Motor novo, padrão de acabamento novo, carroceria nova: antes mesmo de as vendas começarem, em junho, o Argo estava no radar do Longa Duração. Era muita novidade para ficar de fora de nossa frota.
Bastou o Mobi se aposentar (foi desmontado em agosto de 2017) para outro Fiat ocupar sua vaga. Eis o nosso Argo Drive 1.3.
Nossa primeira opção era a versão com câmbio automatizado, GSR – na verdade, um Dualogic rebatizado. No entanto, nos contatos que fizemos com oito concessionárias, a resposta foi exatamente a mesma: “A versão 1.3 com câmbio automatizado só existe na tabela da Fiat.
Só teremos unidades a pronta entrega entre outubro e novembro”. Desistimos e nos conformamos com o Argo manual.
Ao configurar nosso carro, a primeira decepção: a versão manual não tem controles de estabilidade e tração sequer como opcionais – os mesmos itens são de série no automático.
Compramos nosso Argo na Amazonas Leste, única concessionária paulistana que tinha a configuração de equipamentos e cor que buscávamos: com os kits Convenience (de R$ 1.200, com retrovisores elétricos e vidros elétricos na traseira), Stile (de R$ 1.900, com faróis de neblina e rodas de liga leve) e Parking (de R$ 1.200, com sensor de estacionamento e câmera de ré).
Também pagamos à parte pela pintura metálica (de R$ 1.600, cor Cinza Scandium). Total da conta: R$ 59.800.
PROBLEMA DE PRESSÃO ALTA
A entrega correu sem problema: fomos atendidos no horário combinado e o carro estava devidamente preparado à nossa espera. Após uma breve e básica apresentação, o técnico teve a delicadeza de se colocar à disposição para tirar qualquer dúvida e até se ofereceu para parear o celular à central multimídia.
Por fim, ressaltou a importância de abastecer imediatamente: “O tanque está só no vapor”, disse ele. No posto, notamos o único deslize da revisão de entrega: os quatro pneus estavam com 36 libras, quando o indicado são 32 libras.
Em cortesia, a Amazonas entregou o Argo com protetor de cárter e um jogo de tapetes. Antes de chegar à Editora Abril, o editor Péricles Malheiros, que fez a retirada do carro, removeu o tapete do motorista: “Parte dele estava enrolada abaixo dos pedais”, conta.
Dias depois, visitamos a concessionária Sinal, que havia nos passado a melhor cotação para a instalação da película para vidros, R$ 251. Lá, confirmamos nossa suspeita: o tapete dado de presente pela Amazonas não fazia parte da linha de acessórios homologados da Fiat. “Mas o protetor de cárter é original”, disse o mecânico da Sinal.
Pelos tapetes originais, compatíveis com o sistema de fixação montado no carpete do Argo, pagamos R$ 187.
Motorista do Argo nos primeiros dias, Péricles conta: “Gostei da suspensão, confortável sem ser solta demais nas curvas. Mas achei o sistema start-stop ruim.
Para começar, ao desligar o motor, itens como a tomada de 12 volts e os vidros elétricos deixam de funcionar e, à noite, os faróis sofrem um breve apagão toda vez que o motor é religado”.
O repórter Henrique Rodriguez também criticou o start-stop: “O sistema até que é rápido, mas o motor parece fraco no instante imediato após a partida.
Ladeira acima, essa característica se torna mais evidente, principalmente porque o Argo não conta com assistente de partida em rampa.
Fiat Argo – 0 km
Ficha técnica
- Versão: Drive 1.3 8V
- Motor: 4 cilindros, dianteiro, transv., 1.332 cm3, 8V, 108/101 cv a 6.000/6.250 rpm, 14,2/13,17 mkgf a 3.500 rpm
- Câmbio: manual, 5 marchas
- Combustível: flex (gasolina)