ 10.460, é repleto de tecnologia. Acrescenta ao LTZ básico alertas de colisão frontal e de pontos cegos, assistente de permanência em faixa, farol alto adaptativo, indicador de distância do veículo à frente, carregador de celular sem fio, sistema de acionamento automático e banco do motorista com ajustes elétricos.
Quanto à mecânica, a expectativa maior recai sobre o motor 1.4 Turbo, grande novidade da nova geração. Mas também estamos curiosos para ver se, na prática, o Cruze consegue se nivelar aos sedãs do segmento premium, como a marca tem propagandeado. O Audi A3, outro integrante de nossa atual frota, nos ajudará nessa missão.
As respostas virão ao longo de 60.000 km. Ao Chevrolet Cruze, nossas boas-vindas.
Versão | LTZ 1.4T |
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Motor | 4 cilindros, dianteiro, transv., 1.399 cm3, 16V, flex, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 25,5/24 mkgf a 2.000/2.100 rpm |
Câmbio | automático, 6 marchas |