A recente invasão ao território do EcoSport exigiu algumas providências da Ford. Após viver dez anos sem grandes ameaças da concorrência, a montadora teve de levantar o muro para conter o avanço dos rivais no mundo dos SUVs compactos. A mais nova barreira de proteção é o casamento da transmissão automatizada de seis marchas com o motor 1.6 – equipamento até então só disponível com o 2-litros. Outra medida foi a reformulação do catálogo de versões. A partir de agora, o motor 2.0 e câmbio automático só trabalham juntos na configuração mais cara, a Titanium.
“Estamos blindando o cliente do Eco, pois a força do carro está no segmento de entrada dos SUV”, diz Oswaldo Ramos, gerente de marketing da Ford. Ou seja, a empresa precisava de um novo argumento para convencer quem está trocando de carro a comprar um EcoSport.
Não é a primeira vez que o propulsor Sigma 1.6 faz par com essa caixa automatizada de dupla embreagem. A estreia foi com o Fiesta. E a união fez bem ao SUV. O primeiro benefício vem na forma de conforto. Sem o pedal de embreagem, o Eco oferece comodidade no trânsito e está livre de trancos, mérito do sistema de duas embreagens. Enquanto uma das relações está em uso, a próxima marcha mais alta fica de prontidão para quando for solicitada pelo motor. Isso reduz o tempo das trocas e elimina o desconforto típico dos sistemas de embreagem única, como o Easytronic (Chevrolet) e I-Motion (VW). Em comparação a uma transmissão automática convencional, com conversor de torque, mais vantagens.
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Utilizando gasolina, registramos 11,1 km/l em ciclo urbano e 14,2 km/l no rodoviário. Na média, o resultado é cerca de 10% melhor que o câmbio manual comum. E isso já considerando o aumento na potência do motor. Por conta de alterações na central eletrônica, subiu de 115/110 cv (E/G) para 131/125 cv – na linha Fiesta 1.6 (hatch e sedã), são 128/125 cv.
Testamos a versão Freestyle 1.6 PowerShift, que parte de R$ 76 900. Para a Ford, a novidade deve se tornar a configuração mais vendida, tomando o lugar da atual Freestyle 2.0. Não por menos, o preço é idêntico ao do Renegade Sport 1.8 e inferior ao do HR-V LX (R$ 77 400). Antes da chegada do Eco 1.6 automático, a Ford estava em desvantagem perante os novos rivais, pois o Freestyle 2.0 PowerShift custava R$ 79 800 – mais caro que os novatos. A partir de agora, a empresa passa a oferecer o SUV compacto mais em conta do mercado: o Eco SE Direct (R$ 68 690).
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,4 s (1.6 M/T) / 12,6 s (1.6 automático) / 11,2 s (2.0 automático)
Retomada de 40 a 80 km/h: 8,6 s (1.6 M/T) / 5,5 s (1.6 automático) / 4,7 s (2.0 automático)
Retomada de 80 a 120 km/h: 24,2 s (1.6 M/T) / 9,8 s (1.6 automático) / 7,7 s (2.0 automático)
Consumo urbano: 7,9 km/L (1.6 M/T) / 11,1 km/L (1.6 automático) / 10,2 km/L (2.0 automático)
Consumo rodoviário: 9,8 km/L (1.6 M/T) / 14,2 km/L (1.6 automático) / 13,8 km/L (2.0 automático)
VEREDICTO
A nova combinação de motor e câmbio serviu bem ao Eco: mais confortável, ainda melhor e consome menos.
★★★★
Motor | flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros |
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Cilindrada | 1 596 cm3 |
Diâmetro x curso | 79 x 81,4 |
Potência | 131 / 125 cavalos a 6 500 rpm |
Torque | 15,4 mkgf a 5 000 rpm |
Câmbio | automatizado, 6 marchas, tração dianteira |
Dimensões | comprimento 424,1 cm; altura 169,6 cm; largura 176,5 cm; entre-eixos 252,1 cm |
Peso | 1 274 kg |
Porta-malas/caçamba | 362 litros |
Tanque | 52 litros |
Suspensão dianteira | independente McPherson |
Suspensão traseira | eixo de torção |
Freios | disco vent. (diant.], tambor [tras.) |
Pneus | 205/65 R15 |
Equipamentos | direção elétrica, ar-condicionado, volante multifuncional com coluna ajustável, bancos de couro, controle remoto na chave e trio elétrico |
Consumo urbano | 11,1 km/l |
Consumo rodoviário | 14,2 km/l |
0 a 100 km/h | 12,6 s |
0 a 1000 m | 34,3 s – 150,6 km/h |
Retomada 40 a 80 em 3ª (ou D) | 5,5 s |
Retomada 60 a 100 em 4ª (ou D) | 7,2 s |
Retomada 80 a 120 em 5ª (ou D) | 9,8 s |
Frenagem | 60/80/120 km/h – 0 m: 16,7/30/69,2 m |