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Teste: Audi A3 Sedan foge do conservadorismo para sobreviver aos SUVs

Com mudanças visuais discretas, mas muita eletrônica, modelo será vendido no Brasil, só que ainda não tem data para chegar

Por Joaquim Oliveira, de Ingolstadt (Alemanha)
13 out 2020, 07h59
A versão topo de linha traz faróis de led matriciais (Divulgação/Audi)

A vida de sedãs como o Audi A3 nunca foi fácil na Europa porque eles sempre enfrentaram a concorrência das peruas, muito procuradas naquele continente. Com o advento dos SUVs, a coisa complicou (para sedãs e peruas), porque os europeus passaram a preferir os utilitários.

Os hatches médios se mantêm firmes, pelo menos até agora, ao contrário do que ocorre no Brasil. São poucos os modelos do segmento C que continuam a dispor de carroceria de três volumes.

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E os que ainda seguem fiéis a esse perfil é porque encontram compradores em países como a Espanha e a Turquia. Ou são exportados para mercados como o do Brasil, por exemplo.

1.5 de 150 cv é do tipo híbrido parcial, que tem ajuda do alternador nas arrancadas e ultrapassagens (Divulgação/Audi)

Por aqui, embora os SUVs também tenham provocado baixas, o problema é outro: o preço. Desde agosto de 2019, quando começaram a surgir as primeiras imagens do novo A3, a Audi do Brasil diz que está analisando a oferta do carro em nosso mercado.

Mas até agora, nada. Como uma fonte da matriz revelou que o A3 não será produzido aqui, resta esperar pela importação. Segundo um executivo da empresa no Brasil, o A3 Sedan virá, mas ainda não se sabe quando será a estreia.

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Sedã cresceu 4 cm no comprimento, mas distância entre-eixos não aumentou (Divulgação/Audi)

O A3 chegou à quarta geração e, como nas vezes anteriores, pode se referir a essa edição como uma evolução da continuidade, quando se analisa seu visual.

No exterior, o design se apresenta com os vincos mais vivos nas laterais, na traseira e no capô, além do perfil da carroceria alongado para destacar a traseira, na comparação com o Sportback.

São poucos os sistemas a bordo com acionamento por botões (Divulgação/Audi)

Na frente, voltamos a encontrar a grade hexagonal ladeada por faróis de led, de série (Matrix digitais nas versões de topo), assim como nas lanternas traseiras horizontais.

Com 4 cm a mais no comprimento, 2 a mais na largura e 1 a mais na altura, dificilmente se nota à primeira vista que o sedã ficou maior. Até porque a distância entre-eixos não mudou.

Visores digitais dão ar futurista à cabine (Divulgação/Audi)

O espaço interno não sofreu alterações. Na primeira fila é o mesmo. Da mesma forma que a área para pernas, no banco de trás (é suficiente para ocupantes até 1,90 m).

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O porta-malas segue com 425 litros. Face ao A3 Sportback são 45 litros a mais, mas o sedã é menos funcional porque a boca do compartimento é mais estreita.

Câmbio automatizado tem minialavanca (Divulgação/Audi)

O acabamento é de qualidade superior, como se espera de um carro do segmento premium, tanto no que se refere à montagem quanto aos materiais.

O interior respira modernidade graças aos monitores digitais tanto na instrumentação (de 10,25” e, opcionalmente, 12,3” com funções ampliadas) como na central multimídia (de 10,1”, levemente direcionada para o motorista).

(Divulgação/Audi)

A bordo, a tecnologia se destaca. Restam poucos comandos físicos, como os de ar-condicionado, sistemas de tração/controle de estabilidade e os que existem no volante multifuncional, ladeado por duas grandes saídas de ventilação.

A versão que dirigimos é a 35 TFSI MHEV, equipada com motor 1.5 de 150 cv do tipo híbrido parcial, e câmbio automatizado de sete marchas.

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Pode-se carregar o celular por indução (Divulgação/Audi)

Além do motor térmico, ela vem com o sistema elétrico de 48 V (com alternador/motor), que pode gerar força extra de até 12 cv e 51 kgfm, além de permitir que o A3 role até 40 segundos com o motor térmico desligado, para economizar combustível (a poupança anunciada é de 0,5 litro/100 km).

Na prática, dá mesmo para sentir esse impulso elétrico em retomadas de velocidade, que até são bem mais úteis do que se o rendimento acrescido se notasse nas arrancadas: que são menos frequentes e favorecidas pela função kickdown (com a redução instantânea das marchas).

O espaço interno continua bom (Divulgação/Audi)

A suspensão do A3 35 TFSI é do tipo McPherson, na frente, e multibraços, atrás. Essa configuração é beneficiada também pelo sistema de amortecimento variável que tem a altura em relação ao piso 10 mm mais baixa, que permite tirar proveito dos programas de dirigir.

Isto porque o comportamento do A3 oscila de forma nítida entre mais confortável ou mais esportivo. Não só porque a sus- pensão se torna mais dura ou mais suave (mais estável no primeiro caso, mais confortável no segundo) como também a transmissão adota programas com respostas similarmente distintas, com influência direta no desempenho do motor.

no porta-malas cabem 425 litros de bagagem (Divulgação/Audi)

Os amantes da esportividade apreciarão também a direção progressiva: quanto mais o motorista gira o volante, mais direta a sua resposta se torna.

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Apesar de parecer um projeto conservador, para boa parte dos consumidores, em nosso test-drive, o novo A3 Sedan se revelou bem mais esportivo que muito SUV.

Veredicto

Bonito, bem-acabado e avançado tecnologicamente, o novo a3 teria boas chances de sucesso em nosso mercado (com preço compatível).

Ficha técnica

Preço: 32.150 euros (na Alemanha)
Motor: gas., diant., transv., 4 cil., 16V, turbo, injeção direta, 1.498 cm3, 74,5 x 85,9 mm, 150 cv a 5.000 rpm, 25,5 kgfm de 1.500 a 3.500 rpm
Câmbio: automatizado, 7 marchas, dianteira
Suspensão: McPherson (dianteira), multibraços (traseira)
Freios: disco ventilado (diant.) e sólido (tras.)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 225/40 R18
Dimensões: compr., 449,5 cm; larg., 181,6 cm; alt., 142,5 cm; entre-eixos, 262,6 cm; peso, 1.395 kg; tanque, 50 l; porta-malas, 425 l
Desempenho:
0 a 100 km/h, 8,4 s;
Velocidade máxima,
232 km/h

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