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Impressões ao Dirigir: novo Nissan March / Micra

O Nissan March mudou na Europa, onde é conhecido como Micra. A boa notícia é que ele ficou muito melhor. A má é que por enquanto ele não vem para o Brasil

Por Joaquim Oliveira , de Aalborg (Dinamarca)
Atualizado em 15 jan 2018, 17h50 - Publicado em 2 fev 2017, 18h06
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  • A nova versão em nada lembra nosso March: está maior e mais esportiva
    A nova versão em nada lembra nosso March: está maior e mais esportiva (divulgação)

    A Nissan quer voltar ao segmento de compactos premium com a quinta geração do Micra europeu, hatch que conhecemos como March. Ele está maior e mais bem equipado, mas nem se anime: não vem para o Brasil tão cedo – pelo menos não desse jeito.

    O novo Micra rompe os laços com seu antecessor. Lançado em 2010 (e renovado em 2014), o modelo era visto como um downgrade na linha. Tinha na sua mira os mercados emergentes, deixando a desejar em qualidade geral de materiais e acabamento.

    Coeficiente aerodinâmico (Cx) foi reduzido para 0,29
    Coeficiente aerodinâmico (Cx) foi reduzido para 0,29 (divulgação/Nissan)

    Na Europa, a Nissan agora quer retomar sua posição em um mercado premium. No Brasil, o modelo atual vai continuar na briga pelo segmento de entrada.

    A diferença mais evidente entre as gerações está no design arrojado do Micra V – lado a lado, os dois carros nem parecem ter parentesco. Até no tamanho a novidade se destaca: tem 17,4 cm a mais no comprimento (são 4 metros), 7,8 cm extras na largura e 5,5 cm na altura. Os novos traços também beneficiaram o Cx (0,29), colocando-o como o melhor da categoria.

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    Maçanetas traseiras disfarçadas simulam a carroceria de duas portas, que traz itens de design do Kicks
    Maçanetas traseiras disfarçadas simulam a carroceria de duas portas, que traz itens de design do Kicks (divulgação)

    O Micra utiliza a nova plataforma modular CMF B, e passou por aperfeiçoamentos para atingir comportamento mais esportivo – o anterior tinha propósito mais familiar. Usa suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. A direção conta com assistência elétrica e freios a disco na frente, mantendo os tradicionais tambores na traseira, ainda o padrão nesse segmento.

    Vincos e linha de cintura ascendente: ar esportivo
    Vincos e linha de cintura ascendente: ar esportivo (Divulgação/Nissan)

    No quesito segurança, as novidades são itens inéditos no seu segmento: monitor de faixa de rolagem com travas nas rodas – sistema que impede a troca inadvertida de faixa, alerta de colisão que reconhece pedestres e câmeras de 360º, semelhantes às do Kicks. As câmeras do Micra também são capazes de conseguem ler placas de trânsito e de velocidade da via.

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    Volante traz comandos do cruise control, inexistente no Kicks
    Volante traz comandos do cruise control e tem a base achatada (divulgação)

    Nossa avaliação foi feita com uma unidade a gasolina, de 0,9 litro e turbo (de origem Renault). A sensação de esportividade começa quando entramos no carro, que melhorou em acabamento. O painel (que também lembra muito o do Kicks, assim como alguns elementos visuais do exterior) é envolvente e o volante tem a parte inferior reta.

    Interior bicolor reforça o estilo mais jovem
    Interior bicolor reforça o estilo mais jovem (divulgação)

    Na versão Connecta, há uma tela de 7 polegadas sensível ao toque e som Bose, que conta com dois alto-falantes inseridos no encosto de cabeça do banco do motorista.

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    Central multimídia é idêntica à do Kicks
    Central multimídia de 7 polegadas e ar-condicionado digital, mas sem dual-zone (divulgação)
    Recurso que impede a troca inadvertida de faixa é inédito no segmento
    Recurso que impede a troca inadvertida de faixa é inédito no segmento (divulgação)

    Durante o test-drive em Aalborg (Dinamarca), agradou a sonoridade do motor, discreta, mas marcante. O giro do propulsor turbinado sobe rápido, característica típica dos três-cilindros. Acima dos 2.000 giros, a condução se anima quando a turbina começa a trabalhar.

    De acordo com a Nissan, ele vai de 0 a 100 km/h em 12 segundos e atinge 183 km/h. Também agrada a alavanca do câmbio em posição elevada (são 5 marchas), e os engates se mostraram confortáveis.

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    Espaço para os passageiros do banco de trás continua pequeno
    Espaço para os passageiros do banco de trás continua pequeno (divulgação)
    Porta-malas oferece 300 litros - 35 a mais que o modelo atual
    Porta-malas oferece 300 litros – 35 a mais que o modelo atual (divulgação)

    A evolução deste March/Micra foi tão grande que só lamentamos uma coisa: que a Nissan não tenha planos de fabricá-lo no Brasil tão cedo.

    Apesar das patentes da nova geração já terem sido registradas no país, os planos da montadora são outros. No Brasil, ela deverá aproveitar a plataforma V já utilizada no Kicks, resultando em uma versão simplificada – o modelo europeu é feito sobre a base modular CMF B, cujos custos elevados inviabilizariam sua produção local.

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    Dessa maneira, a Nissan deverá manter o March atual como carro de entrada. Mesmo sem a mesma sofisticação, a nova geração utilizaria o nome europeu (Micra) para se situar num patamar acima dos hatches compactos, junto com VW Polo e Fiat Argo.

    Veredicto

    Não fosse pelo nome, você nunca pensaria que este é um March: design, acabamento e conteúdo estão bem melhores

    Ficha técnica – Nissan Micra 0.9 i-GT

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