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Mercedes AMG EQS 53: dirigimos o primeiro carro elétrico da AMG

Superesportivo elétrico chega em julho por R$ 1.350.090, mas conta com tela gigante, som de motor a combustão e design impactante

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 ago 2022, 13h26 - Publicado em 14 jul 2022, 20h05
Mercedes-AMG EQS
Vendido no Brasil, EQS vem "capado" de fábrica nos Estados Unidos: é necessário pagar assinatura para explorar seus motores ao máximo (Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)
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Desempenho é, sem dúvidas, um dos grandes trunfos dos superesportivos elétricos. Eles têm a grande vantagem de ter o máximo de torque entregue ao menor toque no pedal do acelerador.

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E o primeiro Mercedes AMG elétrico a desembarcar no Brasil se destaca não só pela performance, mas pela experiência completa que oferece. É ele, o Mercedes AMG EQS 53 4MATIC+. 

Mercedes AMG EQS 53: dirigimos o primeiro carro elétrico da AMG
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

Tivemos a experiência de dirigi-lo por poucos quilômetros em São Paulo, mas esse curto espaço de tempo foi suficiente para tirar algumas conclusões e, é claro, grudar no banco ao desfrutar os 658 cv que os dois motores elétricos colocam à disposição.

Vai mais longe, mas cobra por isso

Nesta versão AMG 53 o Mercedes EQS é equipado com dois motores elétricos, instalados um em cada eixo, e somam 658 cv de potência e 96,9 kgfm de torque. A tração é sempre integral. Com esta configuração, a promessa é de que ele vá de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.

Mas há um truque para reduzir esse tempo: basta equipar o elétrico com o pacote AMG Dynamic Plus que ele cumpre essa prova em 3,4 segundos. Afinal a potência aumenta pra 761 cv e o torque, para 104,01 kgfm. Todo esse desempenho extra custa R$ 60.000. 

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Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

Com esse incremento o Mercedes se torna tão potente quanto o rival Porsche Taycan Turbo S que tem a mesma potência com overboost e bem mais que o Audi RS e-tron GT que entrega ao máximo 646 cv. Porém os dois cumprem o 0 a 100 km/h em menos tempo com os 3,3 segundos do Audi e 3,2 do Porsche.

O EQS 53 4Matic+ é bem mais caro do que os rivais: parte de R$ 1.350.090 – contra R$ 1.079.990 do Audi e R$ 929.000 do Taycan Turbo.

Porém ele traz algumas vantagens em relação aos concorrentes, uma delas está na autonomia de até 580 km, superior aos 453 prometidos no Taycan e 472 no e-tron GT. Assim, o EQS será o segundo modelo elétrico de maior autonomia no Brasil, atrás apenas do BMW iX, que ultrapassa os 600 km.

Design do AMG EQS

Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)
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O estilo externo do EQS claramente se distingue dos modelos AMG a combustão, principalmente pela grade fechada e exclusiva que exibe o logo da Mercedes ao centro, assim como, os faróis direcionais bi-partidos que são unidos por meio dos DRLs em led que se estendem pela parte superior da grade.

Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

As lanternas traseiras também são de led e invadem a carroceria, que também exibe o spoiler exclusivo na tampa do porta-malas.

E é notável o trabalho dos engenheiros em promover uma carroceria mais aerodinâmica possível graças aos difusores, spoiler traseiro maior, maçanetas ocultas e ao desenho do teto com caimento próprio de cupê. Esse conjunto de recursos permitiram ao AMG EQS um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,23. 

Tela infinita

O superesportivo está equipado com uma tela inteiriça que hipnotiza quem adentra o habitáculo. Ela envolve todo o painel e tem incríveis 17,7” no centro e 12,8” nas extremidades. A tela do passageiro é touch e permite configurar o bluetooth, o sistema de massagem dos bancos dianteiros e até escutar uma música diferente do motorista por meio do pareamento de um fone sem fio. 

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Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

Já o quadro de instrumentos não é touch, mas pode ser controlado por meio de botões sensíveis ao toque na parte esquerda do volante. 

O material usado é o mesmo de smartphones mais avançados chamado de Gorilla Glass e esse atributo promove uma experiência similar (até em termos de resistência) da que temos com esses celulares. O touch é agradável e extremamente responsivo.

A central multimídia é equipada com a nova geração do MBUX Hyperscreen, um software adaptativo ao estilo do usuário, sendo capaz de oferecer sugestões personalizadas para inúmeras funções de infoentretenimento, conforto e do veículo.

A multimídia é equipada com GPS nativo que avança por todo o painel e traz uma experiência inédita para o condutor. Os comandos também podem ser exibidos no quadro de instrumentos e no HUD (Head Up Display). Além disso ela tem conexão com Apple Car Play e Android Auto sem fio. 

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Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

Também tem materiais nobres em todo o habitáculo. Destaque para o couro legítimo presente nos bancos AMG com apoio lombar e luzes de contorno. A cabine também recebe uma luz ambiente. 

Impressões ao dirigir

A experiência foi em ambiente urbano e por cerca de 10 km, mas já foi capaz de ser perturbadora – no bom sentido. 

Ao sair da concessionária ativei o modo Sport (são cinco: “Slippery”, “Comfort”, “Sport”, “Sport+”) por meio de um botão giratório presente no volante. Da mesma forma selecionei o som ambiente, chamado de Sound Experience, mais adequado para a tocada esportiva, batizado de Powerful. 

Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+: Press Test Drive, California 2021Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+: Press Test Drive, California 2021
(divulgação/Mercedes-Benz)
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Invade a cabine um ruído que simula o barulho de um autêntico motor V6, a inspiração para a criação desse som. E ele te instiga a pisar cada vez mais fundo até o corpo encostar com força no encosto e arrancar um sorriso meu e do colega jornalista ao lado. 

Essa característica de poder emitir um “som de motor” ambiente não é algo exclusivo do AMG EQS, o Porsche Taycan também tem, porém é inédito o fato de o som remeter a um motor a combustão. 

Como já era esperado a suspensão pneumática privilegia o conforto e se adapta a cada condição e modo de condução. Ela usa duas válvulas de alívio de pressão. Estas válvulas de controle continuamente variáveis localizadas fora do amortecedor permitem que a força de amortecimento seja ajustada conforme a necessidade. 

Mercedes AMG EQS 53: dirigimos o primeiro carro elétrico da AMG
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

A unidade de controle da suspensão analisa os dados, incluindo dados dos sensores de aceleração e trajetória da roda, para ajustar a força de amortecimento de cada roda em alguns milissegundos para se adequar à situação. 

Toda essa tecnologia de amortecimento permite uma condução mais agradável e adaptada a cada condição. O conjunto de baterias dispostas no assoalho contribui para um centro de gravidade ainda mais baixo e proporciona uma carroceria ainda mais assentada, permitindo que ela role muito pouco nas curvas e uma segurança exemplar nas acelerações, retomadas e frenagens. 

Ao estacionar, mesmo sendo um modelo que mede mais de cinco metros de comprimento, bastaram duas manobras para encaixá-lo na vaga graças ao eixo traseiro direcional. 

Mercedes-AMG EQS
(Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

O ângulo de até dez graus aumenta consideravelmente a dinâmica em curvas ou em manobras de estacionamento. O diâmetro de giro é de 11,5 metros, este é o mesmo nível de veículos compactos. Esse atributo também está presente no Taycan, mas apenas como opcional. 

O Mercedes AMG EQS 53 chega às concessionárias em julho por R$ 1.350.090. É o preço da vanguarda da conectividade e tecnologia embarcada. Mas custar tão mais caro que os rivais pode atrapalhar o seu sucesso em solo brasileiro. Bem, não custa lembrar que um Mercedes E63 AMG chegou a beirar os R$ 1,5 milhão no Brasil

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