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Como é o Renault Kwid E-Tech, carro elétrico mais barato do Brasil

Por R$ 99.990, o Renault Kwid elétrico já está 33% mais barato do que já custou no Brasil. Mas é interessante ou é um mico?

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 mar 2024, 14h14 - Publicado em 3 mar 2024, 14h13
Renault Kwid E Tech
Renault Kwid E Tech (Divulgação/Renault)
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Foi o Renault Kwid E-Tech quem iniciou, lá em meados de 2022, o segmento dos carros elétricos compactos no Brasil. Os R$ 142.990 da época faziam dele o carro mais barato do Brasil. Mas o início das vendas foi atribulado, com entregas atrasadas em meses, até um momento em que já tinha alguns concorrentes.

Mas foi a chegada do BYD Dolphin, em maio, a R$ 149.800 (preço esse que não mudou até hoje) que fez a Renault começar a repensar a estratégia de preços do Kwid elétrico: fez reduzir o preço que já estava em R$ 149.990 a R$ 123.490. Mesmo assim suas vendas foram fracas e só teve 245 unidades emplacadas em 2023, duas a menos que o Porsche Taycan.

Kwid Etech
Kwid E-Tech (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Agora, com a possibilidade do BYD Dolphin Mini estrear por menos de R$ 100.000, a Renault correu para deixar o Kwid E-Tech a R$ 99.990. O concorrente chinês foi lançado por R$ 115.800 e o Kwid E-Tech se garantiu como o carro elétrico mais barato do Brasil. E provou que sua margem de preços era bem alta.

Como é o Kwid elétrico

O Reanault Kwid E-Tech, em versão única, é praticamente idêntico às versões 1.0 flex, que hoje custam entre R$ 72.640 e R$ 78.430 – ou R$ 21,560 a menos. É idêntico também no acabamento simplório e a largura, que limita a acomodação das pernas de um motorista com mais de 1,80 m.

Kwid
Kwid elétrico tem Android Auto e Apple CarPlay (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Na estética, só mudando em questão de adesivos e na grade falsa que esconde o carregador em lugar do bocal de carregamento. Os para-choques e a tampa do porta-malas são levemente diferentes, também. E, por dentro, a grande alteração está no console central, com seletor de marcha em lugar do câmbio – até a chave canivete o Kwid mantém.

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Tudo isso, entretanto, está bem claro ao consumidor, que adquire o carro elétrico mais barato do Brasil e, com isso, tem à disposição um veículo com quatro lugares, bom espaço traseiro e bom porta-malas. O requinte da cabine, certamente, é menor, mas a Renault entendeu a importância de investir no Android Auto e Apple CarPlay, cada vez mais indispensáveis na experiência de condução na cidade.

Kwid
Além de padrões do estofamento, pouca coisa muda no carro elétrico (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Também foram feitas mudanças no conjunto de suspensão, que aproveita o peso das baterias e o centro de gravidade próximo ao solo para deixar o E-Kwid mais bem assentado, com pouco sacolejo ainda que, em batidas de fim de curso, um aparente contato do amortecimento com o compartimento de baterias gere ruídos breves mas elevados.

Os pedais do Kwid elétrico estão calibrados ao gosto do brasileiro, com sensibilidade na medida certa e respostas mesmo com pouca pressão. A frenagem tende a exigir mais de pedal, pois pesa 977 kg (191 kg a mais que o 1.0), mas a recuperação de energia acrescenta um freio motor que ajuda o motorista. 

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Kwid
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A direção elétrica também está bem atuante e, somando tudo isso ao motor com respostas rápidas, o modelo se desloca com leveza tão aparente que há uma certa sensação de videogame no dia a dia.

Motor, bateria e autonomia do Kwid elétrico

Kwid
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Com motor exclusivo do Brasil de 65 cv e 11,5 kgfm, o Kwid elétrico é feito para deslocamentos urbanos, e isso limita bastante seu público-alvo. O carro vai de 0 a 50 km/h em 4,1 s, enquanto o 0 a 100 km/h é feito em 14,6 s. A velocidade máxima é de 130 km/h, mas a autonomia pode diminuir drasticamente caso o motorista queira andar rápido nas rodovias.

Isso porque, com o modo Eco ativo, potência é limitada a 45 cv. Mesmo com o Eco desligado, a autonomia diminui quanto mais rápido for o condutor no dia a dia, tornando complicados os planos de pegar estrada.

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Kwid
Botão giratório substitui a alavanca de câmbio tradicional (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A bateria é bem pequena, com apenas 26,8 kWh, que resulta em uma autonomia de 185 km de acordo com o padrão de medição do Inmetro. Nas tomadas convencionais, são 8h57 para carregar a bateria de 15% a 80%, enquanto wallboxes cumprem o serviço em 2h54. Em corrente contínua (30 kW), leva-se quase uma hora.

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Outra preocupação com novatos no mundo elétrico diz respeito à manutenção, que, além de bem mais barata, poderá ser feita em qualquer concessionária Renault no Brasil. Também haverá compartilhamento de peças entre as versões 1.0 e elétrica.

Kwid
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Em caso de problemas mais graves, a montadora recorrerá a algumas dezenas de centros especializados na gama E-Tech. Ponto de preocupação, as baterias estão separadas em módulos de forma que, havendo algum dano, é possível trocar apenas a parte danificada, de um total de doze.

Manutenção do Kwid elétrico

De acordo com a Renault, o Kwid E-Tech é oito vezes mais econômico e tem manutenção 50% mais barata que o modelo a combustão. As seis revisões do Renault Kwid 1.0 flex até os 60.000 km custam R$ 4.194. As do Kwid elétrico somam 1.959. Em compensação, o seguro do Kwid E-Tech custa o dobro: R$ 4.323 contra R$ 2.141 em contação feita no perfil Quatro Rodas, para um morador da Zona Sul de São Paulo com 35 anos e casado.

Kwid e-tech
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A manutenção normal pode ser feita em qualquer concessionária Renault no Brasil. Há compartilhamento de peças entre as versões 1.0 e elétrica. Em caso de problemas mais graves, a montadora recorrerá a algumas dezenas de centros especializados na gama de elétricos E-Tech. Ponto de preocupação, as baterias estão separadas em módulos de forma que, havendo algum dano, é possível trocar apenas a parte danificada, de um total de doze.

Quanto custa para manter um Renault Kwid E-Tech?

Revisões até 60.000 km: R$ 1.959
Seguro: R$ 4.323
Rede de concessionárias: 295

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RAIO x kwid

Teste Quatro Rodas – Renault Kwid E-Tech

Aceleração
0 a 100 km/h 14,4 s
0 a 1.000 m 37 – 124,5 km/h
Velocidade máxima 130 km/h
Retomadas
D 40 a 80 km/h 6,1 s
D 60 a 100 km/h 9,6 s
D 80 a 120 km/h 14,9 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0 15,1/27,4/63,7 m
Consumo
Urbano 9,5 km/kWh
Rodoviário 8,4 km/kWh
Ruído interno
Neutro/RPM máx. n/d / – dBA
80/120 km/h 68/73,1 dBA
Aferição
Velocidade real a 100 km/h 97 km/h
Rotação do motor a 100 km/H n/d
Volante 3 voltas

Ficha Técnica – Renault Kwid E-Tech

Motor: elétrico, diant., transv., 65 cv, 11,5 kgfm
Câmbio: autom., 1 marcha, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.) com recuperação de energia
Pneus: 175/70R14
Dimensões: compr., 373 cm; larg., 158 cm; altura, 159 cm; entre-eixos, 242 cm; peso, 977 kg; porta-malas, 290 l
Bateria: íons de lítio, 26,8 kWh
Carregamento: Tipo 2 (AC); CCS2 (DC)
Alcance: 298 km (Inmetro/urbano)
Garantia: 3 anos

Fotos do Renault Kwid elétrico

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