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Jeep Compass e Commander com 2.0 de 272cv são até R$ 40.000 mais baratos

De uma vez, Jeep Compass e Commander passam por alterações profundas na linha 2025, de olho na concorrência da Toyota e Caoa Chery

Por Eduardo Passos
Atualizado em 30 jun 2024, 20h09 - Publicado em 12 Maio 2024, 19h00

Preço menor em troca de menos assentos? Diesel ou flex? Versão esportiva com novo motor a gasolina? O que não faltam na linha 2025 de Jeep Commander e Compass são opções. De uma vez, os SUVs de DNA comum passaram por uma reformulação profunda em suas versões, em clara resposta à agressividade de concorrentes como o Caoa Chery Tiggo 7 Sport e o Toyota Corolla Cross.

A briga está cada vez mais acirrada e nichos cada vez mais específicos vão sendo disputados com maiores esforços.

Na parte de cima, há os destaques da nova linha: Jeep Compass e Commander Blackhawk. Eles trazem apelo esportivo, o motor que veio da Ram Rampage, com seus 272 cv e 40,8 kgfm e câmbio automático de nove marchas com tração 4×4.

Essa configuração mecânica, porém, está disponível nas versões Overland (que só existiam no Commander até então): mantém-se a performance e a perda de itens estéticos gera economia de R$ 13.000.

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Escape duplo é exclusividade das versões com novo motor (Divulgação/Quatro Rodas)

Em relação ao que já existia, a Stellantis foi ainda mais agressiva, diminuindo os preços de tabela em até R$ 40.000 – seja cortando lucros ou racionalizando a lista de equipamentos. É o caso do Commander Longitude, o modelo de entrada que deixou de ter os sete lugares como item de série e, por R$ 217.290, está R$ 24.300 mais em conta. Estudando tendências de consumo, a Jeep notou que é melhor cobrar R$ 8.000 à parte pela terceira fila e baixar o valor de tabela do carro, cuja boa parte dos proprietários nem sequer utilizava os assentos adicionais.

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Bancos dianteiros e traseiros agora trazem costuras em forma de diamante e uso de suede (Divulgação/Quatro Rodas)
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(Divulgação/Quatro Rodas)

Um dos grandes mistérios de Jeep e Fiat no momento é o futuro de seus carros a diesel. Os próprios executivos reconhecem que o combustível está perdendo apelo e os modelos usados estão desvalorizando.

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Porta-malas tem abertura automática (Divulgação/Quatro Rodas)

A performance do atual 2.0 turbo diesel (170 cv/38,7 kgfm) vai se tornando relativamente pior à medida que o tempo passa e o novo 2.2 turbo diesel segue atrasando. Segundo fontes, houve boas chances de que o longevo TD380 nem sequer fosse oferecido na linha 2025, mas isso não ocorreu. O meio-termo encontrado foi tê-lo em versão única para ambos os SUVs, dando o maior desconto possível. Sobraram o Compass Limited TD380, de R$ 249.990 (R$ 20.000 a menos), e o Commander Overland TD380, de R$ 298.290 (R$ 40.700 a menos).

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O Compass ganhou itens que eram exclusivos do irmão maior (Divulgação/Quatro Rodas)
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Revestimento em suede preto segue a pegada black do SUV. Telas se mantêm, ainda que com novos grafismos que trazem informações pensadas no uso esportivo (Divulgação/Quatro Rodas)

Todos os Jeep novos agora têm cinco anos de garantia, contra os três de até então. Mas quem comprou um carro zero-km da marca de 2022 para cá também será beneficiado pela extensão (inclusive o Renegade pé de boi que cobrava menos por, excepcionalmente, ter só um ano de cobertura).

Os novos Jeep Blackhawk

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Câmbio AT9 da dupla já era usado pelos modelos a diesel (Divulgação/Quatro Rodas)

A Jeep tem relação inseparável com o mundo off-road, mas volta e meia aproveita o parentesco com a Dodge para criar absurdos como o Cherokee Trackhawk, movido por motor V8 de 717 cv. A semelhança de nomes não é coincidência. E, ainda que os Blackhawk sejam bem menos extremos, podem adotar, sem a pecha de esportivados, o visual que inclui as pinças de freio pintadas de vermelho nas quatro rodas, escapes duplos e nova grade dianteira com aletas horizontais que ampliam a admissão de ar (esses dois últimos itens se repetem nas versões Overland com o novo motor 2.0 a gasolina).

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Expectativas com tamanho apelo estético se provam na aceleração de 0 a 100 km/h, que o Compass leva apenas 6,3 s para cumprir e agora vira o segundo carro nacional mais rápido à venda (perdendo para o BMW X4).

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(Divulgação/Quatro Rodas)
JEEP COMPASS E JEEP COMMANDER
Terceira fileira segue uma solução improvisada para os sete ocupantes. Tanto que muitos clientes só utilizam cinco bancos (Divulgação/Quatro Rodas)

Evolução no desempenho frente aos 1.3 turbo

O novo Commander demora 7 s (sempre conforme números de fábrica), que segue um tempo comparável ao de SUVs híbridos e deixa para trás até esportivos da moda como o Fiat Pulse Abarth (8,2 s no mesmo teste). Ambos os lançamentos atingem 220 km/h e a nova transmissão é crucial para retomadas que, acima dos 100 km/h, ainda mantêm o vigor.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Como o que se move precisa parar, a Stellantis tratou de aumentar os discos de freio dianteiros e instalou uma nova bomba a vácuo nos carros, cuja resposta do pedal foi incrementada.

Os sistemas de auxílio à direção não trazem itens novos, mas foram recalibrados do zero, pensando-se nas vias brasileiras e suas particularidades. Controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa etc. estão notavelmente mais espertos.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Com o Jeep Compass 1.3 turbo flex de Longa Duração perto dos 100.000 km, há base de comparação suficiente para notar ajustes na suspensão traseira, cujo rebote foi amansado. Ao contrário da nossa unidade, a vida de quem vai atrás melhorou e está mais difícil de bater a cabeça na coluna C quando passamos por uma via esburacada. O Commander já ia bem nesse quesito e, com pouco espaço para correções, foi ajustado apenas para controlar a performance extra. No fim, a diferença entre os irmãos ficou menor.

Retocados por dentro

Para justificar os R$ 13.000 de diferença, é no interior que Compass e Commander Blackhawk se distanciam um pouco mais dos respectivos Overland. Desse modo, só nos topos de linha há ajuste elétrico para o banco do carona, além, claro, do ajuste elétrico para o assento do motorista. No caso do Commander, também há como pré-programar duas posições distintas para diferentes condutores.

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Som da Harman-Kardon (em vez do Beats) é leve vantagem do SUV grande, com dois alto–falantes extras (Divulgação/Quatro Rodas)

O revestimento de couro natural já dividia espaço com o suede em algumas versões do utilitário de sete lugares, mas agora também chega ao SUV menor em combinação que, além do requinte, melhora suavemente o conforto. Detalhes extras incluem a costura em losângos, padrão diamante, e o nome da versão gravado em branco. Agora o Compass também oferece tomada de 127 V na segunda fila, junto a entradas USB-A e USB-C. A regulagem do fluxo de ar para quem vai atrás não foi estendida a ele, porém.

Enquanto a estrutura de painel e console segue inalterada, também há nele o revestimento de suede preto, tal como a decoração em tons mais escuros no geral, que reforçam o visual de águia negra, em alusão ao nome inglês.

jeep compass BLACKHAWK e jeep commander BLACKHAWK
(Divulgação/Quatro Rodas)

A central multimídia, que já era muito boa, segue com 10,1”, Android Auto e Apple CarPlay sem fio e carregador de celular por indução. O quadro de instrumentos também repete as 10,25”, mas a interface simplória foi levemente melhorada com a estreia das Performance Pages: modos de visualização em que há ênfase nos elementos esportivos, como acelerômetro, pressão do turbo e uso de potência e torque do motor.

Daqui a alguns anos, a nova geração dos SUVs da Jeep chegará às lojas com base na plataforma STLA, focada na eletrificação e com mudanças sensíveis frente ao que há hoje. Mais uma vez, porém, os engenheiros conseguiram extrair melhorias de um projeto sem tirar dele a competitividade. E vale sempre lembrar que, apelo esportivo à parte, há nos Compass e Commander Blackhawk o mesmo núcleo estrutural que os torna aptos para o fora de estrada. Apesar da roupagem incomum, o DNA da Jeep permanece, e as boas vendas também têm porque seguir, razão das mudanças na linha.

Novo motor 2.0 Hurricane-4 a gasolina é protagonista

Jeep compass BLACKHAWK e jeep commander BLACKHAWK
(Divulgação/Quatro Rodas)

QUATRO RODAS anunciou a chegada do motor Hurricane 2.0 turbo ao Compass há mais de um ano. No fim, ele acabou estreando na Ram Rampage e foi estendido ao Jeep Commander. Em relação ao 1.3 turbo flex (185 cv/27,5 kgfm), há 50% a mais de potência e torque. O consumo é de 8,3 km/l (cidade) e 11 km/l (estrada), no Compass, e de 8,2 km/l (cidade) e 10,2 km/l (estrada), no Commander. Na faixa de preço do carro, são números suficientes para não causar incômodos.

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LINHA 2025 DOS JEEP COMPASS E COMMANDER

AS VERSÕES BÁSICAS:

Jeep Compass Sport T270: R$ 179.990 (R$ 5.000 mais barato)
Jeep Commander Longitude T270: R$ 217.290 (R$ 24.300 mais barato, com cinco lugares)

OS ÚLTIMOS DIESEL:

Jeep Compass Limited TD380 4×4: R$ 249.990 (R$ 20.000 mais barato)
Jeep Commander Overland TD380 4X4: R$ 298.290
(R$ 40.700 mais barato)

OS NOVOS BLACKHAWK:

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Jeep Compass Blackhawk Hurricane 4×4: R$ 279.990
Jeep Commander Blackhawk Hurricane 4×4: R$ 321.290

Jeep Compass Blackhawk 2025 (4)
Jeep Compass Blackhawk 2025 (Divulgação/Jeep)

Ficha Técnica Jeep Compass BlackHawk

Preço: R$ 279.990
Motor: gas., diant., transv., 4 cilindros, turbo, injeção direta, 16V, 1.995 cm³, 272 cv a 5.200 rpm, 40,8 kgfm a 3.000 rpm
Câmbio: automático, 9 marchas, tração integral
Direção: elétrica progressiva
Suspensão: McPherson (dianteira e traseira)
Freios: disco ventilado (diant.)/sólido (tras.)
Rodas: liga leve, aro 19
Pneus: 235/45 R19 (diant. e tras.)
Dimensões: comprimento, 440,4 cm; altura, 164 cm; largura, 181,9 cm; entre-eixos, 263,6 cm; porta-malas, 476 l; tanque, 55 l

Veredicto Compass BlackHawk:

Sem recorrer à eletrificação, é o SUV médio mais divertido à venda.

Jeep Commander Blackhawk 2025: topo de linha que estreia hoje
Jeep Commander Blackhawk 2025: topo de linha que estreia hoje (Divulgação/Jeep)

Ficha Técnica Jeep Commander BlackHawk

Preço: R$ 321.290
Motor: gas., diant., transv., 4 cilindros, turbo, injeção direta, 16V, 1.995 cm³, 272 cv a 5.200 rpm, 40,8 kgfm a 3.000 rpm
Câmbio: automático, 9 marchas, tração integral
Direção: elétrica progressiva
Suspensão: McPherson (dianteira e traseira)
Freios: disco ventilado (diant.)/sólido (tras.)
Rodas: liga leve, aro 19
Pneus: 235/45 R19 (diant. e tras.)
Dimensões: comprimento, 476,9 cm; altura, 172,3 cm; largura, 185,9 cm; entre-eixos, 279,4 cm; porta-malas, 233 l; tanque, 61 l

Veredicto Commander BlackHawk:

O potencial do Commander já não é mais limitado pela falta de um motor melhor.

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