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Tiggo 7 Pro, VW Taos ou Jeep Compass: qual o melhor SUV médio?

O Compass está na frente. Mas este confronto com Tiggo 7 Pro e Taos prova que a concorrência se esforça para chegar lá

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 fev 2022, 09h10
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  • SUVs médios são uma das categorias que mais receberam lançamentos em 2021. E não é para menos: por pouco, o líder desse segmento, Jeep Compass, não se torna o SUV mais vendido do mercado, ultrapassando o SUV compacto mais comercializado, o Jeep Renegade.

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    Até o meio do ano passado, já tínhamos novidades importantes como o Toyota Corolla Cross, o Volkswagen Taos, além da renovação do próprio Jeep Compass – que passou a adotar o novo motor T270 que comprovadamente lhe deu vida nova.

    Mas, bem perto do ano acabar, a Caoa Chery apresentou o Tiggo 7 Pro, que ficou maior, mais tecnológico e ganhou o mesmo motor do irmão maior, Tiggo 8, além de um visual atualizado que em nada lembra seu antecessor Tiggo 7.

    Aqui alinhamos os rivais:  Compass, Taos e Tiggo 7 Pro. Por enquanto o Corolla Cross foi convocado para outro confronto, com o Hyundai Creta.

    Vendido em única versão e sem opcionais, o Tiggo 7 Pro custava R$ 189.990 até o fechamento desta edição – ele teve um reajuste de R$ 8.000 seis dias após ser lançado, passando de R$ 179.990 para R$ 187.990, e um mês depois teve novo aumento, ficando R$ 2.000 mais caro.

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    Curiosamente, o preço atual é exatamente o mesmo do Compass, na versão Limited, que também é compatível com o Tiggo 7 Pro no conteúdo. O Taos Highline, por sua vez, sai por R$ 200.640. Mas compensa essa diferença com uma lista de equipamentos mais completa. Para saber como os preços, os equipamentos e outras características pesaram no comparativo, vire a página.

    Caoa Chery – Tiggo 7 Pro

    Tiggo 7 Pro
    Duas saídas de escape cromadas trazem o ar de esportividade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O SUV aposenta de vez o modelo anterior, afinal o Tiggo 7 foi o SUV menos vendido da marca em 2021. Com o objetivo de virar esse jogo, a estratégia da Caoa Chery foi transformá-lo em uma espécie de versão cinco lugares do Tiggo 8, que é líder em vendas de sua categoria.

    A estratégia deu certo até agora porque, segundo a fábrica, seu primeiro lote de 500 unidades se esgotou em 24 horas. E atributos para esse sucesso ele tem. Ficou maior, está 0,5 cm mais largo e 3,5 cm mais alto que o antigo, e em relação aos rivais é o mais comprido dos três, com 450 cm, e também o mais alto, com 170,5 cm.

    Tiggo 7 Pro
    O acabamento é esmerado, com materiais agradáveis ao toque (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Essas dimensões o tornam um dos mais espaçosos e oferece para os passageiros traseiros a maior distância para pernas: 96 cm, contra 95 cm e 90 cm de Taos e Compass, respectivamente.

    Uma outra vantagem do modelo é o desempenho do conjunto mecânico herdado do Tiggo 8: motor 1.6 turbo GDI combinado com a transmissão de dupla embreagem de sete marchas. Trata-se do propulsor mais potente do comparativo, com 187 cv. O Jeep rende até 185 cv e o VW oferece 150 cv.

    Ser mais potente, credenciou o Tiggo 7 Pro a obter o melhor desempenho no teste. O SUV fez de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos, enquanto o Compass fez em 10,3 segundos e o Taos 10,2 segundos.

    Tiggo 7 Pro
    Central não tem conexão com celular sem fio, mas apresenta câmera 3D ao dar seta ou engatar a ré (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Suas retomadas também foram superiores, com o tempo de 4,1 segundos de 60 a 100 km/h, ante 5,6 e 5,7 segundos de Taos e Compass, respectivamente.

    A contrapartida do desempenho foi o consumo elevado. Além de só aceitar gasolina, enquanto os outros são flex, o motor Caoa Chery fez as médias de 9,9 km/l na cidade e 14,4 km/l na estrada, ficando atrás do VW com as marcas de 11,4 km/l e 14,3 km/l.

    Nesse quesito, porém, o Jeep foi o lanterna, com as médias de 9,3 km/l e 13 km/l. Nas provas de frenagem o Tiggo 7 também ficou devendo uma performance melhor. Vindo a 80 km/h, ele parou em 27,6 m.

    Tiggo 7 Pro
    O assoalho traseiro é quase plano e é o mais espaçoso para as pernas de quem vai atrás (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Pesou contra ainda a ausência de tecnologias como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência e alerta de saída de faixa, nem mesmo como opcional e que estão presentes nos rivais. Ele traz outros recursos de auxílio ao condutor, como alerta de risco de colisão traseira, mas de menor importância.

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    Jeep Compass
    Motor 1.6 turbo do Tiggo 7 Pro garante o melhor desempenho nas acelerações. Porta-malas tem generosos 475 l (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Tiggo 7 Pro
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ficha Técnica – Caoa Chery Tiggo 7 Pro

    Motor: gas., turbo, diant., transv., 4 cil. em linha; 1.598 cm3, injeção direta, 187 cv a 5.500 rpm, 28 kgfm a 2.000 rpm
    Câmbio: DCT, 7 m., tração diant.
    Suspensão: McPherson/multilink
    Freios: disco vent. (diant.), sólido (tras.)
    Pneus: 225/60 R18
    Dimensões: compr., 450 cm; larg., 184,2 cm; alt., 170,5 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1.489 kg; tanque, 51 litros; porta-malas, 475 litros

      – Jeep Compass Limited

    Jeep Compass
    Compass é menor em largura, comprimento e entre-eixos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ele já se consolidou no mercado e desde seu lançamento, em 2016, vendeu mais de 300.000 exemplares. Mas o sucesso não lhe subiu à cabeça e o modelo tratou de se renovar, passando por uma atualização que lhe deu fôlego para continuar como líder em vendas da categoria.

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    Esse vigor pode ser atribuído ao novo motor 1.3 turbo (T270), que rende até 185 cv e 27,5 kgfm. Em nossa pista, o Compass fez de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e superou bem o seu antecessor, que, equipado com o antigo motor 2.0 Tigershark de 166 cv, conseguiu o tempo de 12,7 segundos.

    Mesmo com toda evolução, porém, o Compass foi o que teve o pior desempenho neste comparativo. Tendo apenas 2 cv a menos que o Tiggo 7 Pro, o Compass é 67 kg mais pesado e isso pode ter contribuído para ter chegado à marca de 100 km/h, 1,5 segundo atrasado em relação ao rival.

    Jeep Compass
    Materiais aplicados no painel são macios e conferem sofisticação (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ao volante, o comportamento do motor é linear e as acelerações são progressivas, o turbo de baixa inércia desempenha bem a função de reduzir o turbo lag.

    A vida a bordo também é privilegiada por uma central multimídia com tela de 10,1” compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Sua operação intuitiva e a funcionalidade sem fio é completada por um carregador por indução – item também presente no Tiggo 7 e no Taos.

    O Caoa Chery tem central com a tela até um pouco maior, 10,25”, porém a conexão com smartphones é só por cabo e sua operação não foi intuitiva durante a nossa experiência.

    Jeep Compass
    Espelhamento com smartphone é sem fio e há carregador por indução (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Tivemos dificuldade para que a central reconhecesse o celular por cabo e tivemos que retornar as configurações originais para que o Apple CarPlay finalmente funcionasse.

    Em conteúdo, o Compass Limited é bem completo e conta com sete airbags, enquanto os outros oferecem seis. Além disso, ele apresenta itens exclusivos como park assist e o start-stop. Ele conta com as principais tecnologias de auxílio ao motorista, mas que só estão disponíveis em um pacote opcional que custa R$ 9.900.

    Jeep Compass
    Espaço para as pernas é o menor dos três, mas para a cabeça dos passageiros da frente é o maior, com 99,5 cm (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Outra questão é o espaço interno. O Jeep tem dimensões menores que as dos concorrentes e isso faz com que ofereça menos espaço para pernas tanto na frente quanto atrás e também o menor porta-malas, com 410 litros. Pelo conjunto, fica em segundo lugar.

    Jeep Compass
    Novo motor 1.3 turbo fez o Compass evoluir, mas ainda fica atrás em desempenho e consumo. Porta-malas é o menor, com 410 l (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Jeep Compass
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ficha Técnica – Jeep Compass

    Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.332 cm3; 16V, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Suspensão: McPherson
    Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
    Pneus: 235/45 R19
    Dimensões: comprimento, 441,6 cm; largura, 182 cm; alt., 164,4 cm; entre-eixos, 263,6 cm; peso, 1.556 kg; tanque, 60 litros; porta-malas, 410 litros

    – Volkswagen Taos Highline

    VW Taos
    O entre-eixos é o maior, assim como a largura e o volume do porta-malas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Taos não figura na lista dos mais vendidos e teve apenas 7.732 unidades comercializadas em 2021. Isso pode ser visto como negativo, mas aqui o VW defende a primeira posição, com os itens que o tornam dono de uma ótima relação custo/benefício.

    A começar pelos números de consumo, que lhe dão o posto de o mais econômico. E, mesmo equipado com motor 1.4 turbo menos potente (150 cv), ele encarou o rival Compass de igual para igual.

    Nas acelerações de 0 a 100 km/h, ele levou 10,2 segundos, enquanto o Jeep ficou com 10,3 segundos. Nas retomadas de 40 a 80 km/h e de 60 a 100 km/h, obteve os tempos de 4,3 e 5,6 segundos, contra 4,4 e 5,7 segundos do Compass, respectivamente.

    VW Taos
    O plástico rígido predomina no painel superior e no acabamento das portas. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Nas provas de frenagem foi ele que se saiu melhor entre os três. Os rivais também são equipados com freios a disco nas quatro rodas, mas o Taos se beneficia por ser o mais leve, com 1.420 kg.

    Essa resposta dos freios é possível ser sentida na convivência com o Taos, que também traz segurança nas ultrapassagens por oferecer o máximo de torque (25,5 kgfm) mais cedo que os rivais, aos 1.500 rpm.

    Ao conduzir o SUV à noite, é perceptível a superioridade dos faróis, equipados com a tecnologia IQ.Light. Esse sistema ajusta o facho de acordo com o tráfego.

    VW Taos
    Central multimídia tem boa navegação e funcionalidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Na rodovia, há a iluminação de trechos mais distantes em velocidade acima de 110 km/h – o que traz mais segurança à condução, em especial em estradas de pista simples. 

    Tudo poderia ficar ainda melhor a bordo do VW se não fosse o acabamento com a predominância de plásticos rígidos. Mas, se isso ainda pode ser compensado, o quadro de instrumentos digital se integra à central multimídia de 10,1”.

    E a central VW Play tem boa operação, pareamento sem fio com Apple CarPlay e Android Auto e a funcionalidade exclusiva de permitir baixar apps como Waze e Spotify direto na multimídia – o que poupa a bateria do smartphone. Contudo não há Wi-Fi e a internet utilizada é a do próprio celular.

    VW Taos
    Há melhor espaço para ombros dos ocupantes da frente e atrás, mas o túnel central elevado prejudica o quinto passageiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Para arrematar, o Taos é o único que traz o ACC e a frenagem autônoma de emergência de série, acompanhada da frenagem automática pós-
    -colisão e ainda tem o menor custo de seguro e revisões até 60.000 km.

    VW Taos
    Motor 1.4 turbo do VW é o menos potente, porém é o mais econômico e também não é o mais lento. Porta-malas é o maior, com 498 l (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    VW Taos
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ficha Técnica – VW Taos

    Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, turbo, 1.395 cm³, 150 cv a 5.000 rpm, 25,5 kgfm a 1.500 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Suspensão: McPherson/multilink
    Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
    Pneus: 215/55 R18
    Dimensões: compr., 446,1 cm; larg., 209,7 cm; alt., 163,6 cm; entre-eixos, 268 cm; peso, 1.420 kg; tanque, 51 litros; porta-malas, 498 litros

    Veredicto Quatro Rodas

    Tiggo 7 Pro tem bons atributos, mas a ausência de tecnologias semiautônomas e de motor flex pesa contra. O Compass evoluiu, porém obteve o pior consumo, perde em espaço interno e traz os sistemas semiautônomos como opcionais. O Taos vence por ser o mais completo e econômico de ter e manter.

    Testes de pista:

    VW Taos Highline 1.4T Jeep Compass Limited 1.3T Caoa Chery Tiggo 7 1.6T
    Aceleração
    0 a 100 km/h 10,2 s 10,3 s 8,8 s
    0 a 1.000 m 31,2 s – 169,6 km/h 31,7 s – 165,1 km/h n/d
    Velocidade máxima* 194 km/h 205 km/h n/d
    Retomadas
    D 40 a 80 km/h 4,3 s 4,4 s 3,4 s
    D 60 a 100 km/h 5,6 s 5,7 s 4,1 s
    D 80 a 120 km/h 4,3 s 7,1 s 5,5 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0 13,6/25,2/54,5 m 14,8/26,9/61,3 m 15,5/27,6/61,5 m
    Consumo
    Urbano 11,4 km/l 9,3 km/l 9,9 km/l
    Rodoviário 14,3 km/l 13 km/l 14,4 km/l
    Ruído interno
    Neutro/RPM máx. 38,3/63,6 dBA 46,2/65,7 dBA 38,8/67,7 dBA
    80/120 km/h 62,9/67 dBA 63,8/67,7 dBA 54,3/69,1 dBA
    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h 98 km/h 97 km/h 95 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em D 1.750 rpm 1.800 rpm 1.700 rpm
    Seu Bolso
    Preço R$ 200.640 R$ 189.990 R$ 189.990
    Garantia 3 anos 3 anos 5 anos
    Concessionárias 500 202 119
    Revisões até 60.000 km R$ 2.800 R$ 3.695 R$ 3.938***
    Seguro ** R$ 5.706 R$ 6.095 R$ 5.731

    *Dados de fábrica **Perfil Quatro Rodas: homem, casado, 35 anos, com garagem. Cotações feitas pela TEx *** Marca só divulga o valor das revisões até 50.000 km

    Condições de teste: alt. 660 m; temp., 26,5/31,5/26,5°C; umid. relat., 56/46/67%; press., 1.013/1.012/1.013 kPa

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    Edição 754
    Edição 754 (Arte/Quatro Rodas)
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