Ao longo do incomum 2020, vimos até mesmo carros usados se valorizando acima da inflação. Em meio a esse cenário, somado à crise econômica agravada pela covid-19, qualquer economia é bem vinda. Desse modo, QUATRO RODAS relembra os carros mais econômicos testados neste ano.
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Ao todo, são quatro modelos flex e seis híbridos — 50% a mais em relação a 2019, indicando a chegada cada vez maior dessa motorização no mercado nacional. Além disso, os dois veículos inteiramente elétricos que testamos também ganharam seu próprio ranking, que tem tudo para seguir crescendo daqui em diante.
10º: Onix 1.0 Turbo LTZ Manual
Pesando menos de 1.100 kg e com ajuda do turbocompressor, o Onix LTZ testado em fevereiro mostrou porque essa motorização vem caindo no gosto do brasileiro. O consumo urbano atingiu 13,9 km/l e, na estrada, foram bons 16,8 km/l, favorecidos, também, pelo câmbio manual de seis marchas.
9º: Renault Sandero Zen 1.0
Outro hatch compacto, o Sandero Zen atingiu a marca de 14,8 km/l no consumo urbano, enquanto na estrada foram 17,3 km/l. A eficiência do motor B4D foi suficiente para superar o Onix com apenas cinco marchas (de escalonamento curto) e sem turbo. O peso de ambos é praticamente o mesmo, diga-se.
8º: Hyundai HB20 Evolution 1.0
Segundo colocado na guerra interna da categoria, o HB20 recorreu ao velho conhecido motor Kappa 1.0 tricilíndrico, lançado em 2011. Mas a despeito da idade, o conjunto recebeu melhorias no diferencial, anéis de sincronização e outros aspectos mecânicos.
A mudança fez o hatch saltar de 12,8 km/l para 15 km/l na cidade, em relação a versões anteriores. Na simulação de estrada, o HB20 testado por QUATRO RODAS chegou a 17,8 km/l.
7º: Onix RS 1.0
Testado em novembro, o Onix RS faz jus à sigla e não muda mais que aspectos estéticos em relação às outras versões do campeão de vendas. A presença do câmbio automático, entretanto, colocou essa versão do hatch em sétimo na lista: 15,4 km/l no ciclo urbano e 17,1 km/l no rodoviário. 1 a 0 para a máquina contra o operador humano.
6º: Kia Niro ECO Hybrid
Daqui em diante, só híbridos. O primeiro deles é também o único da lista que não pode ser carregado na tomada, dependendo de mecanismos de recuperação de energia da frenagem para melhorar o consumo.
Mais promessa que realidade, o SUV Niro, da Kia, juntou motor 1.6 16V com injeção direta de gasolina de 105 cv ao elétrico de 44 cv — coordenados pelo câmbio de dupla embreagem com seis marchas. O consumo final foi de 15,7 km/l na cidade e 18,5 km/l na estrada.
5º: Volvo XC60 T8 Polestar Engineered
A versão de topo do XC60 esbanja potência com seus 407 cv. Se tratando de um híbrido plug-in, também fica mais fácil do motor elétrico fazer sua parte e elevar o consumo do consagrado utilitário.
Além do 2.0 turbo a gasolina, há também motor elétrico elétrico traseiro que permite o ‘mamute’ de duas toneladas atingir consumo urbano de 18,8 km/l. Como é justamente nessas condições em que o seu propulsor elétrico atua melhor, esses números são superiores ao consumo rodoviário, de 16,8 km/l.
4º: MINI Countryman S E All4 Exclusive
Como bom inglês, o Countryman se sai bem nos números e chama atenção com seu estilo autêntico. Não dá para chamar de pequeno um carro que compartilha a plataforma da BMW X2, mas o Countryman S E All4 Exclusive é bem mais leve que o XC60 (1.715 kg), o que ajuda a cravar o quarto lugar no ranking.
O MINI parece imitar os hatches brasileiros ao optar por um motor 1.5 três-cilindros e turbo para queimar, com 136 cv de potência, sua gasolina. Do outro lado, um elétrico de 88 cv eleva a potência combinada a 224 cv e o torque a 39,2 kgfm. No fim, são 20,8 km/l de consumo no ciclo urbano.
3º: Volvo XC40 T5 R-Design Twin Engine
O XC40 é menos potente que seu ‘irmão’ XC60: o SUV intermediário da Volvo conta com motor 1.5 turbo de 180 cv e elétrico de 82 cv, combinando potência de 262 cv e torque de 43,3 kgfm.
Mas quando o assunto é consumo, o jogo vira, já que o XC40 testado por QUATRO RODAS atingiu elogiáveis 24,6 km/l na cidade, garantindo-lhe o pódio de 2020. Comum nos híbridos, o desempenho na estrada foi um pouco pior: 22,3 km/l.
2º: BMW Série 3 330e M Sport
Você achou que a Alemanha ficaria de fora de um ranking de eficiência? Ingênuo…
O luxuoso sedã da BMW utiliza um regime diferente: ou o motor a combustão move sozinho o carro ou serve como gerador de energia às baterias, que movem o motor elétrico. Nesse esquema, o resultado mostrou-se acertado: foram 25,6 km/l no ciclo urbano e 29,4 km/l no rodoviário. De quebra, 292 cv e 42,8 kgfm fazem desse modelo o mais potente da Série 3 no Brasil.
1º: Volvo XC90 T8 Inscription
Mais uma ‘medalha’ para a Volvo, que garantiu o primeiro lugar com seu SUV grande XC90 e, assim, garantiu a dobradinha no pódio.
Ele não é barato (cerca de R$ 459 mil), mas faz sucesso justo pela DNA de luxo e segurança da sueca e do ótimo desempenho, atingido pela combinação de seu motor 2.0 turbo com o motor elétrico traseiro.
Ao todo, os 2.354 kg são movidos por nada que 407 cv de potência combinada e torque total de grandiosos 65,3 kgfm. Não surpreende o consumo campeão de 34,5 km/l na cidade.
Ranking dos elétricos:
2º: Audi e-tron Quattro
A popularização dos veículos elétricos vem deixando muita gente confusa. Nada de motor 1.0 ou 2.0, válvulas ou trocas de óleo, por exemplo. O consumo também muda, e os km/l dão lugar aos quilômetros por kilowatts-hora (km/kWh).
O vice-campeão desse ranking (ou último, dependendo da sua referência) é o tecnológico Audi e-Tron, que testamos em abril. O SUV conta com um motor dianteiro e outro traseiro, distribuindo potência aos respectivos eixos. No total, são 408 cv e o impressionante torque de 67,5 kgfm, que garantem 4,7 km/kWh de consumo e autonomia, segundo a Audi, de 436 km.
1º: Peugeot e208 GT
Se nos carros a combustão são os hatches que dominam, no universo dos EVs a lógica se repete, e quem venceu nesse ranking foi o novo e208, lançado pela Peugeot.
Sem abusar de tecnologias e design ousado, o e208 é mais pé-no-chão, com a proposta de ser ‘apenas’ um carro normal movido a energia elétrica. Para isso, a francesa optou por sistema de recuperação de energia cinética mais discreto, e motor sem números assustadores: 136 cv e 26,5 kgfm.
Leve, o hatch se adaptou bem à convivência com os elétrons e entregou consumo de 6,5 km/kwh.
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