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Citroën DS5

Ele chega ao Brasil rompendo convenções: é um hatch gigante, uma SW compacta ou um sedã-cupê?

Por Péricles Malheiros | foto: Christian Castanho
Atualizado em 19 mar 2024, 16h16 - Publicado em 14 fev 2013, 15h36
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    O DS5 é fruto de um projeto tocado à moda antiga: com calma. A boa receptividade do público ao carro-conceito C-Sportlounge durante o Salão de Frankfurt de 2005 era tudo de que a marca precisava para fazer o show car se transformar num modelo de linha. Seis anos mais tarde, em 2011, o DS5 definitivo dava as caras no Salão de Xangai, na China.

    Durante o longo intervalo, muita coisa mudou na Citroën. Para começar, ela decidiu lançar a linha DS com status de marca com vida própria, numa estratégia de reforçar o lado premium de seus carros. Por enquanto, três modelos compõem a família: DS3, DS4 e DS5 – o caçula veio em 2012 e o irmão do meio estreia em março, enquanto o DS9 só deve ser lançado em 2014.

    Diferentemente do que o nome indica, o DS5 não é montado na plataforma do C5 – este, aliás, deixa de ser vendido por aqui. O lançamento da Citroën utiliza como base a plataforma PF2, a mesma do Peugeot 3008. Daí o fato de o DS5 ser produzido na planta da marca irmã, em Sochaux, na França. Para dar porte diferenciado ao DS5, a Citroën tratou de aumentar a plataforma nas bitolas (em especial a traseira) e no entre-eixos, que passou de 261,3 para 272,7 cm. Ao vivo, o DS5 tem proporções de 3008, só que mais baixo.

    O DNA do C-Sportlounge foi mantido. Permanece o conceito de cabine iluminada e com espaços definidos – praticamente isolados -, sobretudo na dianteira. O teto solar é inteiriço e fixo, não abre. Mas cada um tem o direito de escolher se quer ou não admirar o céu: motorista, passageiro dianteiro e os três ocupantes do banco traseiro controlam suas cortinas elétricas. A cabine guarda outro forte ponto de contato com o C-Sportlounge. São dois consoles centrais: um convencional, entre os bancos dianteiros, e outro “aéreo”, fixado no teto, exatamente acima. Nos dois, destaca-se o design agressivo e pouco usual das teclas de acionamento de equipamentos como travamento central das portas, vidros elétricos no inferior e, no superior, cortinas e head-up display – sistema de projeção de informações gráficas numa tela acrílica à frente do motorista.

    “O design das teclas ajuda a acentuar a atmosfera de cabine de avião do DS5. É legal acionar as cortinas logo depois de dar a partida no motor, que também é por botão, sem chave. Faz o motorista se sentir um piloto de caça, preparando-se para decolar”, diz Jeremie Martinez, executivo de marketing da Citroën. E olha que nem deixaram os designers viajarem sem plano de voo. “Os primeiros desenhos da cabine previam o uso de chaves aeronáuticas, daquelas em que se levanta uma cápsula para acessar o botão propriamente dito”, diz Fabien Darche, responsável por estilo da Citroën que participou da criação do DS5.

    Fabien pôde aplicar sua criatividade em outros pontos, cuidando pessoalmente da seleção do couro e do alumínio que revestem bancos e portas do DS5. O couro vem de bois criados na região da Bavária, na Alemanha. “Para garantir que a pele do animal seja perfeita, a alimentação é balanceada e a fazenda tem cercas sem arame farpado e fica numa região onde há poucos insetos parasitas”, diz Fabien. O designer conta ainda que o alumínio vem da inglesa NAS, que também fornece material para Jaguar e Aston Martin. “Fresas imprimem no alumínio elementos circulares, mas sem alterar sua textura lisa. Como a iluminação da cabine é de led azulado, o efeito durante a noite é bastante interessante”, diz o francês. Darche ainda confidencia: “Testamos madeira no lugar do alumínio, mas ficou horrível. Não combinava com o carro”.

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    Ar retrô

    Por fora, o DS5 lembra muito o C-Sport- lounge. A frente com grade enorme, os faróis com leds e até o inserto cromado que se estende da dianteira até a porta do motorista são parecidos com o do modelo conceitual. A preocupação com a aerodinâmica está nos detalhes, como as laterais vazadas do para-choque frontal e o aerofólio que divide o enorme vidro traseiro. Aliás, visto de traseira, o DS5 deixa evidente o estilo pirâmide, muito mais largo abaixo da linha de cintura, o que lhe confere um visual robusto e certo ar retrô. 


    Em termos de equipamentos de segurança, o DS5 dá um show. São de série airbags frontais, laterais e do tipo cortina, ABS com repartidor de força e auxílio em frenagens de emergência, controles de estabilidade e tração, regulador e limitador de velocidade, sistema de retenção do carro em partidas feitas em subidas e descidas e faróis de xenônio direcionais. Nos testes do Euro NCap, o DS5 recebeu cinco estrelas.

    
O motor é o mesmo 1.6 turbo de 165 cv do pequeno (e mais leve) DS3 – são 1480 kg, ante 1 165. O câmbio automático de seis marchas mostra sinais de defasagem diante das caixas automatizadas de dupla embreagem que têm surgido com trocas cada vez mais rápidas. O DS5 não é um carro lento, mas carece de vitalidade nas retomadas em meio ao trânsito urbano. Também em sintonia com o perfil mais executivo, as suspensões tiveram seu ajuste voltado para o conforto. Se o motorista força a barra e tenta imprimir um ritmo de condução mais quente, o controle de estabilidade altamente intrusivo logo corta a potência do motor – e o ímpeto do piloto.

    Apesar do fraco desempenho no segmento premium no Brasil – em 2012 só foram vendidos 190 C5, entre sedã e SW -, a Citroën está confiante com o DS5. “Acreditamos num volume de cerca de 500 unidades em 2013”, diz Martinez. O preço, 124 900 reais, é interessante pelo visual que ostenta e pelo conteúdo que carrega.

    DIREÇÃO, FREIO
E SUSPENSÃO

    
Com acerto mais voltado para o
conforto, a suspensão tem desempenho macio. os freios, assistidos por aBS,
aFU e reF, garantem equilíbrio e controle direcional mesmo durante longas paradas.

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    ★★★★

    MOTOR E CÂMBIO

    O sempre elogiado conjunto faz bonito no Peugeot 3008, com seu perfil familiar. Mas no DS5, de visual mais agressivo, deixa um pouco a desejar. Falta vigor nas acelerações.

    ★★★☆

    CARROCERIA

    A considerar o número de olhares e pescoços virados na rua durante nosso test-drive em São Paulo, o DS5 fará muito sucesso.

    ★★★★☆

    VIDA A BORDO

    A cabine é bem iluminada e recheada com equipamentos de conforto e
muita personalidade.

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    ★★★★☆

    SEGURANÇA

    Mais que os vários dispositivos eletrônicos de segurança, as cinco estrelas conquistadas no euro nCap validam a competência do
DS5 neste quesito.

    ★★★★★

    SEU BOLSO

    Pelo conteúdo farto, requinte indiscutível
e, principalmente, visual arrebatador, o DS5 é um bom negócio para quem busca um modelo para se diferenciar da multidão.

    ★★★★

    OS RIVAIS Peugeot 308 CC639_ds5_tx1.jpg

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    O 308 CC é um cupê-cabriolet de capota rígida. Motor e câmbio são os mesmos do DS5. Custa 129 990 reais.

    Kia Cadenza 3.5 V6

    639_ds5_tx2.jpg

    Não chama tanta atenção quanto o DS5, mas tem personalidade e motor V6 de 290 cv. Sai por 129 900 reais.

    VEREDICTO

    Este Citroën não é um carro para tímidos. Do manobrista do restaurante ao dono de um sedã alemão, sempre haverá gente para puxar papo e elogiar o visual do DS5. Se a ideia é chamar atenção, poucos carros são mais indicados que ele.

    >> Confira a Ficha Técnica do carro

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