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Nissan Altima 2.5 SL

Bem-sucedido nos Estados Unidos, o discreto Altima quer ser o Fusion da Nissan por aqui

Por Fernando Valeika | Fotos: Isaac Hernández
Atualizado em 9 nov 2016, 08h02 - Publicado em 18 dez 2012, 16h31
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Ser apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro, ao lado de estrelas da grandeza de Ford Fusion ou do brilho de Hyundai HB20, trouxe um risco para um carro racional como o Nissan Altima: não ser notado pelo público brasileiro. Afinal, quando estático, seu design não causa impacto meteórico. No entanto, suas virtudes fazem dele um sucesso de vendas nos Estados Unidos, onde é o terceiro automóvel mais vendido. Ficou atrás apenas do líder Toyota Camry e do Honda Accord, com quem disputou a vice-liderança palmo a palmo – à frente de rivais de respeito como Ford Fusion, Hyundai Sonata e VW Passat. “Como todos esses carros estão no mercado brasileiro, decidimos importar o Altima para reforçar a imagem e as vendas da marca também nesse segmento”, disse à QUATRO RODAS Christian Meunier, ex-presidente da Nissan no Brasil recém-promovido para o Canadá. Para chegar a preço competitivo, o Altima, que será vendido no primeiro semestre de 2013, virá do México. Quanto custará ainda é incógnita, mas a meta é abocanhar clientes do segmento dos sedãs executivos, em especial do Fusion – ou seja, deve ficar em torno de 85 000 reais.

A quinta geração do Altima, que avaliamos num itinerário de 500 km a partir de Los Angeles, progrediu um bocado comparado ao predecessor. Ele mudou tanto que parece pertencer a uma outra categoria quando fica lado a lado com os carros das gerações anteriores. A explicação para esse upgrade tem um nome: Infiniti, a marca premium do grupo, cuja inovação contemplou para valer o novo Altima. “Nossa intenção foi colocar qualidade e tecnologia nesse Nissan que há uma geração só existia nos sedãs da Infiniti”, afirmou o americano Albert Castignetti, vice-presidente da Nissan dos EUA, durante entrevista no Salão de LosAngeles.

Com seus 4,85 metros de comprimento, o Altima foi projetado para ter um apelo menos formal do que o Camry. Faróis em relevo, embutidos no para-choque (e com uma inspiração nos do 370Z), dão um toque refinado, apesar de o conjunto não causar impacto no público que hoje pode optar por modelos mais ousados e atraentes, como Azera e Fusion.

No interior, fazem boa impressão o console de madeira e o revestimento de couro em volante (com aquecimento), portas e bancos, além dos plásticos de boa qualidade, do teto solar, da tela de 7 polegadas e do som Bose. Com a chave no bolso, pode-se dar a partida pressionando o botão da ignição no painel. O sistema Easy Fill ajuda na hora de calibrar os pneus, por meio de sensores que acionam a buzina do carro quando a pressão chega ao ponto desejado. Na versão americana, uma derrapada é a inexistência de um sistema de navegação, tão comum por lá. Mais eficiente foi a parceria com a Nasa, a agência espacial americana, que projetou os bancos dianteiros com regulagem elétrica, confortáveis, mesmo para trechos mais longos de viagem. A diferenciação estaria no desenho, que reduz o atrito muscular e os movimentos bruscos da coluna cervical. Para quem viaja atrás, não há aperto para as pernas e para a cabeça. Cerca de 6 cm mais largo que o Camry, ele só perde para o rival na disputa pelo maior porta-malas: 507 litros, contra 436 litros.

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O carro eleito para o Brasil terá motor 2.5 de 182 cv, que promete rodar 16 km/l na estrada, levar o carro de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e atingir a máxima de 200 km/h, segundo o fabricante. O câmbio é um novo CVT (transmissão continuamente variável), que foi retrabalhado para reduzir o atritos internos e melhorar desempenho e consumo. Por isso, a 100 km/h o motor se mantém a comportadas 1500 rpm, o que também contribui para baixar o nível de ruído. Graças ao uso de ligas de alumínio, o sedã perdeu 60 kg para chegar a 1 410 kg. Assim, o conjunto está agora 17% mais econômico.

Sem sentir trancos ou desconfortos nos engates, o Altima saiu-se bem para encarar tanto o trânsito travado do centro de Los Angeles como as rápidas freeways. Detalhe: graças ao bom isolamento acústico, quase nenhum ruído indesejado invade a cabine ao passar por outros veículos. O mesmo elogio vale para a direção eletro-hidráulica e as novas suspensões (a traseira é multilink), eficientes para absorver as imperfeições do piso e que propiciam um estilo de guiar com amortecimento menos macio quando comparado à média dos sedãs dessa categoria.

Como se vê, oAltima tem qualidades para seduzir o comprador dos sedãs executivos, mas ele vai ter de apostar num preço muito atraente se não quiser ser ofuscado pelo bonito brilho de seus rivais.

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VEREDICTO

Equipado, espaçoso e econômico,
o novo Altima
é um sedã que tenta cativar pelos atributos racionais. Mas no Brasil vai sofrer para encarar rivais mais bonitos, como o Fusion.

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