Consumo de combustível é um dos assunto mais comentado pelos leitores de QUATRO RODAS. No Facebook, aliás, digladiações verbais sobre índices de consumo surreais são comuns por aqui – é tipo um jogo de smartphone (o pessoal costuma acessar a página pelo celular). Um dos comentários mais comuns refere-se ao confronto das nossas médias com as que os donos dos carros conseguem obter – ora inferiores, ora superiores às nossas. O que a gente pode afirmar: o principal agente nas médias de consumo é o motorista. Por isso, pessoas diferentes irão obter números diferentes no mesmo carro – seja por causa da maneira de guiar, terreno, altitude, estado de conservação do veículo e período de rodagem.
Os testes de QUATRO RODAS são constituídos de medições objetivas de aceleração, retomada, consumo, frenagem e nível de ruído interno. Os números levantados servem de base para a análise e comparação dos veículos em uma mesma condição de uso, juntamente com outras informações apuradas pelos repórteres. Os testes são realizados em pista fechada, como o Campo de Provas da TRW, em Limeira (SP). Cada avaliação segue a mesma metodologia, de modo a que todos os carros sejam submetidos aos mesmos esforços e consigam a melhor performance, independente do piloto que faz os ensaios.
Como funciona a medição de consumo?
No caso das medições de consumo, fazemos simulações padronizadas e idênticas, com rotinas específicas que o piloto deve seguir – isso elimina a maior variável na medição (a influência do motorista), e nos ajuda a criar referências a partir das quais diferentes veículos podem ser comparados. São feitas simulações de uso do veículo na cidade e na estrada.
Os ciclos de ensaio são exclusivos da QUATRO RODAS e foram elaborados com base nas normas técnicas NBR 6601 e EU 94/14, para serem aplicados nas pistas utilizadas pela revista. Para chegar às médias são feitas diversas passagens. Os carros rodam nos dois sentidos da pista para anular os efeitos que o vento possa vir a ter sobre os resultados. Caso algo interfira no procedimento, o ensaio é interrompido ou descartado para efeito de cálculos. Os resultados alcançados devem ser passíveis de serem repetidos. Todos os testes são feitos com os vidros e entradas de ar fechados e o ar-condicionado, desligado.
Para iniciar os testes, os pneus são calibrados segundo especificações do fabricante e os tanques são totalmente abastecidos – gasolina no caso de modelos bicombustíveis — salvo exceções, como carros elétricos ou movidos a diesel. Anotam-se ainda, os valores mínimos e máximos de: temperatura, pressão atmosférica e umidade relativa do ar, no dia do teste. A calibragem dos pneus é feita com a borracha fria, com ar, e observando as orientações do manual.
Em todas as passagens, repetimos uma rotina que requer velocidades e passagens de marcha em pontos pré-estabelecidos. Esses dois critérios precisam ser preenchidos em todos os trechos do percurso. Isso garante que o motorista não acelere mais ou menos a cada passagem. E que a pressão no acelerador não varie de motorista para motorista. É isso que garante a repetibilidade do teste. Utilizando o ciclo QUATRO RODAS, qualquer motorista treinado na metodologia é capaz de obter os números com variância desprezível.
QUATRO RODAS também descarta os resultados mínimos e máximos das passagens, calculando a média das passagens intermediárias. Na rua, em condições normais, todos nós podemos conseguir consumos diferentes. Há condições de rodagem que podem até favorecer um consumo superior de forma momentânea. Porém, esses resultados são descartados por nós. Lembre-se: padronizamos as condições da medição para obter comparabilidade entre diferentes carros.
Confira abaixo a lista com os 50 modelos mais econômicos (e que estão no mercado) testados por QUATRO RODAS. Lembrando que alguns modelos lançados recentemente ainda não foram disponibilizados para testes. Outros, mais antigos, ficaram de fora por terem sido testados com parâmetros ou condições diferentes dos demais. O ranqueamento é feito a partir do consumo urbano obtido com gasolina.
Posição | Modelo | Consumo Urbano (km/l) |
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1º | BMW i8 AT | 24,2 |
2º | Toyota Prius Hybrid 1.8 AT | 23,8 |
3º | Ford Fusion Hybrid Titanium AT | 21,3 |
4º | VW Speed Up! 1.0 TSI MT | 14,5 |
5º | VW Take Up! 1.0 MT | 14,2 |
– | VW Fox Bluemotion 1.0 MT | 14,2 |
6º | Smart MHD 1.0 turbo AT | 14,0 |
7º | VW Gol Comfortline 1.0 MT | 13,0 |
8º | Chevrolet Onix LTZ 1.4 AT | 12,9 |
9º | Kia Picanto 1.0 MT | 12,7 |
10º | Audi A1 Sport 1.4 TFSI AT | 12,6 |
– | Chery QQ ACT 1.1 MT | 12,6 |
11º | Ford Fiesta 1.0 EcoBoost AT | 12,5 |
– | Citroën C3 1.2 MT | 12,5 |
– | Ford Ka+ 1.0 MT | 12,5 |
– | Honda City EXL 1.5 CVT | 12,5 |
– | Mercedes-Benz C 180 Avantgarde 1.6 Turbo AT | 12,5 |
– | Peugeot 208 1.2 MT | 12,5 |
12º | Suzuki Swift Sport R 1.6 MT | 12,4 |
13º | Smart Brabus 1.0 Turbo AT | 12,3 |
– | Chevrolet Prisma LTZ 1.4 AT | 12,3 |
– | VW Golf Highline 1.4 TSI AT | 12,3 |
14º | Ford Ka+ SEL 1.5 MT | 12,1 |
15º | Hyundai HB20 1.0 MT | 12,0 |
– | Mini Cooper 2.0 Turbo AT | 12,0 |
16º | Ford Ka SEL 1.5 MT | 11,9 |
17º | Chevrolet Cruze LTZ II 1.4 Turbo AT | 11,8 |
– | Toyota Etios Sedã XLS 1.5 AT | 11,8 |
– | Nissan Versa SV 1.6 AT | 11,8 |
– | Nissan Versa Unique 1.6 MT | 11,8 |
– | VW Golf Variant 1.4 TSI AT | 11,8 |
18º | Nissan March SL 1.6 AT | 11,7 |
– | Audi A3 Sedan Ambiente 1.4 TFSI AT | 11,7 |
– | Toyota Etios XLS 1.5 AT | 11,7 |
– | VW Fox Pepper 1.6 MSI MT | 11,7 |
19º | Ford New Fiesta Sport 1.6 MT | 11,6 |
20º | Ford Ka 1.0 MT | 11,5 |
– | VW Jetta 1.4 TSI AT | 11,5 |
21º | Mercedes-Benz GLA 200 Style 1.6 turbo AT | 11,4 |
– | Fiat Uno Vivace 1.0 MT | 11,4 |
– | JAC J2 1.4 MT | 11,4 |
22º | Chevrolet Onix Activ 1.4 AT | 11,3 |
– | BMW 320i AT | 11,3 |
– | Ford Fiesta S 1.5 MT | 11,3 |
– | Mini Cooper S AT | 11,3 |
23º | Fiat Uno Sporting 1.4 MT | 11,2 |
– | Hyundai HB20 1.6 MT | 11,2 |
– | Mercedes-Benz CLA 200 1.6 turbo AT | 11,2 |
– | Nissan March 1.0 MT | 11,2 |
– | Renault Sandero 1.0 MT | 11,2 |