F-Maxx: maior picape do Brasil tem 400 cv e chassi de caminhão
Cargo 1723 disfarçado, picapona tem motor seis cilindros turbodiesel de 400 cv e câmbio de 10 marchas
A Tropical Cabines foi uma das empresas impactadas pelo encerramento da produção da Ford no Brasil. Fundada em 1985 em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, a empresa que começou criando versões de cabine dupla das picapes Ford e Chevrolet acabou se especializando em adaptações, seja por estilo ou necessidades específicas de empresas e clientes.
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As Ford F-1000 e F-250 deram origem à maioria das criações. A própria F-250 foi transformada em sedã (Tropiclassic), SUV (Tropivan) e ganhou versão alongada (Tropicampo).
Tanto a Tropivan quanto a picape tiveram versões com seis portas. A picape, inclusive, ainda é muito usada por mineradoras por ser robusta e permitir a rápida troca de turno em suas operações.
O auge das criações da empresa, porém, foi a F-Maxx, uma enorme picape com 7,5 metros de comprimento e 5,95 m de entre-eixos (medida maior que todo o comprimento de uma RAM 1500). E o que justifica isso é o chassi, que nas últimas unidades produzidas era do Ford Cargo 1723, ou seja, um caminhão.
Com exclusividade, a QUATRO RODAS teve contato com a F-Maxx de número 29 entre as 30 que foram produzidas ao longo de 14 anos.
Este é o exemplar mais equipado e luxuoso, com direito a geladeira, três tetos solares, rede WiFi para até 55 dispositivos e sistema de som com quatro subwoofers de 10″ instalados em caixas seladas no assoalho.
Grade de inox, faróis de LEDs de uma versão da Ford Ranger que só existe na Europa e rodas aro 22,5 de alumínio polido completam o visual exótico.
O motor é um Cummins de seis cilindros 6.7 turbodiesel. É o ISB 6.7, basicamente o mesmo motor da RAM 2500, acompanhado de um câmbio automatizado de embreagem única e 10 marchas. A relação final do diferencial é alongada para deixar o passeio mais confortável e (tentar) reduzir o consumo.
A suspensão ainda tem estrutura de caminhão, pela base, com eixo rígido e molas parabólicas, mas bolsas de ar permitem mudar a altura e deixar o rodar mais confortável.
No interior, o painel é de uma F-250 com as devidas modificações. Isso porque foi necessário instalar um freio de estacionamento a ar, enquanto na picape era no pedal.
A posição de dirigir é tão privilegiada quanto a de um motorista de caminhão, o que a F-Maxx não deixa de ser. Há uma boa ergonomia e os comandos estão todos bem acessíveis.
São três fileiras de bancos individuais, com direito a entradas USB nas portas e muito conforto. Bom para todos, o espaço é bem democrático.
Se estiver interessado em assustar os donos de RAM 2500, essa aqui está a venda. O preço também é de assustar: R$ 1.500.000, ou praticamente três RAM. É o valor da exclusividade: não existe nenhuma F-Maxx como essa e, ao que tudo, indica nem vai existir. A Tropical Cabines, que produziu a picape, encerrou as suas atividades devido ao fim da produção da Ford no Brasil.
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