Citroën C3 tem seis correções do projeto na revisão dos 20.000 km

A revisão de 10.000 km do Citroën C3 foi boa e ajudou a quebrar o gelo. Para o serviço dos 20.000 km, escolhemos a Citroën Le Mans na Vila Prudente, em São Paulo, e foi a nossa sorte ter agendado o atendimento logo cedo.

Ao abrir a ordem de serviço, o consultor disse que havia cinco recalls que deveriam ser feitos: para verificação dos faróis (de fato, falaríamos da vibração das lâmpadas), atualização do software do motor, verificação da coifa do câmbio, troca da fechadura do porta-malas e verificação do telecomando da chave. Mas vale esclarecer que o novo Citroën C3 não tinha nenhuma acão de recall em aberto até o fechamento desta edição. Estas são “campanhas” (que é o termo usado na ordem de serviço) da fábrica para correção de defeitos nos automóveis que não prejudicam a segurança, logo, carros que não fazem serviço nas concessionárias não recebem essas correções.

Além disso, ainda tinha os serviços da revisão (troca de óleo e filtro, filtro do motor, filtro do ar-condicionado e colocação de aditivo no limpador). Negamos a limpeza do ar-condicionado (R$ 170) e kit lubrificação (R$ 60), mas pedimos alinhamento, balanceamento e rodízio (R$ 150). A revisão tabelada em R$ 896 sairia por R$ 852 e com o alinhamento totalizou R$ 1.002, que depois foi arredondado para R$ 1.000.

Por fim, relatamos a persistência de zumbido no freio traseiro e de travamentos na central multimídia, que teria seu sistema atualizado, de acordo com o consultor. Nisso, a entrega ficou prometida para as 17 horas.

Nesse meio-tempo o consultor avisou sobre um trincado no para-brisa, golpeado por uma pedra na véspera. Vamos usar o seguro para trocar, mas pedimos o valor da peça: R$ 1.700.

Era tanto serviço no carro que a entrega teve um atraso de meia-hora. Campanhas e revisão foram feitas, a central foi atualizada e os freios traseiros, ajustados e testados, segundo o consultor, que nos entregou a caixa das peças trocadas. Ainda lavaram o carro e limparam o motor.

Na verificação da revisão, conferimos que o rodízio estava certo, que haviam trocado a fechadura e que todos os filtros foram substituídos. O filtro de óleo que colocaram foi da marca Wega, que não é o Mopar original, mas cobraram os mesmos R$ 60 por ele. E tentaram nos enganar entregando uma caixa de peça original da PSA (em vez de Mopar), que na verdade é do refil do óleo usado em algum C3 antigo que passou por lá.

Quanto às campanhas, notamos que o motor 1.0 do nosso carro passou a funcionar de forma mais suave e está vibrando menos. A tampa do porta-malas passou a fechar melhor com a nova fechadura, e o câmbio aparenta engates mais justos. Por outro lado, os faróis continuam trepidando à noite e o barulho nos tambores de freio traseiros parou por um tempo, mas já voltou.

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Dois dias depois, porém, o consultor entrou em contato conosco pedindo que o carro retornasse à concessionária com urgência, já na semana seguinte, para que fosse feita uma atualização no chicote elétrico do motor (a sexta campanha), que teria ficado pendente, mas não estava indicada na ordem de serviço da revisão. Desta vez, o carro possivelmente teria que dormir na concessionária, pois, de acordo com o consultor, teriam que abrir um chamado na fábrica e o serviço em si seria mais complicado.

O carro até ficou pronto no mesmo dia, no meio da tarde, pois não foi necessário trocar o chicote do motor.

Foi notável o empenho da Citroën Le Mans para executar as campanhas ordenadas pela fábrica. Mas agora o C3 se junta à Strada e ao Compass como mais um carro da Stellantis que volta da oficina com peça paralela. O que estará acontecendo com essas concessionárias?

Citroën C3 – 20.463 km