Impressões ao dirigir: novo VW Tiguan, logo mais no Brasil
Versão de 7 lugares está confirmada para o início de 2018; produção virá do México
É oficial: a VW vai vender o novo Tiguan no Brasil. O SUV será lançado no final do ano, mas as vendas começam somente em 2018. A versão de estreia será a topo de linha, equipada com motor 2.0 TSI de 220 cv e carroceria de 7 lugares.
Mas há outras opções que a fábrica estuda trazer – como uma versão de 5 lugares e duas motorizações: 2.0 TSI de 180 cv e 1.4 TSI de 115 cavalos. A transmissão será sempre automática de sete marchas, com dupla embreagem e tração integral 4Motion.
Fomos a Wolfsburg, Alemanha, onde fica a sede mundial do Grupo VW e avaliamos a versão 2.0 de 220 cv, de cinco lugares, no padrão mais completo Highline. Visualmente, o novo Tiguan é bem diferente de seu antecessor. O SUV ganhou linhas mais retas, faróis de led e dimensões maiores, que fazem toda a diferença.
Por dentro, o estilo segue o visual conhecido em outros modelos da marca, como o Golf, por exemplo. A semelhança está no painel, no console no volante e nos bancos. Mas seu painel é um pouco mais inclinado, projetado na base, envolvendo mais o motorista.
O acabamento da versão Highline é primoroso. Inclui painel bicolor com apliques que imitam fibra de carbono e bancos que, apesar de revestidos em tecido, possuem o centro forrado com material que imita camurça.
Nas laterais das portas, a VW não economizou. Além do plástico de boa aparência, há enxertos de tecido, na parte superior; couro, nos apoios de braços e feltro revestindo os porta-trecos, para abafar ruídos.
O aumento das dimensões se refletiu no espaço interno. Na versão avaliada, cinco pessoas viajam com conforto. Na dianteira, tanto o motorista quanto o passageiro têm bancos com ajuste de altura e, na traseira, os bancos podem ser reclinados, em três posições, e descocados em até 18 cm liberando espaço no porta-malas. Com os bancos avançados a capacidade de bagagem é de 615 litros (contra 470 l disponíveis na geração anterior).
Ao volante, o Tiguan se comporta como um típico VW. A direção é leve, mas precisa. E a suspensão é firme. Em linha reta, o conjunto oferece conforto, mas nas curvas não abre mão da estabilidade, segurando a tendência da carroceria oscilar.
O desempenho da versão 2.0 é interessante. Nas saídas, o SUV poderia ser um pouco mais esperto. Mas depois que embala, ele vai bem. Nas autoestradas alemãs, onde existem trechos em que a velocidade é liberada, chegamos a 220 km/h. Segundo a fábrica, a versão avaliada por nós acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 s. Mas esse número nos pareceu otimista.
O novo Tiguan é o primeiro SUV do Grupo VW, desenvolvido sobre a plataforma modular MQB, que serve de base para o Golf e também será usada nos novos modelos que serão produzidos no Brasil, como o novo sedã Virtus.
Mas o Tiguan que chegará ao nosso mercado virá da planta da VW no México. Como o lançamento ainda está longe, a VW não fala sobre os preços do carro. Mas, estima-se que ele virá acima do atual modelo, que hoje custa a partir de R$ 128.270 (na versão 1.4 TSI com tração dianteira).