Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Kia Soul

As diretrizes dentro da Kia eram claras: mexer pouco no exterior e investir na mecânica e no interior

Por Joaquim Oliveira
Atualizado em 8 nov 2016, 22h57 - Publicado em 26 fev 2014, 13h36
impressoes

Quando estreou no Brasil, em 2009, o Soul conquistou o público logo de cara, impulsionado por uma campanha publicitária que o apresentava como “carro design”. Quatro anos depois vem o desafio de desenvolver sua segunda geração e surge uma pergunta: como mudar um automóvel que fez sucesso justamente pelas formas inovadoras e pelo estilo cheio de personalidade e difícil de definir – é um SUV urbano? É uma minivan? Talvez um hatch? Usando a tática de não mexer em time que está ganhando, a Kia fez uma renovação que vai na contramão do mercado: mudou radicalmente mecânica e interior, mas preservando as linhas básicas do exterior. Portanto, não estranhe se você ficou com a impressão de que o carro mudou pouco: ele foi criado para isso mesmo.

O interior evoluiu, principalmente na qualidade dos materiais: o excesso de plásticos duros deu lugar a amplas superfícies de toque suave e mais agradáveis ao olhar, como na instrumentação de desenho limpo e bem ordenado, além de ganhar mostradores digitais e maior oferta de porta-objetos e de conexão multimídia. Nas versões mais luxuosas vendidas nos EUA e na Europa há mordomias como volante aquecido, alerta de mudança involuntária de faixa, sistema que estaciona o carro e até bancos ventilados para ajudar no calor do verão.

A sensação de bem-estar continua quando passamos para o banco traseiro. Apesar de o novo Soul ser só 2 cm mais comprido, nota-se um espaço mais generoso atrás – isso porque esses 2 cm foram só na distância entre-eixos. O carro também é 1,5 cm mais largo e a altura não mudou. O porta-malas se manteve na prática (subiu de 340 para 354 litros), mas transportar a bagagem ficou mais fácil: os encostos dos bancos traseiros (divididos de forma assimétrica entre 1/3 e 2/3) podem ser rebatidos para criar uma grande superfície plana levemente inclinada e, sob o piso, há um espaço oculto que permite guardar objetos protegidos dos olhares curiosos. O fato de a tampa do porta-malas abrir num ângulo maior – permitindo que pessoas com uma altura de até 1,80 metro possam ficar em pé debaixo dela – é bem útil, especialmente em caso de chuva. A boca do porta-malas também ficou maior em relação à geração anterior.

No exterior, os designers coreanos seguiram a lógica de cada renovação do Mini: melhorar sem alterar o DNA básico. O novo Soul manteve, por isso, suas formas cúbicas marcantes, com alterações mais pontuais, como a grade vistosa em forma de focinho de tigre e a enorme entrada de ar trapezoidal. Ganhou ainda um ar mais esportivo por conta dos faróis mais afilados.

Continua após a publicidade

Cerca de 65% da carroceria e do chassi agora são compostos por aços de alta rigidez, com várias consequências positivas: melhor estabilidade, mais reforço contra impactos, rodar mais silencioso e colunas dianteiras 2 cm mais estreitas, o que favorece a visibilidade. A Kia explica que também acrescentou novos materiais de isolamento acústico dentro das portas e no assoalho do Soul, para assim chegar à redução de 3 decibéis no ruído interno.

Direção trifásica

O comportamento do carro em curva também ganha em precisão e a suspensão, que foi toda retrabalhada, recebeu um acerto mais confortável. Agora ela está montada num subchassi, resultando em menos vibrações sentidas pelos ocupantes. Nas rodas traseiras, os amortecedores são maiores e de tubo duplo (antes eram monotubo) e montados na vertical, o que aumentou o curso da suspensão, tornando-a menos dura em pisos irregulares. No entanto, se o novo Soul ficou mais confortável e obediente nas curvas, em situações de mudanças bruscas de direção a carroceria está inclinando um pouco mais do que o desejado. A caixa de direção foi montada mais à frente, para melhorar a sensação de resposta e diminuir os impactos do contato das rodas com a estrada.Antes de assistência hidráulica, agora ela é elétrica, o que permite ser regulada com três diferentes pesos: Conforto, Normal e Sport.

No teste-drive em Malibu (EUA), tivemos a oportunidade de dirigir a versão 2.0 GDI, com um moderno motor de injeção direta de 164 cv. Infelizmente, durante o trajeto parecia que ele não se entendia bem com o novo câmbio automático de seis velocidades, o único disponível, já que a Kia tirou de linha a opção manual de seis marchas. A transmissão procurava muitas vezes a relação de caixa certa e o motor, quando exigido, rosnava mais do que deveria. Os 164 cv se revelaram um pouco anêmicos, comportavam-se mais como 120 cv nas subidas e acelerações mais fortes. Porém, numa tocada descontraída no meio do trânsito, com a intervenção bem dosada do acelerador, o resultado do trabalho em conjunto é bem satisfatório.

Continua após a publicidade

O preço ainda não definido na Europa nem no Brasil, mas por aqui já se sabe que a previsão de chegada do novo Kia ao país é já em março, data em que descobriremos se o novo Soul continuará sendo conhecido como o “carro design”.

VEREDICTO

A segunda geração é um inegável avanço, em design (pouco), mecânica (razoável) e interior (muito). Agora vai depender do preço por aqui.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.