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Teste: a revolução sutil do Volkswagen Passat

Na oitava geração, o Passat mudou por inteiro e ficou melhor. Mas, se ele passar rápido, você pode não notar. Já o preço...

Por Isadora Carvalho
Atualizado em 12 Maio 2017, 16h07 - Publicado em 4 fev 2016, 16h37
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  • Se por fora parece que mudou pouco, por dentro é outro carro
    Se por fora parece que mudou pouco, por dentro é outro carro (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Cabine toda redesenhada, interior mais espaçoso, tecnologias inéditas, motor mais econômico. E o design? Bem, também é novo, mas não estranhe se seu vizinho não perceber o que mudou no Passat. A carroceria está tão semelhante à antiga que parece mais um facelift – na verdade, essa é a oitava geração.

    Ótimo para quem faz questão de discrição, ruim para quem gosta de novidade. Faróis e lanternas dianteiras estão mais afilados e horizontais, com a assinatura em leds na parte inferior. O capô ficou mais baixo e curto. A grade frontal foi alargada e há maior quantidade de cromados externos.

    Se por fora as modificações são sutis, por dentro a cabine está com outra cara. Perdeu o ar careta e ganhou um painel bem diferente do que vemos nos Volks em geral. De ponta a ponta, há um elemento horizontal que simula uma enorme saída de ar única.

    Interior traz elementos distintos da linha VW, como a forma contínua das saídas de ar
    Interior traz elementos distintos da linha VW, como a forma contínua das saídas de ar (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Também é bem-vindo o espaço interno maior, devido ao aumento do entre-eixos em 7,9 cm. A área livre no banco traseiro impressiona: com meu 1,74 metro de altura, consegui cruzar as pernas sem dificuldade.

    Isso só foi possível porque o sedã utiliza a flexível plataforma MQB (igual à do Golf). O ganho de espaço veio com as rodas posicionadas mais próximas às extremidades, mas praticamente sem mexer no comprimento total (ele está só 0,2 cm menor). O sedã também ficou 1,2 cm mais largo e 1,4 cm mais baixo.

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    Os assentos dianteiros são elétricos e aquecíveis
    Os assentos dianteiros são elétricos e aquecíveis (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Entre as melhorias, destaque para a tecnologia. O Passat é o primeiro modelo da Volkswagen a usar uma tela no lugar do quadro de instrumentos – o layout é configurável pelo motorista. Ela não apenas é bonita, mas também funcional. O único problema: o recurso está disponível somente como opcional.

    Painel digital está disponível só como opcional
    Painel digital está disponível na versão Highline (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Ao volante, o carro continua priorizando o conforto: a suspensão recalibrada absorveu bem as irregularidades e não raspou em buracos e valetas das ruas de São Paulo, apesar da menor altura do solo – consequência dos balanços dianteiros mais curtos.

    A roda de liga leve aro 18 tem novo desenho
    A roda de liga leve aro 18 tem novo desenho (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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    O sedã traz motor 2.0 TSI de 220 cv e 35,7 mkgf (9 cv e 7 mkgf a mais que antes) e câmbio DSG de dupla embreagem, mesmo do Golf GTI. No nosso teste com gasolina, ele provou estar mais econômico: 9,7 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, contra 9,1 e 12,1 do anterior – crédito para a injeção direta remapeada. Embora a VW afirme que o desempenho melhorou, não foi o que vimos na pista: no 0 a 100 km/h, fez os mesmos 7,1 s da linha 2015.

    O motor 2.0 TSI ficou mais econômico
    O motor 2.0 TSI ficou mais econômico (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Também estreia com novos itens de segurança. Em caso de situação próxima a de uma colisão, o Pro Active fecha vidros e pré-tensiona cintos, puxando os ocupantes contra o banco, e o Front Assist prepara os freios, aproximando as pinças para uma frenagem mais rápida.

    Há ainda o City Emergency Braking, que até 30 km/h freia o veículo sozinho. Caso o acidente ocorra, após o acionamento dos airbags, um sistema para totalmente o carro a fim de evitar outra batida. O único opcional é o teto solar panorâmico, que custa R$ 5.800.

    Escapamento ganhou desenho trapezional
    Escapamento ganhou desenho trapezional (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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    Importado da Alemanha, o sedã parte de R$ 164.800 na configuração Comfortline. A Highline custa R$ 177.432 e acrescenta câmera traseira, bancos elétricos aquecidos (com massagem para o motorista), faróis adaptativos, ar-condicionado tri-zona, piloto automático adaptativo e o City Emergency Brake.

    O preço não é seu forte: é mais caro e menos potente que o principal rival, o Ford Fusion 2.0 EcoBoost Titanium AWD (R$ 158.700 e 248 cv), com nível equivalente de itens de série. Mas isso não tira o mérito do Passat, que oferece espaço, conforto e tecnologia para quem não gosta de chamar a atenção.

    Avaliação do editor

    Motor e Câmbio – O motor está mais econômico e o 0 a 100 km/h de 7,1 impõe respeito para um sedã.

    Dirigibilidade – A suspensão é calibrada para priorizar o conforto: quase não se sentem as imperfeições do asfalto das nossas ruas.

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    Segurança – Além dos airbags laterais e de cortina, recebeu cinco estrelas nos crash tests e oferece requintes como freio autônomo e Pro Active, que prepara o carro para colisões.

    Seu bolso – O preço aumentou mais de R$ 10.000. Ficou mais caro que o Fusion top de linha, e no mesmo nível de Mercedes C 180 Avantgarde e Audi A4 Ambiente.

    Conteúdo – Há um bom pacote de equipamentos desde a versão de entrada. Mas as principais novidades em segurança e tecnologia são opcionais.

    Vida a bordo – O ótimo espaço interno torna a convivência muito agradável, especialmente no banco de trás.

    Qualidade – Acabamento interno é esmerado e usa materiais de ótima qualidade.

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    Veredicto

    Em sua oitava geração, o Passat está claramente melhor em espaço e tecnologia (especificamente de segurança), mas fica devendo em preço e design (está parecido demais com a versão antiga).

    Teste de pista (com gasolina) – VW Passat Highline 2.0 TSI

    ACELERAÇÃO
    de 0 a 100 km/h: 7,1 s
    de 0 a 1000 m: 27 s – 202 km/h
    VELOCIDADE MÁXIMA: 246 km/h (dado de fábrica)
    RETOMADAS
    de 40 a 80 km/h: 2,8 s
    de 60 a 100 km/h: 3,6 s
    de 80 a 120 km/h: 4,3 s
    FRENAGENS
    60 / 80 / 120 km/h a 0: 14,8 / 24,6 / 59 m
    CONSUMO
    Urbano: 9,7 km/l
    Rodoviário: 13 km/l
    RUÍDO INTERNO
    Neutro / RPM máximo: 34 / 72,2 dBA
    80 / 120 km/h: 59,8 / 67,1 dBA
    AFERIÇÃO
    Velocímetro / real: 100 / 97,8 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em D: 1.600 rpm
    Volante: 2,8 voltas
    SEU BOLSO
    Preço: R$ 177.432
    Garantia: 3 anos
    Concessionárias: 636
    Seguro: n/d
    Motor gasolina, diant., transversal, 4 cilindros, 1 984 cm³, 82,5 x 92,8 mm, 9,6:1, 220 cv a 4 500 rpm, 35,7 mkgf a 1 500 rpm
    Câmbio automático, 6 marchas, tração dianteira
    Direção elétrica, 11,7 m (diâmetro de giro)
    Suspenção McPherson (diant.), braços múltiplos (tras.)
    Freios disco ventilado (diant.), disco sólido (tras.)
    Pneus 235/45 R18
    Peso 1.499 kg
    Peso/potência 6,8 kg/cv
    Peso/torque 42 kg/mkgf
    Dimensões comprimento, 476,7 cm; largura, 183,2 cm; altura, 147,6 cm; entre-eixos, 279,1 cm; porta-malas, 586 l; tanque de combustível, 66 l
    Equipamentos de série airbags laterais e de cortina, ar-condicionado de três zonas, bancos de couro, controle de estabilidade (ESP), controle de tração (ASR), rodas de liga leve aro 18, retrovisores rebatidos eletricamente, central multimídia, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, Isofix, Start-Stop, detector de fadiga, sensores de farol e chuva.
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