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Impressões ao dirigir: novo Volkswagen Golf 1.5 TSI

Mudança de estilo é tão sutil que a VW nem fala em "novo" Golf. Mas está mais tecnológico e nunca foi tão conectado. E chega ao Brasil ainda este ano

Por Joaquim Oliveira, de Palma de Mallorca (Espanha)
Atualizado em 29 nov 2017, 13h53 - Publicado em 21 jul 2017, 16h32
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  • Friso sob a grade agora se liga aos faróis de leds
    Friso sob a grade agora se liga aos faróis de leds (Divulgação/Volkswagen)

    Para os fabricantes de automóveis, dependendo da conveniência, qualquer retoque nos para-choques pode ser o suficiente para encaixar o adjetivo “novo” à frente do nome do modelo. As leis do marketing (e do bom senso) dizem que tudo o que tem esse rótulo vende mais.

    Mas a próxima geração do Golf, que chegou às lojas da Europa em março e que desembarca no Brasil no segundo semestre, poderá contrapor essa regra. A VW evitou tratar do “novo” Golf como uma “nova geração”. Para a empresa, é um “update”.

    Faz sentido, já que as atualizações foram discretas na maioria dos seus itens. À primeira vista, o design sinaliza atualizações. Há uma nova opção de motor (na Europa) e um quadro de instrumentos remodelado. No Brasil, permaneceremos com os já conhecidos 1.0 e 1.4 TSI e 1.6 MSI.

    Para-choques redesenhados e lanternas de leds de série
    Para-choques redesenhados e lanternas de leds de série (Divulgação/Volkswagen)

    Historicamente, o Golf sempre teve evoluções conservadoras nas suas mudanças – e não é diferente com o modelo das fotos, a geração 7.1. Começando pela dianteira: agora há uma friso cromado na grade que se liga visualmente aos novos DRLs dentro dos faróis principais.

    O radar frontal, antes visível por entre a grade, foi escondido atrás do emblema da VW. Na parte traseira, as lanternas são de led em todas as versões.

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    Por dentro, as mudanças são mais nítidas. A começar pelo quadro de instrumentos, todo digital. A adoção da tela de TFT permite várias possibilidades de configuração – dá para visualizar informações técnicas do carro ou de entretenimento.

    Com exceção das telas digitais, está tudo igual no interior
    Com exceção das telas digitais, está tudo igual no interior (Divulgação/Quatro Rodas)

    Por padrão, essa tela de 12,3 polegadas exibe o velocímetro e o conta-giros, mas pode alternar para a agenda de contatos do dono, álbuns de músicas e até os perfis de rodagem selecionados pelo motorista.

    Entre cinco opções (Clássico, Consumo e Autonomia, Eficiência, Performance e Assistência à Condução e Navega­ção), o motorista pode selecionar as configurações que favorecem a economia de combustível ou a esportividade.

    O quadro de instrumentos não tem relógios analógicos: é uma tela configurável de 12,3 polegadas
    O quadro de instrumentos não tem relógios analógicos: é uma tela configurável de 12,3 polegadas (Divulgação/Quatro Rodas)
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    As mãos também falam

    No centro do painel, o destaque vai para o monitor touch chamado de Matriz Modular de Infoentretenimento, com três medidas (6,5, 8,0 e 9,2 polegadas).

    A maior versão, batizada de Discover Pro (foto à direita), aceita controles por gestos – o Golf é o pioneiro no segmento – e conta com um menu inicial configurável, no qual o usuário pode especificar as suas funções/informações preferidas.

    A central multimídia Discover Pro (9,2 polegadas) responde a gestos das mãos
    A central multimídia Discover Pro (9,2 polegadas) responde a gestos das mãos (Volkswagen/Divulgação)

    Se por um lado o aspecto do painel ganhou em modernidade, por outro desagrada o fato de as impressões digitais ficarem bem visíveis mesmo com pouco uso.Mas os grafismos modernos, a complexidade de dados e a possibilidade de realizar comandos por gestos coloca a central do Golf em um patamar superior.

    Em alguns mercados, a linha Golf é bem ampla (hatch de três ou cinco portas, Variant, Alltrack e Sportsvan), sem contar o Cabrio, já descontinuado. E os europeus também passarão a conviver com o Golf 1.0 TSI de três cilindros, com variantes de 85 e 110 cv – porém, ambos com turbo e com injeção direta a gasolina.

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    VW Golf 1.5
    (Volkswagen/Quatro Rodas)

    Ainda incerto para o mercado brasileiro, o novo 1.5 turbo a gasolina de 150 cv substitui o 1.4 na Europa e ganha desativação de cilindros, combinado ao câmbio automatizado DSG de sete marchas, com duas embreagens a óleo.

    O novo motor tem potência e torque idênticos ao anterior, mas é mais elástico e eficiente, com menor consumo. A Volks também prepara por lá o 1.5 Bluemotion, de 130 cv, previsto para o segundo semestre.

    Terá motor com taxa de compressão mais alta e ciclo de funcionamento Miller (não Otto), dotado de turbo de geometria variável. Segundo a marca, essa versão poderá rodar 21,7 km com apenas 1 litro de gasolina.

    Assim como as gerações anteriores, o Golf 7.1 preserva o louvável equilíbrio entre estabilidade e conforto, com direção precisa e comunicativa e elevado nível de qualidade de construção – uma referência no segmento dos hatches médios.

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    VW Golf 1.5
    (Volkswagen/Divulgação)

    O VW Golf tem tradição em disponibilizar equipamentos e tecnologias de segurança pouco comuns na sua classe. A nova linha do hatch médio estreia a direção semiautônoma em situações específicas, como o congestionamento de tráfego a até 60 km/h.

    Sem a intervenção do motorista, o carro mantém-se na faixa, acelera e freia sozinho, acompanhando o trânsito. Há também um monitor de pedestres capaz de frear o veículo se o sistema não identificar ação do condutor. Porém, a disponibilidade desses recursos não está confirmada para o Brasil.

    VW Golf 1.5
    (Volkswagen/Divulgação)

    Veredicto

    As qualidades do Golf têm sido preservadas ao longo de algumas décadas. O hatch evolui a cada geração e está em dia com as últimas tendências tecnológicas.

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    Ficha Técnica: VW Golf 1.5 TSI

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