Uma das minhas brincadeiras favoritas da infância era o Jogo dos Sete Erros. Lembro-me até dos macetes para achar diferenças com rapidez. Eu só não podia imaginar que teria de recorrer aos mesmos truques para descobrir as novidades no Azera. Mas, com uma foto do carro anterior ao lado do “novo”, foi possível ver o que mudou.
Começando pelo para-choque dianteiro, de baixo para cima: os faróis de longo alcance ganharam um aplique cromado com uma extensão plástica que vai até a área da placa. A peça se encontra com um vinco em alto-relevo, que começa junto aos faróis – o carro lançado em 2012 não tinha esse traço. Na parte inferior, as extremidades do spoiler ficaram proeminentes. Por fim, os sensores de estacionamento e o lavador das lentes dos faróis foram reposicionados.
Na traseira, o para-choque perdeu os vincos em relevo na lateral. E um aplique de plástico preto agora separa as saídas de ar. Essas últimas, aliás, passaram a ser retangulares. O novo desenho dos para-choques acrescentou 1 cm ao comprimento, que foi a 4,92 metros.
O sopro de frescor na cabine limitou-se ao centro do painel. O quadro de botões foi totalmente remodelado e uma tela sensível ao toque de 8 polegadas foi instalada entre as saídas de ar centrais.
De tempos em tempos, renovações visuais são desejáveis, mas as do Azera facilmente passam despercebidas. Pior: não acrescentam ar de novidade. No entanto, tudo o que sempre foi bom continua inalterado: o motor V6 3.0 de 250 cv é silencioso e roda macio, e a transmissão de seis marchas trabalha com suavidade. É como viajar de transatlântico dentro da cidade.
Também entre os méritos do coreano estão o nível de espaço e o de conforto – aspectos que superam vários rivais na mesma faixa de preço (R$ 148 990). Os bancos dianteiros são elétricos e têm memória de posição. Há teto solar panorâmico, aquecimento até no volante e cortina nos vidros laterais e traseiro – esta última com acionamento por botão. A lista farta de equipamentos, aliás, não pode mudar.
VEREDICTO
O Azera já provou que suas qualidades e seus atributos lhe permitem encarar um BMW ou Audi. Mas a Hyundai poderia ter caprichado mais na renovação do visual, que não trouxe frescor às linhas. Mesmo
assim, continua sendo uma boa compra.