8346 km
Desde a reportagem sobre dirigir com economia, faço questão de melhorar minha marca de consumo na Via Dutra, em direção ao Rio de Janeiro. O cenário era bastante favorável: feriado só na cidade de São Paulo e com previsão de chuva no litoral. Estrada vazia, portanto, e uma ótima oportunidade de avaliar, com mais atenção, o consumo de nosso i30.
O computador de bordo não tem funcionamento tão prático. Os registros de consumo médio e quilometragem parcial precisam ser zerados separadamente, quando o normal é fazer tudo junto. E em vez de km/l ele usa a unidade europeia, litros/100 km. Nessa conta ao contrário, quanto menor o valor, melhor.
Por isso o número que aparecia no painel não me empolgava: logo antes do primeiro pedágio, a tela digital azul registrava 11,8 (equivalentes a 8,5 km/l), sempre com ar-condicionado ligado. A velocidade média (88 km/h, numa estrada com limite entre 100 e 120 km/h) mostra que trânsito não era problema.
Conforme a estrada ganhou relevo, desliguei o piloto automático. Seu conforto é inegável, mas, em nome de manter a velocidade programada, ele fica variando bruscamente a aceleração a cada subida e descida – quando o ideal, do ponto de vista do consumo, é variar suavemente. Nessa hora, o mais econômico é comandar o acelerador com os próprios pés. Para afinar a comunicação, a pedida é usar um par de tênis de solado sensível, tipo All Star.
O número melhorou para 11,4 em Roseira (SP), para 11 redondos em Resende (RJ) e alcançou 10,6 em Nova Iguaçu (RJ). Mas continuou alto. Equivale a 9,4 km/l, bem distantes dos 12,8 km/l registrados pelo nosso C4 Pallas – e olha que ele pegou três horas de congestionamento na estrada.
A transmissão automática não ajuda o i30. O escalonamento do câmbio até que é bem feito – a 100 km/h, o motor trabalha a confortáveis 2 500 rpm. Mas, como a maioria de nossos carros médios, tem apenas quatro marchas. O consumo de um carro com quatro marchas varia mais, conforme a condição de uso, do que o de um carro com cinco marchas. Isso porque aumenta a chance de o motor funcionar distante de seu ideal. Bastou andar com limite de velocidade um pouco mais baixo (80 km/h, na avenida Brasil) para o consumo melhorar bastante: 13,7 km/l.
Esperava melhorar a marca do i30 na viagem de volta, mas a chuva e o trânsito invalidaram a prova. Já em São Paulo, o i30 teve seu para-choque dianteiro raspado por um motoboy que nem quis parar. Como resultado, há dois pequenos riscos paralelos na borda da peça. Como o dano é mínimo, e apenas estético, vamos orçar o reparo da pintura apenas na primeira revisão do i30, aos 10 000 km.
Principais ocorrências
6623 km: ralado no para-choque
Consumo
No mês (31,1% na cidade): Gasolina – 9,1 km/l
Desde dez/09 (32,1% na cidade): Gasolina – 9,5 km/l