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Lamborghini Huracán

Conheça o eleito para substituir o Lambo mais vendido da história

Por Joaquim Oliveira | Fotos Ingo Barenschee
Atualizado em 8 nov 2016, 18h22 - Publicado em 10 ago 2014, 22h40
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    Huracán em espanhol quer dizer furacão, mas nesse Lamborghini é uma homenagem ao nome de um touro cheio de brio e agressivo que se recusava a render-se numa tourada em 1879. Não importa a origem, as duas versões combinaram com o caráter do novo superesportivo. Pilotando essa fera no circuito de Ascari, na Espanha, percebe-se como ele teima em se agarrar nas curvas de forma impressionante, fruto do seu sistema de tração integral. Ao chegar às retas, pressione o acelerador até o fundo para ver como seu motor V10 de 610 cv responde com acelerações violentas.

    Por isso tudo é impossível não concordar com a marca italiana quando diz que ele está à altura de seu antecessor, o modelo de entrada Gallardo, mais vendido Lamborghini da história – 14022 unidades entre 2003 e 2013. Em termos estéticos, o designer Fillipo Perini foi fiel aos princípios de Walter de Silva – chefe máximo de estilo no grupo Volkswagen – e tentou fazer um superesportivo mais clean do que o topo de linha Aventador e um pouco menos agressivo (mas ainda parecendo um tubarão desenhado com hexágonos).

    Chassi híbrido

    Não há recursos ativos para melhorar a aerodinâmica, mas o difusor de ar sob a traseira e o fundo plano se encarregam de aumentar a downforce sobre o carro e melhorar o fluxo de ar. Os diferentes tipos de alumínio usados na carroceria se combinam a um chassi híbrido (alumínio com fibra de carbono, neste caso no túnel central e nas colunas B). Por isso, ele está 10% mais leve e 50% mais rígido que o Gallardo.

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    Depois é hora de analisar o interior muito bem acabado e solidamente construído com ares de cockpit de avião de combate. Lá dentro continuam as formas hexagonais, como nas saídas de ventilação, nos alto-falantes e no formato do quadro de instrumentos, uma tela digital de alta resolução, com três modos de visualização: um indicado para a pilotagem numa pista fechada, outro para a navegação na cidade e um terceiro misto.

    Como grande novidade, o volante traz o botão do recurso Anima (alma em italiano), muito similar ao manettino das Ferrari. Ele serve para alterar tudo o que é ajustável no veículo: resposta e som do motor, câmbio, controle de estabilidade, maciez da direção (recurso opcional), ação da tração nas quatro rodas e suspensão (quando ela tiver os amortecedores eletrônicos, também opcionais). Esse sistema pode variar a regulagem entre Strada (normal), Sport e Corsa (corrida).

    Além de alguns botões do interior, o novo Lamborghini divide com a Audi o conjunto motor/ câmbio, já que ambas pertencem ao Grupo VW. O V10 aspirado de 5,2 litros é o mesmo do Gallardo e do Audi R8 V10, mas aqui foi retrabalhado para gerar mais desempenho e menos consumo/emissões. Agora ele atinge 610 cv, ante 570 da versão anterior. Aliado à redução de peso, o motor revela uma performance sensacional: 3,2 segundos de 0 a 100 km/h, 9,9 até os 200 km/h e 325 km/h de máxima, segundo os dados de fábrica. Tudo isso embalado por um consumo médio no ciclo europeu de 8 km/l, 11% melhor que no Gallardo.

    Injeção mista

    São números que rivalizam com Ferrari 458 Italia (3,4 segundos no 0 a 100 km/h, máxima de 325 km/h e consumo de 7,5 km/l) e McLaren MP4-12C (3,1 segundos, 328 km/h e 8,5 km/l). A melhoria no V10 foi obtida à custa de uma injeção mista (direta na partida e em alta carga do acelerador e injeção indireta em condições de baixas cargas). Em cargas e rotações intermediárias, os dois sistemas funcionam simultaneamente. Outro grande avanço técnico foi a troca do câmbio automatizado de seis marchas (que tinha um funcionamento enervantemente brusco) por outro de sete marchas e dupla embreagem. Com ele, entramos num outro mundo de rapidez e suavidade, ainda que os italianos tenham conseguido dar ao Huracán um caráter mais visceral nos modos de funcionamento mais esportivos. Também é novo o sistema de divisão de torque, a cargo de um diferencial central eletrônico que, em condução normal, envia 30% da força para o eixo dianteiro e 70% para o traseiro, mas que pode chegar a 50% para cada um ou até 100% atrás. Na pista nota-se logo como o Huracán tem uma capacidade de frenagem estonteante, cortesia dos discos carbocerâmicos, que passaram a ser item de série e não dão mais sinais de fadiga.

    Para suportar essa melhoria de potência, tração e frenagem, o chassi foi aperfeiçoado, principalmente na suspensão, que usa diversos elementos de alumínio e recebeu bitolas mais largas. Se o carro tiver o recurso dos amortecedores eletrônicos, o motorista vai perceber que o conforto é bem superior ao antigo Gallardo. No modo Strada (uso normal), o superesportivo pode ser dirigido num congestionado trânsito urbano sem desconforto, ao contrário do que ocorre com outros Lambo. Até a direção evoluiu: agora elétrica, ele é rápida e precisa em condução esportiva, mas também mais indireta e menos nervosa no tráfego urbano, quando ela traz o sistema variável. São melhorias necessárias para ele continuar sendo o campeão de vendas da marca que logo poderemos ver nas ruas brasileiras: ele estreia já no segundo semestre, com um preço estimado acima de R$ 1,5 milhão. Mas, se você não tiver sorte de vê-lo nas ruas, não se preocupe: o novo touro premiado poderá ser apreciado pelo Brasil inteiro no Salão do Automóvel, entre 30 de outubro a 9 de novembro.

    VEREDICTO

    Ele melhorou em desempenho, consumo e prazer de pilotagem e agora está mais amigável no dia a dia. E no visual ele continua impressionante.

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