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Chevrolet Spin 2023: erros e acertos do sete lugares mais barato do Brasil

Chevrolet Spin é a última minivan à venda e é o sete lugares mais barato do Brasil, mas abre mão de tecnologias, itens de conforto e estilo mais moderno

Por Isadora Carvalho | Fotos Fernando Pires
Atualizado em 9 ago 2022, 17h26 - Publicado em 9 ago 2022, 17h00
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  • A Chevrolet Spin completou em junho dez anos de mercado e quando foi lançada era apenas uma entre tantas minivans, como Nissan Livina, Fiat Idea e Citroën C3 Picasso. Hoje, o segmento de minivans se resume a ela, que segue firme e forte vendendo mais que SUVs como o Renault Captur e VW Taos.

    De janeiro a maio deste ano, foram comercializadas 5.362 unidades da Spin, contra 3.064 do Taos e 2.237 do Captur. E esse desempenho não pode ser creditado apenas ao fato de a minivan ser a única opção no segmento. Atrativo maior está em sua relação custo/benefício. A Spin é o modelo de passeio de sete lugares mais barato do Brasil.

    Na linha 2023, desde a versão de LT, que parte de R$ 108.000, a Spin já oferece sete lugares. E a oferta é tão em conta que, mesmo na versão intermediária Premier, mostrada aqui, que sai por R$ 122.450, a Spin continua sem rivais. O modelo sete lugares que mais se aproxima é o Caoa Chery Tiggo 8, que custa R$ 201.990.

    SPIN
    Farol com uma parábola entrega a idade do projeto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A minivan tem outros atributos, porém, apesar de já sentir o peso da idade, que podem ser bem incômodos na convivência. Na linha 2023, a Spin recebeu atualizações no motor, no câmbio, na arquitetura eletrônica e nos sistemas de exaustão, admissão e de combustível por conta das regras impostas pelo Proconve L7.

    spin
    Versão Premier tem visual mais sofisticado (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Segundo a fábrica, essas mudanças na minivam foram responsáveis pela redução da emissão média de gases em até 43%. E isso foi conseguido sem sacrifício da potência e do torque do motor, que se mantiveram nos mesmos patamares.

    O 1.8 8V Ecotec de quatro cilindros gera 111 cv a 5.200 rpm e 17,7 kgfm a 2.600 rpm. E, dessa forma, não houve perda de rendimento.

    Spin
    Painel de plástico rígido e instrumentos analógicos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No que diz respeito ao consumo de combustível, a Spin 2023 conseguiu as médias de 11,5 km/l, no ciclo urbano, e 15 km/l, no rodoviário, enquanto no teste realizado em 2018, as marcas foram respectivamente 11,4 km/l e 15,3 km/l.

    No que diz respeito ao desempenho, pode se dizer que, após a recalibração do motor, a Spin ficou mais lenta. Nas provas de aceleração, de 0 a 100 km/h, ela cravou 12,5 segundos, enquanto em 2018 cumpriu a mesma tarefa em 12 segundos.

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    Spin
    Tecido azul, nos bancos. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Pode-se dizer que, no dia a dia, não há diferença. Mas nas retomadas de 40 a 80 km/h e 60 a 100 km/h, o modelo anterior também mostrou-se ser mais ágil, cumprindo as provas ligeiramente mais rápido que o modelo atual.

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    Dá conta do recado 

    O 1.8 Ecotec ainda é um motor aspirado, mas que cumpre bem seu papel, uma vez que a proposta da Spin é ser um modelo barato.

    No mercado, há motores equipados com turbocompressores e outras tecnologias, como injeção direta, por exemplo, que favorecem o rendimento. Mas esses recursos custam caro, refletindo no preço final dos veículos.

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    Spin
    Segunda fileira se movimenta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Os mais atentos podem reclamar da aspereza do motor, sensação evidente também pela falta de um isolamento acústico mais eficiente. O nível de ruído na cabine é alto, principalmente nas altas rotações do motor.

    O comportamento dinâmico do conjunto da suspensão privilegia o conforto, mas os ocupantes traseiros, em especial da terceira fileira, sentem as imperfeições do piso, pois a suspensão traseira é equipada com eixo de torção e, portanto, quando a roda de um lado passa por um obstáculo, o outro lado também é afetado.

    Spin
    Espaço na terceira fila é reduzido (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Espaço e conteúdo 

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    A capacidade do porta-malas é de 162 litros, com a terceira fileira de bancos montada para sete lugares. Mas, se esses assentos forem rebatidos, o volume disponível sobe para 553 litros. O Tiggo 8, por exemplo, oferece 140 litros, quando está com sete a bordo, e 500 litros, com cinco lugares.

    Um ponto negativo da Spin é que os bancos recolhidos da terceira fila ocupam um espaço importante, enquanto os SUVs atuais oferecem a opção de esconder esses assentos no assoalho e também permitem montar apenas um assento por vez.

    Spin
    Para sete lugares, porta-malas de 162 l (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O entre-eixos da Spin é de 2,62 metros e mesmo sendo bem menor que o dos SUVs sete lugares, a minivan consegue oferecer conforto para os passageiros de trás. E como a segunda fileira corre sobre trilhos é possível negociar o espaço entre as fileiras.

    O deslocamento é de até 6 centímetros. A vida a bordo na traseira é prejudicada apenas pela falta de entradas USB e também saídas de ar. Com sete ocupantes e apenas quatro saídas de ar no painel dianteiro, fica claro que o sistema não é suficiente para resfriar a cabine como um todo.

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    SPIN
    Com assentos rebatidos, volume chega a 553 l (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A central multimídia MyLink tem conexão com smartphone por cabo, mas sua tela de 8” poderia ser mais responsiva e estar posicionada na altura do olhar do condutor para melhor ergonomia. E ainda oferece Wi-Fi, recurso que está presente em outros Chevrolet como o Onix.

    A Spin 2023 traz controle de tração e estabilidade e sensores de chuva e crepuscular, mas não espere tecnologias avançadas de auxílio à condução.

    A proposta da última minivan do Brasil é realmente ser a alternativa para quem precisa de um modelo sete lugares pelo menor preço possível.

    SPIN
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

     

    Veredicto Quatro Rodas

    A Spin tornou-se o modelo sete lugares mais barato do Brasil, mas abre mão de tecnologia e de um design moderno

    Ficha Técnica – Chevrolet Spin Premier 2023 PL7

    Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 8V, 1.796 cm3; 111/106 cv a 5.200 rpm, 16,8/17,7 kgfm a 2.800/2.600 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Direção: elétrica
    Suspensão: ind. McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
    Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.)
    Pneus: 205/60 R16
    Dimensões: comprimento, 441,5 cm; largura, 176,4 cm; altura, 168,9 cm; entre-eixos, 262 cm; peso, 1.275 kg; tanque de combustível, 53 l; porta–malas, 162/553 l

    Spin
    Câmbio oferece opção de trocas manuais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Teste – Chevrolet Spin Premier 2023 PL7

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 12,5 s
    0 a 1.000 m: 34 s – 152 km/h
    Velocidade máxima: 190 km/h (dado de fábrica)
    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 5,8 s
    D 60 a 100 km/h: 7,5 s
    D 80 a 120 km/h: 9,6 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 15,1/27,61,4 m
    Consumo
    Urbano: 11,5 km/l
    Rodoviário: 15 km/l
    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 43,7/72,6 dBA
    80/120 km/h: 63,9/71 dBA
    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em D: 2.000 rpm
    Volante: 2,7 voltas
    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 122.450
    Garantia: 3 anos

    Condições de teste: alt. 660 m; temp., 28,5 °C; umid. relat., 53%; press., 1.013 kPa. Realizado no TMT Campo de provas

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