Impressões: Mercedes-Benz Sprinter 313 Street Chassi
Utilitário tem PBT de 3.500 kg e pode ser conduzido por motoristas com CNH de categoria B
O Mercedes-Benz Sprinter 313 Street está no meio do caminho entre uma picape grande e um caminhão. Ideal para transporte de cargas em áreas urbanas, pode ser conduzido com CNH na categoria B e passa sem dificuldades por vias estreitas. Legalmente, ele tem a equivalência a um automóvel de passeio.
Em nossa avaliação, seus 236,6 cm de altura não permitiram o acesso a uma garagem de condomínio predial, mas seus 199 cm de largura é que se destacam. Essa medida equivale a um automóvel de grande porte.
Se não fosse pelo comprimento de 587 cm, a condução seria praticamente idêntica à de uma picape cabine dupla.
Apesar dessas medidas, o diâmetro de giro é de meros 13,6 m – o que garante agilidade mesmo em espaços apertados e muita facilidade para manobrar.
A versão 313 CDI Street oferece retrovisores externos com ajuste elétrico, assento com regulagem de altura e volante com ajuste de altura e profundidade.
Além do 313, a Mercedes comercializa no Brasil os modelos 415 e 515 (porém com PBT maior), com a possibilidade de carroçarias diversas. O modelo das fotos estava equipado com carroçaria de carga seca e lastro.
Durante a avaliação, trocamos os sacos de areia por 1 tonelada em objetos (menos da metade da capacidade admissível no eixo traseiro, de 2.250 quilos).
Essa carga não foi um desafio para o motor OM 651 CDI, um 2,2-litros bi turbo diesel de quatro cilindros em linha e 129 cavalos a 3.800 rpm (e torque de 31,1 mkgf entre 1.200 e 2.400 giros).
O peso em ordem de marcha é de 1.840 kg, com PBT (Peso Bruto Total) de 3.500 kg.
Frear também não há dificuldade nem necessidade de adaptação, já que os freios hidráulicos têm funcionamento idêntico ao de carros pequenos, ao contrário do sistema a ar de caminhões e ônibus.
No entanto, a visibilidade traseira é, obviamente, deficiente pela própria construção do veículo. Deveria haver, ainda que entre os opcionais, um sistema de câmera de ré. Mas não há, e no Brasil o equipamento é uma raridade no segmento.
De acordo com o programa de etiquetagem do Conpet, as médias de consumo são 7,6 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada.
As demais versões do Sprinter carregam até 5.000 kg, com espaço útil de 22 m³. Os três modelos (313 Street, 415 e 515), somados a três tamanhos de entre-eixos (curto, 325 cm; longo, 366,5 cm e extra-longo, 432,5 cm), permitem até 60 configurações.
A transmissão manual de seis marchas (caixa ZF 6S 450) mostrou-se adequada, com engates suaves e precisos, pois não demonstrou sinais de “buracos” em uso urbano e carregado, tampouco em uso rodoviário.
Sem carga, a condução é incômoda, pois a potência do motor leva as rodas a girarem em falso em pisos acidentados. Em outras palavras, o Sprinter chasse funciona como qualquer veículo de carga – roda melhor com carregado do que vazio.
De série, o Mercedes vem com direção hidráulica, airbags para motorista e passageiro (apenas na 313 Street), controle de estabilidade (ESP), faróis de neblina, assistente de vento lateral e chave com controle remoto.
O preço sugerido inicial varia entre R$ 114.400 e R$ 125.120 – considerando ICMS de 12%.
Porém, o modelo avaliado estava equipado com ar-condicionado, volante multifuncional, controle de cruzeiro com limitador de velocidade e rodas de liga leve de 16 polegadas – todos equipamentos opcionais.
A caçamba de alumínio também é vendida à parte. A configuração para o chassi curto custa cerca de R$ 15.000.