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Mercedes-Benz EQE SUV complementa o sedã e chega ao Brasil ainda em 2023

Sem o aparato mecânico dos modelos a combustão, a Mercedes fez um SUV menor que o sedã de mesma plataforma, exceto na altura, com amplo espaço interno

Por Joaquim Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 ago 2023, 12h29
Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
 (Divulgação/Mercedes-Benz)
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Não é de hoje que a gente se acostumou a ver SUVs maiores que os modelos que lhe deram origem. Para a maioria dos compradores, a propósito, porte é o que justifica a compra desse tipo de veículo, muito mais que sua aptidão na terra. Mas o novo Mercedes EQE SUV de certa forma subverte essa regra.

Com exceção da altura, ele é menor do que o sedã EQE (à venda no Brasil desde o final do ano passado). Os dois compartilham a plataforma MEA, desenvolvida para automóveis elétricos. Mas o SUV produzido em Tuscaloosa, nos Estados Unidos, é 8,3 cm mais curto e 2,1 cm mais estreito. Ganha em altura (7,3 cm a mais), mas perde 9 cm na distância entre-eixos. Ele chegará ao Brasil no segundo semestre deste ano..

A despeito da economia dimensional, porém, por dentro o EQE SUV oferece boas acomodações. Além da altura, a principal razão está no fato de que, na ausência de câmbio e túnel central, o SUV traz um amplo porta-objetos entre os bancos da frente.

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
Coeficiente aerodinâmico é o mesmo do sedã (Divulgação/Mercedes-Benz)

Em um primeiro momento, é até difícil saber se estamos em um EQS (maior e mais luxuoso SUV da marca) ou no EQE. Há bons materiais de acabamento no painel e nas portas, embora a mesma impressão não se aplique ao dispositivo de seta, cuja alavanca tem aspecto pobre e, uma vez acionada, produz som desagradável, mais apropriado a veículos de segmentos inferiores. Na Europa, o EQE 350+ tem preços a partir de 86.810 euros, cerca de R$ 480.000.

Dependendo da versão, o modelo pode receber o conjunto batizado de Hyperscreen. Com 1,41 metro de largura, ele integra o quadro de instrumentos de 12,3”, a tela multimídia OLED de 17,7” e a do passageiro, de 12,3”. Tudo sob a mesma superfície levemente curvada, parecendo um conjunto único. Para o feedback tátil há 12 atuadores sob as telas, que, quando tocados, acionam atuadores, para dar a sensação de resposta física.

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
Versões mais caras trazem painel inteiriço Hyperscreem (Divulgação/Mercedes-Benz)
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A sofisticação tecnológica chega ao ponto de permitir que o passageiro dianteiro assista a conteúdos como streaming de vídeo ou TV com qualidade de imagem e de som digna de cinema. Mas o motorista fica de fora do espetáculo. Por meio de uma câmera, caso o dispositivo note que o condutor esteja olhando para a tela do passageiro, o sistema automaticamente escurece o conteúdo para o condutor. Em compensação, ele pode dedicar sua atenção ao enorme head-up display de 29” (opcional), que projeta imagem colorida a uma distância que parece flutuar a 4,5 m à frente do carro.

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Na ausência do Hyperscreen, o EQE oferece uma solução mais convencional de painel, com tela flutuante de 12,9” e quadro de instrumentos de 12,3”, como na versão 350+.

O sistema de propulsão é o mesmo do sedã EQE. Na Europa, o SUV está chegando nas versões 300 (245 cv, tração traseira), 350+ (292 cv, tração traseira), 350 4MATIC (292 cv, 4×4) e 500 4MATIC (408 cv, 4×4). A marca alemã estima que a versão 350+ seja a preferida, pelo equilíbrio entre desempenho e autonomia. Mesmo pesando 2,5 toneladas, o EQE 350+ faz 0 a 100 km/h em 6,7 s e alcança 210 km/h, segundo a Mercedes.

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
Na dianteira, o console é grande e, na traseira, o piso é plano. (Divulgação/Mercedes-Benz)
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Com bateria de 90,6 kWh, ele é capaz de percorrer entre 484 e 596 km, de acordo com a norma WLTP (condições reais de uso). As versões 4MATIC usam um segundo motor elétrico no eixo dianteiro (de 189 cv) que é desligado automaticamente quando as cargas de acelerador são baixas e/ou as condições de aderência são boas.

Um dos fatores mais importantes para a melhora na autonomia é o apurado coeficiente aerodinâmico. O Cx 0,25 é um bom número para um SUV. Para colocar o valor em perspectiva, esse era o coeficiente do Classe E Coupé lançado há apenas seis anos, sendo agora igualado por um veículo muito mais alto. Segundo o engenheiro Michael Weiss, diretor de plataforma da Mercedes, esse valor é obtido com as rodas Aero de 19 polegadas (o carro avaliado tinha rodas aro 21 ).

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Ao volante 

Logo nos primeiros quilômetros fica evidente a estabilidade do EQE 350+, graças às baterias pesadas no piso, às rodas e aos pneus largos e baixos (265/40 R21). A bordo, existem os habituais programas de condução (Eco, Comfort e Sport), mas, nesta configuração, o EQE 350+ tem sempre um amortecimento bastante firme, a ponto de, após algum tempo, eu ter optado por um ajuste pessoal (Individual), com propulsão, direção e ESP em Sport e a suspensão em Comfort.

Há três níveis de frenagem regenerativa, selecionáveis por meio de borboletas no volante (D+, DAuto e D-). O nível mais forte permite dirigir quase sem tocar no freio, embora não seja exatamente um sistema one pedal drive (o veículo não para totalmente). Na posição intermediária, o sistema escolhe o nível de retenção com base em variáveis ​​como a presença de outros veículos à frente ou a diferença entre a velocidade do carro e o limite legal da via.

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Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Os engenheiros da Mercedes ainda não conseguiram dar uma resposta progressiva ao sistema de freios: o primeiro terço do curso do pedal quase não gera desaceleração e a sensação é falta de resposta. Além disso, no modo de recuperação D+ o pedal do freio baixa um pouco. A ideia é transmitir uma indicação física de que o carro se encontra no nível máximo de desaceleração, mas a solução está longe de agradar. A suspensão é independente nas quatro rodas, e a Mercedes oferece a opção de molas pneumáticas (Airmatic) e amortecedores eletrônicos variáveis.

O nível de silêncio é muito bom, graças aos vidros acústicos nas janelas dianteiras. Para quem não quiser o silêncio, há opção de reprodução de sons ambientes, que a Mercedes propõe como acústica de fundo, mas não aconselho por serem demasiadamente eletrônicos, ficção científica pura.

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
Suspensão firme convida a optar por modo de direção Comfort (Divulgação/Mercedes-Benz)

Conforto a bordo 

Atrás, sem nenhuma intrusão na parte central do piso, o EQE recebe bem três adultos, tanto na largura como no comprimento. Passageiros de até 1,90 m poderão viajar sem desalinhar o cabelo, mesmo com teto panorâmico (que é um pouco mais baixo nas laterais). Como o assento é mais alto que os dianteiros, o efeito de anfiteatro melhora a visibilidade de quem vai atrás.

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O porta-malas para 520 litros é ligeiramente maior que o do BMW iX (500 l), mas bem inferior aos 630 l do Audi Q8 e-tron. O banco traseiro pode ser recuado. Além disso, se for preciso aumentar o espaço no porta-malas, é possível deixar os encostos numa posição mais vertical. Nesse caso, a capacidade do compartimento de bagagem sobe para 580 l, mas com algum sacrifício para os ocupantes.

Mercedes-Benz EQE SUV Press Test Drive, Portugal 2023
Carregamento leva 32 minutos em posto com capacidade de 170 kW (DC) (Divulgação/Mercedes-Benz)

Veredicto Quatro Rodas

Com o mesmo motor do sedã, anda bem e aproveita seu porte maior para garantir conforto para todos a bordo. 

Ficha Técnica – Mercedes EQE SUV

Preço: 86.810 euros
Motor: elétrico, traseiro, PSM (síncrono de ímã permanente), 292 cv e 57,5 kgfm
Bateria: íons de lítio, 90,6 kWh
Câmbio: automático, 1 marcha, tração traseira
Direção: elétrica, 2,1 voltas entre batentes
Suspensão: duplo A (diant.), multibraços (tras.)
Freios: disco ventilado nas quatro rodas
Pneus: 265/40 R21
Dimensões: comprimento, 486,3 cm; largura, 194 cm; altura, 168,5 cm; entre-eixos, 303 cm; peso, 2.430 kg; porta-malas, 520 l
Desempenho*: 0 a 100 km/h, 6,7 s; vel. máxima de 210 km/h; carregamento: 32 min (DC 170 kW), 9h30/4g50 (AC 11 kW/22 kW)

*Dados de fábrica

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