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Impressões: Chevrolet Equinox abdica de motor do Camaro para vender melhor

Versões de entrada ganham propulsor menor e mais fraco, mas tentam deixar SUV mais atraente na briga contra Compass e Tiguan

Henrique RodriguezPor Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 dez 2019, 18h58 - Publicado em 8 dez 2019, 10h30
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  • Equinox Midnight
    Versão Midnight tem os equipamentos da LT, mas visual incrementado com detalhes pretos (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    O comercial de lançamento do Chevrolet Equinox, com Felipe Massa acelerando o modelo em Interlagos, não era exatamente um exagero.

    Naqueles meses finais de 2017, o SUV médio era vendido apenas na versão Premier com tração integral e motor 2.0 turbo de 262 cv.

    Trata-se do mesmo motor que equipa a versão de entrada do Camaro nos Estados Unidos, porém em calibração um pouco mais mansa.

    O câmbio automático de nove marchas e a tração integral já faziam parte do pacote, tabelado em R$ 149.900 à época.

    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    Por R$ 2.000 a mais que a versão LT, Equinox Midnight incorpora as rodas aro 19 da Premier pintadas de preto (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    A relação entre preço e potência era bastante atraente para o SUV que substituía o Captiva 2.4 (184 cv) e ia muito além do que os rivais entregavam (e ainda entregam).

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    Falo dos 170 cv do Jeep Compass 2.0 Turbodiesel, dos 165 cv do Peugeot 3008 e dos 177 cv do Hyundai Tucson.

    Como lutadores que adotam estratégias pouco ortodoxas para se enquadrar na faixa de peso do oponente, o Equinox abriu mão do motor mais potente em sua versão de entrada para ficar em pé de igualdade com os concorrentes.

    O responsável por isso é o motor 1.5 Ecotec com turbo e injeção direta, da mesma família do 1.4 turbo do Cruze. Mantém duplo comando de válvulas variável, mas não tem sistema start stop e não é flex.

    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    Motor 1.5 Ecotec turbo foi usado primeiro pelo Malibu nos Estados Unidos (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Gera 172 cv a 5.600 rpm e 27,8 mkgf de torque a 2.500 rpm, e está combinado a uma transmissão automática de seis marchas.

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    Até há tração integral na nova versão Premier 1.5 (R$ 154.990), mas as versões mais atraente aos bolsos, LT 1.5 (R$ 129.990) e Midnight (R$ 131.990) tracionam apenas as rodas dianteiras. São elas que fazem a mágica.

    Para a Chevrolet, estas novas versões posicionam melhor o Equinox na faixa de preço mais procurada pelos consumidores que, atualmente, andam procurando por Compass e, em menor volume, VW Tiguan.

    Basta ver os números para entender a medida: enquanto o Compass vendeu 54.524 unidades entre janeiro e novembro de 2019 e o Tiguan, 11,549, o Equinox emplacou apenas 4.217, segundo a Fenabrave (associação nacional dos concessionários).

    Impressões: Chevrolet Equinox abdica de motor do Camaro para vender melhor
    Versão Midnight abre mão do painel bicolor (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Para nós, coube avaliar como a perda de 90 cv e 10,2 mkgf de torque (praticamente um motor 1.0) impactou no desempenho do Equinox no Campo de Provas da General Motors em Indaiatuba (SP).

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    Menos, como todos

    Considerando que as versões com tração dianteira têm pouco mais de 1.550 kg (cerca de 120 kg a menos que o Premier 2.0), o motor 1.5 turbo responde muito bem.

    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    Por fora, a versão Premier 1.5 é praticamente idêntica a 2.0 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    O turbo e a boa disponibilidade de torque ajudam na tarefa de mover o Equinox Midnight avaliado.

    Mas apenas porque o câmbio automático de seis marchas resiste em avançar as marchas, certamente para aproveitar ao máximo o pique do motor, que não entrega sua força máxima tão cedo quanto o usual.

    Mesmo assim, o SUV passa a impressão de ser mais leve do que realmente é. A direção com respostas rápidas e as suspensões firmes (dentro do esperado para um SUV médio, claro) colaboram para esta boa impressão.

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    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    A 1.5 tem para-choque traseiro diferente, que esconde a única saída de escape (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Nas retas mais longas, porém, o Equinox 1.5 começa a revelar sua limitação de potência para ganhar velocidade acima dos 130 km/h.

    É uma resistência que rivais com o Tiguan 1.4 TSI enfrentam, mas que não existe no Equinox 2.0 – nem em um Tiguan 2.0 TSI.

    Também foi possível experimentar a versão 1.5 com tração 4×4 que pode ser acionada pelo motorista quando for conveniente.

    No asfalto, o que se ganha é um pouco mais de segurança e controle em sequências de curvas rápidas. Por outro lado, a presença de cardã e diferencial traseiro trazem cerca de 100 kg extras ao peso.

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    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    Acionamento da tração 4×4 é feito por botão localizado na frente da alavanca de câmbio (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Mas a tração AWD vai contra um dos principais pilares do Equinox 1.5: o consumo.

    Na comparação entre os dados do Inmetro, as médias de 11,7 km/l na estrada e 9,5 km/l na cidade representam uma vantagem de até 8,3% frente ao 2.0 turbo que, lembre-se, tem start-stop.

    Nas acelerações, a diferença é mais significativa. Enquanto o extinto Equinox LT 2.0 chegava aos 100 km/h em 7,6 segundos, o LT 1.5 cumpre o mesmo em 9,2 s. Os números são da própria GM.

    Nas previsões da Chevrolet, as três novas versões 1.5 do Equinox deverão responder por 50% das vendas, enquanto a Premier 2.0, sozinha, dominará a outra metade.

    Como eles são?

    O Equinox LT 1.5, de R$ 129.990, tem faróis de xenônio, rodas de 18 polegadas, controles de estabilidade e tração, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, Isofix, airbag duplo, laterais e de cortina, assistente de partida em rampa, câmera de ré, ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com ajustes elétricos, chave presencial, central multimídia de 8 polegadas integrado com Android Auto e Apple CarPlay.

    O pacote Midnight traz mesma lista de equipamentos e o mesmo interior, mas por fora acompanha o visual da Premier, cobrando R$ 2.000 a mais. Na prática, sai por R$ 131.990 para ter as rodas aro 19 pintadas de preto.

    Chevrolet Equinox 1.5 Midnight
    (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Já a versão Premier 1.5, de R$ 154.990, conserva quase todos os equipamentos da 2.0.

    Quer dizer que tem teto solar, assistente de permanência na faixa, sensor de ponto cego, alerta de colisão e movimentação traseira, alerta de esquecimento de criança no banco traseiro, abertura do porta-malas por sensor de movimento e sistema de som premium Bose.

    Por R$ 162.990, a versão Premier 2.0 soma o sistema start-stop, as saídas de escape duplas e cromadas, a grade ativa do radiador (que pode se fechar para melhorar a aerodinâmica) e o sistema de cancelamento de ruído ativo, por meio dos alto-falantes.

    São caros considerando que a versão LT 2.0 custava R$ 132.490. Mas nem tanto se considerar que o Tiguan Allspace 1.4 de entrada (que também é feito no México) custa os mesmos R$ 129.990 do Equinox LT 1.5 e não tem faróis de xenônio nem bancos de couro.

    FICHA TÉCNICA – Chevrolet Equinox Midnight

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