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Exclusivo: testamos a nova Fiat Strada Volcano 1.3 e Endurance 1.4

Linha 2021 tem dois motores, duas cabines e três versões. Ela estrearia em abril, mas a Covid-19 jogou o lançamento para o segundo semestre

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 12 fev 2021, 14h03 - Publicado em 7 abr 2020, 10h00
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  • Fiat Strada
    Lado a lado, as versões de entrada e top de linha da nova geração da picape mais vendida do Brasil (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Como fazer o lançamento de um automóvel em meio ao furacão da Covid-19? A doença pegou a indústria, que planeja suas ações com anos de antecedência, de surpresa.

    A Fiat previa lançar a nova geração da picape Strada agora. Mas, diante das circunstâncias, decidiu adiar.

    A fábrica disse tratar com grande atenção a chegada da nova Strada e que colocaria no ar um hot site sobre ela até o seu efetivo lançamento, no segundo semestre.

    Fiat Strada Volcano
    Nova versão Volcano tem faróis de led de série (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O lado, digamos, feliz dessa história é que a QUATRO RODAS já havia conhecido a picape dias antes da decisão da Fiat. Testamos dois exemplares representativos da linha. Confira aqui as listas completas de versões e itens de série.

    Assista abaixo às nossas primeiras impressões da versão Volcano 1.3 cabine dupla, e siga lendo para ver todos os detalhes dela e também da configuração Endurance 1.4 cabine simples.

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    Novos projetos têm a obrigatoriedade de ter itens como ESP e Isofix e a Strada 2021 já conta com eles.

    Para projetos antigos, porém, a determinação começa a valer no ano que vem. Ainda assim, seria inviável adaptar o projeto da velha geração da Strada às exigências impostas pela legislação.

    E, como a procura ainda é gigantesca e ela é um sucesso de vendas, o catálogo terá uma representante da velha  guarda até 2021. Essa honra caberá à Hard Working 1.4 cabine simples.

    Todo o restante da gama será composta por cinco configurações da nova geração. Feitas as apresentações, é hora de conhecer em detalhes todas as versões da picape mais vendida do Brasil.

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    Fiat Strada Volcano
    Assinatura ampla da marca é vista na grade e na tampa traseira (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A primeira versão analisada é a topo de linha, Volcano, única picape da família que será vendida apenas com cabine dupla. O grande destaque, obviamente, é a nova carroceria.

    Esqueça a configuração com três portas e o assento traseiro com apenas dois lugares da versão CD (cabine dupla) vendida desde 2009.

    A nova geração tem portas em ambos os lados e três lugares na traseira, todos com cintos de três pontos e apoios de cabeça – outras exigências da lei.

    É simplesmente impossível não ver na nova Strada uma similaridade gigantesca com sua irmã maior, a Toro. Capô, cabine e caçamba conferem à estreante um layout que mais parece uma versão reduzida da picape compacta-média.

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    Fiat Strada Volcano
    O perfil evidencia a fonte de inspiração: a nova Strada tem visual de mini-Toro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A parte com menos pontos de contato entre as picapes irmãs é a dianteira. Diferentemente da Toro, com seus faróis bipartidos, a Strada usa peças com corpo único e contornos muito parecidos com os do Mobi.

    O farol, aliás, é um dos destaques positivos da Volcano. Tem leds no DRL (luzes de uso diurno) e nos fachos baixo e alto – apenas os piscas são dotados de lâmpadas convencionais.

    Os faróis de neblina, com contornos retangulares, também contam com lâmpadas comuns, halógenas. Já o para-brisa é exatamente a mesma peça aplicada pela Fiat no compacto Mobi.

    Fiat Strada Volcano
    Tampa da caçamba agora tem sistema de molas que alivia o peso. Capota marítima e protetor de caçamba: de série na Volcano (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Caminhando em direção à lateral, outro sinal da presença do hatch: apesar de terem estruturas e principalmente o arco superior diferentes, as portas dianteiras da nova Strada exibem a mesma folha externa do Mobi.

    Esse compartilhamento explica o adereço plástico que imita uma saída de ar do capô, afixado no para-lama exatamente para casar com o vinco estampado na porta.

    A traseira, por sua vez, é 99,9% Toro. A começar pelas lanternas, que se prolongam em direção às laterais, mas, quando vistas por trás, acesas, mostram um formato quadrado tanto nas luzes de freio quanto nas de posição.

    A principal diferença entre as picapes da Fiat, na traseira, está na tampa da caçamba.

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    Enquanto na Toro ela é bipartida, com abertura para as laterais, na Strada a tampa é convencional, com dobradiças na linha inferior. Na Volcano, capota marítima e protetor de caçamba são de série.

    Fiat Strada Volcano
    Motor Firefly 1.3 de 109/101 cv veio do Argo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Novo motor Firefly

    A abertura pode até ser convencional, mas a nova Strada se inspirou na rival VW Saveiro e passa a contar com um sistema que alivia o peso nos dois sentidos, tanto de abertura quanto de fechamento.

    A caçamba tem ainda iluminação por led – ativada por um botão no topo do console central.

    E um sistema de tampa retrátil, que impede o acesso ao parafuso que libera a bandeja do estepe – na verdade, uma roda de emergência com pneu bem mais fino do que os 205/60 R15 de rodagem, do tipo todo-terreno, montados em rodas de liga leve.

    Fiat Strada Volcano
    Painel da Volcano poderia ser mais caprichado. Todos os plásticos são rígidos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As virtudes da caçamba vão além da tampa leve. A Volcano tem capacidade de carga de 650 kg e uma caçamba com volume de 844 litros – os mesmos números da Renault Duster Oroch.

    A Strada CD aposentada tinha 584 litros de volume e os mesmos 650 kg de capacidade de carga.

    Na motorização da Volcano, outra grande novidade: sai o velho E.torQ 1.8 de 132/130 cv e 18,9/18,4 kgfm, entra o moderno Firefly 1.3 de 109/101 cv e 14,2/13,7 kgfm, herdado do Argo.

    Como era de esperar, a perda de vigor nas acelerações é nítida.

    Fiat Strada Volcano
    Agora, a Strada tem banco traseiro com apoio de cabeça e cinto retrátil para os três ocupantes (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Em nossos testes, a velha Adventure 1.8 acelerou de 0 a 100 km/h em 12,3 segundos, enquanto a nova Strada Volcano cumpre a mesma prova em 13,1 s.

    Mas, em compensação, e também dentro do esperado, no consumo as posições se invertem. Enquanto a 1.8 fez as médias de 9,1 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, a 1.3 conseguiu 12,9 km/l e 17 km/l, respectivamente.

    Na cabine, o teto preto, comum a todas as versões, é bem-vindo: o antigo, de tecido claro, sujava com facilidade. O painel, completamente novo, é mais funcional, com porta-objetos grandes e em maior quantidade.

    Contudo, ao menos na Volcano, principal versão com a qual a marca pretende atrair consumidores de hatches e sedãs, esperava-se um pouco menos de plásticos rígidos.

    Fiat Strada Volcano
    Kit de ferramentas básicas de emergência viaja sob o assento traseiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Quanto aos equipamentos, o destaque fica com a central multimídia, que em breve será encontrada também em outros modelos da linha Fiat.

    De acordo com a empresa, essa central será a primeira do mercado brasileiro a contar com Android Auto e Apple CarPlay com conexão sem cabo.

    Além de vendida exclusivamente com cabine dupla, a Volcano sairá completa de série – a versão básica, Endurance, terá três pacotes de opcionais e a intermediária, Freedom, apenas um. Por falar na família…

    Cabines simples e dupla

    Fiat Strada Endurance
    A Strada mantém a suspensão traseira com molas semielípticas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Além da Volcano, testamos um exemplar do outro extremo do catálogo da Strada 2021: a Endurance CS. A diferença entre elas começa no fato de a Endurance ser oferecida com cabines simples e dupla. E o motor também é outro.

    Aqui, o capô abriga o velho Fire EVO 1.4 de 88/85 cv e 12,5/12,4 kgfm que, inclusive, equipa também a “Strada velha” Hard Working.

    A Fiat foi ousada ao mudar sua campeã de vendas, mas sabia que precisava de cautela.

    Afinal, seu público fiel poderia torcer o nariz para um projeto novo e sem o histórico de confiabilidade da velha Strada com a qual ele já estava acostumado havia anos.

    Não à toa, a suspensão traseira permanece com molas semielípticas (o popular feixe de molas).

    Fiat Strada Endurance
    Porta-escada permite o apoio de objetos longos sobre a cabine (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    E segue também o comportamento um tanto saltitante sobre piso irregular. Desde a velha Strada, essa característica pode ser atenuada ao rodar com peso na caçamba, com capacidade para 720 kg de carga e 1.354 l de volume.

    Na pista de testes, a obsolescência frente ao Firefly 1.3 é evidente. A Endurance CS fez de 0 a 100 km/h em 14,4 s e registrou consumo de gasolina (urbano e rodoviário) de 11,4 km/l e 15 km/l.

    Fiat Strada Endurance
    Strada CS 1.4: até 720 kg de capacidade de carga. Volume da caçamba é de 1.354 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A Volcano CD 1.3 cumpriu as mesmas avaliações em, respectivamente, 13,1 s, 12,9 km/l e 17 km/l.Felizmente, quem quiser a eficiência do Firefly 1.3 não precisará partir obrigatoriamente para a Volcano.

    Entre ela e a Endurance, a Fiat encaixou a Freedom 1.3. Assim como a versão de base, a intermediária também será vendida com cabines simples e dupla. Mas voltemos à Endurance.

    Fiat Strada Endurance
    Versão de cabine simples tem mais espaço para as pernas do que a de cabine dupla (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No acabamento, pouca coisa muda em relação à Volcano. Um tecido menos nobre no banco aqui, um friso a menos no console ali.

    Até a capa que cobre as ferragens dos bancos ficou de fora na briga pelo barateamento. Os preços, aliás, não foram divulgados até o fechamento desta edição.

    Mas, segundo uma fonte ligada à marca, que pediu sigilo de sua identidade, a estratégia é surpreender o mercado.

    “Assim como a Chevrolet fez com o Onix, a ideia é entregar uma configuração muito melhor e mais equipada do que a geração anterior cobrando o mesmo valor ou até menos. O problema é saber se isso será possível após a pandemia de Covid-19, com a consequente alta do dólar”, disse.

    Mais segura, moderna e maior, a Strada tem tudo para seguir na liderança. Só vai depender da resposta da concorrência. Se é que ela virá.

    A família da nova geração da Strada

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    Endurance: versão de entrada da nova geração (Divulgação/Fiat)
    Versão Endurance
    Motor Fire EVO 1.4
    Cabines Simples e Dupla
    Preço *R$ 65.000 (CS) e *R$ 72.000 (CD)
    Itens de série controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, direção hidráulica, ar-condicionado, volante com ajuste de altura, preparação para som (cabeamento), computador de bordo, cinto de segurança com ajuste de altura, luz de uso diurno (DRL), porta-escada, caçamba com protetor, iluminação e tampa com alívio de peso e rodas de aço com pneus 195/65 R15
    Opcionais Pack Worker (alarme, travas e vidros elétricos, brake light, banco do motorista com ajuste de altura), *R$ 2.500;
    Pack Audio (rádio, porta USB frontal, volante multifuncional), *R$ 2.500;
    Pack Tech (multimídia com tela de 7 polegadas, display digital de 3,5 polegadas no painel de instrumentos, duas portas USB, câmera de ré, sensor de estacionamento), *R$ 3.500
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    Versão intermediária, a Freedom será oferecida com cabines simples e dupla, sempre com motor Firefly 1.3 (Divulgação/Fiat)

     

    Versão Freedom
    Motor Firefly 1.3
    Cabines Simples e Dupla
    Preço *R$ 73.000 (CS) e *R$ 80.000 (CD)
    Itens de série itens da versão Endurance mais direção elétrica, brake light, banco do motorista com ajuste de altura, travas, vidros e retrovisores elétricos, chave com telecomando, alarme, display digital de 3,5 polegadas no painel de instrumentos, sensor de pressão dos pneus, rádio, porta USB frontal, volante multifuncional, porta-luvas com iluminação, alça de segurança para passageiro, rodas de liga leve aro 15, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria e faróis de neblina
    Opcionais Pack Tech (multimídia com tela de 7 polegadas, câmera de ré, sensor de estacionamento), *R$ 3.000
    Fiat Strada Volcano
    Volcano: top de linha peca pelo uso exagerado de plásticos rígidos. Mas o nível de equipamentos de entretenimento e segurança agrada (Fernando Pires/Fiat/Quatro Rodas)

     

    Versão Volcano
    Motor Firefly 1.3
    Cabine Dupla
    Preço *R$ 85.000
    Itens de série itens da versão Freedom mais vidros elétricos na traseira, bancos com tecido em relevo e faixas de couro, multimídia com tela de 7 polegadas, duas portas USB, câmera de ré, sensor de estacionamento, volante de couro, jogo de tapetes, faróis de led, capota marítima, barras longitudinais no teto, santantônio e pneus 205/60 R15
    Opcionais não há

    Ficha técnica

    Cabine Simples 1.4 Cabine Dupla 1.3
    Motor flex, diant., transv., 4 cil., 1.368 cm³, 8V, 72 x 84 mm, 88/85 cv a 5.750/5.750 rpm, 12,5/12,4 kgfm a 3.500/3.500 rpm flex, diant., transv., 4 cil., 1.332 cm³, 8V, 70 x 86,5 mm, 109/101 cv a 6.250/6.000 rpm, 14,2/13,7 kgfm a 3.500/3.500 rpm
    Câmbio manual, 5 marchas, tração dianteira manual, 5 marchas, tração dianteira
    Direção hidráulica, 10,9 m (diâ­metro de giro) elétrica, 10,8 m (diâ­metro de giro)
    Suspensão McPherson (diant.), eixo rígido e molas semielípticas (tras.) McPherson (diant.), eixo rígido e molas semielípticas (tras.)
    Freio disco ventilado (diant.), tambor (tras.) disco ventilado (diant.), tambor (tras.)
    Pneus 195/65 R15 (diant.) 205/60 R15 (diant.)
    Peso 1.078 kg 1.174 kg
    Peso/potência 12,25/ 12,68 kg/cv 10,77/ 11,62 kg/cv
    Peso/torque 86,24/86,93 kg/kgfm 82,68/85,69 kg/kgfm
    Dimensões comprimento, 447,4 cm; largura, 173,2 cm; altura, 160,8 cm; entre-eixos, 273,7 cm; altura livre do solo, 23,2 cm; tanque de combustível, 55 l comprimento, 448 cm; largura, 173,2 cm; altura, 159,5 cm; entre-eixos, 273,7 cm; altura livre do solo, 23,2 cm; tanque de combustível, 55 l

    Ficha de teste

    Cabine Simples 1.4 Cabine Dupla 1.3
    Acelerações
    0 a 100 km/h 14,4 s 13,1 s
    0 a 1.000 m 36,1 s – 140,8 km/h 34,9 s – 147,7 km/h
    Velocidade máxima n/d n/d
    Retomadas
    40 a 80 km/h (3ª) 8,2 s 7,8 s
    60 a 100 km/h (4ª) 13,6 s 12,4 s
    80 a 120 km/h (5ª) 25,6 s 21,5 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0 14,8/25,3/58,1 m 13,6/24,1/56,4 m
    Consumo
    Urbano 11,4 km/l 12,9 km/l
    Rodoviário 15 km/l 17 km/l
    Ruído interno
    Neutro/RPM máx. 43,6/67,2 dBA 41,8/67,2 dBA
    80/120 km/h 69,4/73,5 dBA 69,5/75 dBA
    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h 98 km/h 99 km/h
    RPM a 100 km/h em 5a marcha 3.000 rpm 3.000 rpm
    Número de voltas do volante 3 voltas 3 voltas
    Seu bolso
    Preço estimado R$ 65.000 R$ 85.000
    Garantia 3 anos 3 anos
    Concessionárias 600 600

    Caçamba

    Cabine Simples 1.4 Cabine Dupla 1.3
    Volume 1.354 l 844 l
    Superfície 2,06 m2 1,31 m2
    Comprimento 171,7 cm 117,8 cm
    Largura máxima 136,3 cm 131
    Vão entre rodas 105,9 cm 105,9 cm
    Altura 60,6 cm 60,6 cm

    Ângulos

    Cabine Simples 1.4 Cabine Dupla 1.3
    De entrada 23,4o 23,2o
    De rampa 20,8o 21,6o
    De saída 26,7o 28,4o

    A nova Strada e suas potenciais rivais no planeta das picapes

    Volkswagen Saveiro
    A nova geração da Strada tem na rival da Volkswagen um dos seus principais alvos. Acontece que a Saveiro é muito bem recebida justamente por quem a Strada tem dificuldade de atingir: o público que vê nas picapes compactas, sobretudo nas de cabine dupla, uma alternativa versátil e jovial aos convencionais hatches e sedãs. A Volkswagen tem a carroceria CD em três versões: Robust, Trendline e Cross, com preços que variam entre R$ 67.760 e R$ 87.830. O motor é o mesmo para todas: 1.6 de 120/110 cv. Assim como na Strada, não há opção de câmbio automático.
    VW Saveiro Cross CD 1.6
    A Saveiro é a picape compacta mais bem aceita entre os consumidores urbanos. Será que a nova Strada vai conseguir virar o jogo? (Marco de Bari/Quatro Rodas)
    Renault Duster Oroch
    A Renault repete a receita da Volkswagen e oferece sua  picape com motor 1.6 (120/118 cv) e câmbio manual em três versões: Express, Expression e Dynamique. O motor 2.0 também está no catálogo, mas sempre em versões fantasma, uma vez que, na prática, vendem muito pouco. O espaço interno e o porte avantajado são os pontos fortes. Não é à toa, afinal ela é derivada do Duster, o grandalhão dos SUVs compactos. Mas esse DNA também joga contra. A Oroch ainda não apresenta o mesmo visual do Duster, que acabou de mudar. Os preços variam entre R$ 68.140 e R$ 78.990.

    Duster Oroch Automática. Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Renault
    Derivada do Duster, mas ainda sem o facelift recente do SUV, a Oroch deve mudar de visual em breve (Acervo/Quatro Rodas)

    Chevrolet Montana
    A veterana das picapes pequenas está prestes a se aposentar, mas ainda tem suas virtudes. A principal delas, o preço: de R$ 57.150 (LS) a R$ 68.490 (Sport). Derivada do velho Agile, a Montana herdou do hatch algumas mazelas, como a ergonomia ruim, decorrente da disposição desalinhada de pedais e volante em relação ao banco do motorista. Esqueça até mesmo itens hoje oferecidos em modelos populares, como central multimídia, por exemplo. O motor é um 1.4 de 99/94 cv capaz de dar à velha guerreira a boa capacidade de carga de 765 kg.
    MONTANA – SPORT _2017
    Montana: na mira da legislação, só deve seguir como está por mais um ano (Acervo/Quatro Rodas)
    Fiat Toro
    A similaridade de visual pode dar à Strada cabine dupla um certo ar de “genérico da Toro”. Mas não se iluda: é preciso abrir mão de uma boa dose de espaço (sobretudo na cabine), conforto de rodagem e qualidade de materiais e acabamento. Se a estimativa de preço de R$ 85.000 se confirmar, a Strada Volcano CD ainda ficará muito aquém do preço da Toro de entrada, Endurance, de R$ 96.990, com câmbio manual. Uma curiosidade: com 0 a 100 km/h em 14,8 s e consumo (urbano/rodoviário) de 9,2/11,9 km/l, a Toro anda muito menos e bebe muito mais do que a sua irmã menor top de linha.

    Fiat Toro 2020
    Toro: muito mais requinte, mas perde em consumo e preço para a Strada mais completa (Divulgação/Fiat)

    Avaliação do editor

    Motor e câmbio A aplicação dos motores 1.3 e 1.4 na Strada evidencia a distância tecnológica entre eles. O 1.3, muito mais eficiente, é a escolha certa.
    Dirigibilidade Não há mágica: a suspensão traseira com feixe de molas pode até ser mais indicada para o transporte de carga, mas, por melhor que seja o acerto, faz com que a carroceria saltite. Para uso profissional, tudo bem. Mas para o dia a dia na cidade, como substituta de carro de passeio, incomoda.
    Segurança Ainda que por força da lei, os itens de segurança chegaram à Strada. Controles de estabilidade e tração, Isofix e sensor de pressão de pneus são sempre bem-vindos.
    Seu bolso Ainda sem preço definido, fica difícil cravar uma nota neste item. Mas baseado nos valores estimados, a Strada não deverá sofrer para manter a liderança.
    Conteúdo Até mesmo a Strada CS avaliada fez bonito, afinal não é toda picape do segmento que oferece ar-condicionado, ESP e caçamba com protetor de série. A nova central multimídia e os faróis de led são os destaques da Strada CD.
    Vida a bordo O redesenho do painel trouxe porta-objetos bons em quantidade e tamanho. Pessoas de elevada estatura viajam melhor na cabine simples.
    Qualidade O acabamento melhorou muito. Os plásticos não têm rebarbas nem espaço exagerado entre peças. O excesso de plásticos duros pode ser tolerado nas versões de base, destinadas ao uso profissional. Na Volcano, top de linha, incomodam.

    Veredicto

    Maior e mais completa, a nova Strada com cabine simples tem tudo para honrar a boa fama construída até aqui pela geração anterior. Nas versões mais caras e com cabine dupla, a evolução também é nítida, mas sem um acabamento mais caprichado ficará difícil conquistar clientes que hoje andam de hatches e sedãs.

     

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