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Honda CBR 600F

Trajando esporte fino, a nova moto é a versão carenada da naked Hornet

Por Eduardo Viotti | fotos: Christian Castanho
Atualizado em 9 nov 2016, 11h55 - Publicado em 5 dez 2011, 14h01
Honda CBR 600F

Com um ano de Europa (surgiu por lá no fim de 2010), chega ao Brasil a CBR 600F, uma Hornet com carenagem, semiguidões, suspensões multirreguláveis e posição de pilotagem que a tornam uma espécie de cadete – ou noviça, se você preferir – superesportiva, uma fase intermediária entre a naked de alta cilindrada mais vendida no Brasil e a importada CBR 600RR, de alto desempenho.

A nova moto tem muitos méritos. O preço é um deles. Custa 32500 reais, contra 30800 da naked CB e 47000 da supersport RR (todas sem freios ABS).

Permitir que a esportividade da Hornet saia definitivamente do armário é outro mérito do novo modelo – talvez o maior deles. Não que seja uma revelação; na verdade todo mundo já sabia (há inclusive uma popular e disputada categoria de competição com o modelo naked nas pistas).

Envolta em uma carenagem moderna, aerodinâmica e bonita, a Hornet mostra sem pejo toda a esportividade de que é capaz. A postura é inteiramente diferenciada na nova versão. Os punhos estão mais baixos e estreitos, favorecendo a pilotagem esportiva graças à melhor aerodinâmica do corpo do piloto e à projeção do peso à frente; as pedaleiras estão mais altas e recuadas; o novo tanque, com 1 litro a menos de capacidade e mais baixo em sua extremidade posterior, facilita o posicionamento esportivo. Sem a radicalidade da RR, a nova moto propõe uma attitude muito mais esportiva que sua versão de origem, a street Hornet.

Mecanicamente, CB e CBR-F são idênticas. O motor de 102 cv e 6,5 kg de torque é o mesmo, bem como o câmbio de seis marchas e o chassi em viga de liga de alumínio. Mas as suspensões mudaram. O garfo dianteiro ganhou as reclamadas bengalas ajustáveis em compressão e retorno, além de pré-carga da mola. Má notícia: a Hornet não vai receber o mesmo equipamento, pelo menos por enquanto. A suspensão traseira também ganhou um incrementozinho: mais regulagens. Além do castelinho de ajuste da pré-carga da mola com sete posições, a CBR 600F tem regulagem de fluxo do fluido interno do amortecedor.

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Estabilidade, maneabilidade e frenagens são praticamente iguais às da Hornet, embora a suspensão com mais possibilidades de ajuste ofereça maiores chances de encontrar o ponto ideal para diferentes usuários (peso, estilo de tocada) e situações (track days, viagens longas, uso com garupa etc.).

A CBR 600F não tem o apelido Hornet, nem aqui, nem no exterior, e a Honda não quer porque não quer que a chamem assim, mas realmente acho que a alcunha de “Hornet carenada” vai acabar pegando na nova moto. A sopa de letrinhas da marca líder ficou um pouco mais complicada. A turma das CB, motos de rua (há quem sustente que seja a sigla de Citizen Band: faixa do cidadão), ganha um R, de Racing, quando ascende ao palco das esportivas. O F, que já foi de Four, para modelos com quatro cilindros, agora é de Fun, diversão. O RR, das superesportivas raçudas, significa Racing Replica, ou réplica de uma moto de corridas.

O destino da CBR 600F é ser uma opção intermediária entre a CB 600F e a CBR 600RR. Sua pilotagem reflete essa pegada: não é tão específica quanto a das RR, quase a de uma moto de pista; nem tão street quanto a Hornet.

Em termos de dirigibilidade, a nova versão ganhou em esportividade: o piloto “carena” e pode manter o gás aberto, abrigado da pressão do vento no peito; a postura mais acocorada permite melhor controle em alta velocidade e em curvas no limite. Perdeu em conforto. As mãos doem depois de um tempo longo ao guidão, as vibrações ficam intensas sob a maior pressão nos punhos. As costas sentem falta de apoio para as pernas na hora de transpor trechos esburacados (ou todo um longo trajeto, você sabe…).

Um ponto inequivocamente a favor da nova versão é a exuberância da apresentação. Fazer-se notar é um dos requisitos prestigiados em motos e carros, e isso a CBR-F faz com louvor.

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Suas concorrentes são as igualmente carenadas (derivadas de streets naked) Suzuki GSX650F (31900 reais), Yamaha XJ6 F (30000 reais), Kasinski Comet 650R (motor V2, 24990 reais) e Kawasaki Ninja (motor twin paralelo, 26463 reais). Esta Honda CBR 600F, de 32500 reais, é a mais cara (preços de versões sem ABS, sem frete e seguro).

Mesmo sem fazer um comparativo – eu andei com todas -, dá para afirmar que a Honda CBR 600F é a mais esportiva, potente e veloz entre elas. E, olha, se você está ali, agachadinho atrás de uma carenagem, é bom ter alguma munição para acelerar. Faz parte.

TOCADA

Intermediária entre uma street e uma superesportiva pura. Para quem conhece a Hornet, a performance é igual, mas a posição, a proteção aerodinâmica e os semiguidões mudam tudo.

★★★

DIA A DIA

De novo a meio caminho entre a CBR 600RR e a Hornet. É viável para a rotina, mas a naked é melhor. As duas atraem malfeitores.

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★★★

ESTILO

Nota alta: aqui está sua pedra de toque. Bonita e impressionante como uma supersport das bravas, elegante e moderna.

★★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

Iguais aos da Hornet. É um motor de alta, exige embreagem na partida. Roda sempre “cheio”. Câmbio padrão.

★★★★

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SEGURANÇA

Com o C-ABS, superior. Sem ele, ainda é um bom conjunto, estável e com bons freios e pneus.

★★★★

MERCADO

A nota de Mercado é puro exercício de futurologia, mas a CBR 600F tem tudo para emplacar no segmento

★★★

VEREDICTO

Cerca de 10% acima da Hornet. Opção para quem quer maior esportividade sem ter que desembolsar os 50000 reais da importada CBR 600RR com C-ABS eletrônico.

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