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Teste: BMW X7 é SUV de (muito) luxo tamanho família

X7 coloca BMW em rol exclusivo de SUVs grandes e de alto luxo, como Range Rover Vogue, Mercedes-Benz GLS e Cadillac Escalade

Por Igor Macario
Atualizado em 14 Maio 2021, 19h23 - Publicado em 16 nov 2020, 10h00
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  • BMW X7
    Grade enorme domina dianteira do X7 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O novo BMW X7 é grande. Ele mede 5,15 m de comprimento, 1,8 m de altura, 2 m de largura e tem 3,1 m na distância entre-eixos. Sua cabine acomoda sete adultos com conforto e ainda sobra espaço para 326 litros de bagagem (o mesmo que um hatch compacto). Mas não é apenas nas dimensões que o X7 supera a média dos SUVs que normalmente se veem pelas ruas. Quem viaja na terceira fila tem luz ambiente, porta-copos, USB e também consegue desfrutar do teto solar panorâmico.

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    O irmão crescido do X5 é exagerado em tudo. Seu design não disfarça as dimensões. A dianteira segue a nova linguagem visual da marca, em que a grade ampliada é o elemento predominante. A linha de cintura é alta e a área envidraçada, ampla, enquanto as rodas aro 22 fazem o contraponto, dando peso ao conjunto.

    Não temos evidências de problemas nos carros brasileiros da BMW
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Na traseira, a tampa do porta-malas é bipartida para facilitar a abertura e as operações de carga e descarga. No conjunto, o X7 exibe volumes proporcionais e um visual elegante.

    Para quem gosta de acabamento luxuoso, além dos materiais de qualidade superior que estamos acostumados a encontrar nos BMW, como madeira, alumínio e couro, o X7 tem cristais Swarovski na manopla do câmbio e nos botões de partida, do iDrive e do controle do som. Entre os equipamentos, começando pelos faróis, eles são a laser e, segundo a fábrica, iluminam até 600 metros, quase o dobro das lâmpadas convencionais.

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    Até mesmo a condensação causada por bebidas geladas no console pode causar o problema, afirmam
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    E, na cabine, a iluminação fica a cargo de 15.000 elementos, segundo a BMW, com a possibilidade de se escolher a cor predominante em uma paleta com seis opções.

    O X7 eleva o padrão do conteúdo mesmo para um modelo do segmento premium. Seu ar-condicionado permite ajustes independentes para cinco zonas da cabine: na primeira e na segunda fila, dos lados direito e esquerdo, e na terceira fila. E o motorista e o passageiro da frente têm ainda um porta-copos térmico, com duas vagas, que pode manter as bebidas geladas ou aquecidas, dependendo da necessidade.

    BMW X7
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Para acessar a terceira fila, basta acionar o banco elétrico da segunda fila, que faz todo o esforço sozinho, avançando e rebatendo o assento para liberar a passagem. Com a terceira fila rebatida, a capacidade do porta-malas sobe para 750 litros e rebatendo a segunda fila pula para 2.120 litros, com espaço comparável ao de uma van de carga.

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    A essa hora você deve estar se perguntando o preço deste SUV. E, assim como nas demais características, ele também fica acima da média do mercado: R$ 815.950, enquanto o X5, com a mesma motorização, custa R$ 628.950. O X7 é vendido em versão única, sem opcionais.

    BMW X7
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No painel do X7, há duas telas de alta resolução, uma para os instrumentos, que é configurável, e outra para a central multimídia, que reconhece comandos de voz, por meio do sistema de assistência IPA (Intelligent Personal Assistant), e de gestos. Para aumentar o volume do som, por exemplo, basta apontar para a tela e fazer movimentos circulares com o indicador. Quem viaja na segunda fila tem à disposição duas outras telas de 10,2” para dispositivos de entretenimento e conectividade.

    Quer estacionar o carro? Sem problemas: o sistema de assistência a manobras, junto com o GPS, é capaz de procurar vagas nas ruas ou nos estacionamentos próximos. Chegando ao ponto, o motorista pode optar por deixar o equipamento trabalhar ou fazer ele mesmo a manobra, usando as câmeras 360 graus, com opção de visão de cima, panorâmica ou 3D.

    BMW X7
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Na hora de sair, existe a possibili-dade de recorrer ao sistema reverso (Reversing Assist), que memoriza o traçado e o executa na sequência inversa. O sistema de som é um show à parte: da marca inglesa B&W, o conjunto conta com 20 alto-falantes e 1.500 watts de potência.

    Se o seu interesse está no desempenho, on e off-road, o X7 conta com motor V8 4.4 biturbo, que entrega nada menos que 530 cv de potência, a 5.500 rpm, e 76,4 kgfm de torque, entre 1.800 e 4.600 rpm. Na transmissão, o câmbio é automático de oito marchas e a tração 4×4. Em nossa pista de teste, o BMW acelerou de 0 a 100 km/h em 4,95 segundos e retomou de 60 a 100 km/h em 2,5 segundos.

    BMW X7
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Tudo de bom para um carro que pesa quase 2,5 toneladas (2.480 kg, sendo mais preciso). Só o consumo que não empolga. As médias na pista de testes foram de 5,7 km/l, na cidade, e 8,2km/l, na estrada.

    O X7 tem cinco modos de condução (Eco Pro, Confort, Sport, Adaptive e Auto) que ajustam as respostas de motor, transmissão, suspensão e direção. De modo geral, todas as calibragens priorizam o conforto, mesmo no modo Sport. A direção é sempre leve. E a suspensão macia. A diferença mais evidente entre o modo Confort e Sport está no fato de a carroceria oscilar menos nas curvas, quando o Sport é selecionado.

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    No caso do motor, as mudanças no modo de uso incluem o ronco que fica mais silencioso no Confort, e alto no Sport. E, para o uso off-road, há qua-
    tro modos de funcionamento só para a suspensão para que o carro consiga a melhor aderência (transmissão de força) na areia, pedra, cascalho e neve).

    A suspensão do X7, com estrutura duplo A, na dianteira, e multilink, na traseira, é ativa e tem molas pneumáticas. No asfalto, além de filtrar as irregularidades e controlar a carroceria, ela também ajusta sua altura de acordo com a velocidade. E, nas situações de carga e descarga, ela também pode ser rebaixada em até 4 cm (na posição regular, o vão livre mede de 18,3 cm).

    BMW X7
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A direção com assistência elétrica é ajudada pelo eixo traseiro direcional, que faz o SUV parecer menor do que é. No trânsito ou dentro de um estacionamento, as rodas traseiras esterçam no sentido contrário às dianteiras, diminuindo o diâmetro de giro. Na estrada, as rodas traseiras acom-
    panham o movimento das dianteiras, deixando o carro mais rápido e estável nas curvas e mudanças de faixa.

    Os freios contam com discos ventilados nas quatro rodas e pinças azuis com quatro pistões, na frente, e um, atrás. Na pista de testes, o sistema cumpriu seu papel com louvor: vindo a 80 km/h, o SUV precisou de apenas 24 metros para parar. A segurança é outra área em que a BMW caprichou ao projetar o X7, que, além dos airbags frontais e laterais, traz airbags de cabeça para os bancos traseiros, freio automático de descida, controle de estabilidade, piloto automático adaptativo, sensor de pontos cegos e alerta de mudança involuntária de faixa.

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    Lançado em 2018, já como linha 2019, o X7 é o primeiro SUV desse porte na marca. Mas entra em um segmento com representantes ilustres como Mercedes GLS, Range Rover Vogue e Cadillac Escalade, que fazem sucesso no mercado norte-americano. Isso explica seu exagero e o comportamento dinâmico.

    Teste

    Aceleração
    0 a 100 km/h (s): 5
    0 a 1.000 m (s; km/h): 23,8/255,5

    Velocidade Máxima (kM/h*): 250 (lim. eletronicamente)

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h (s): 2
    D 60 a 100 km/h (s): 2,5
    D 80 a 120 km/h (s): 2,9

    Frenagens
    120/80/60 km/h – 0 (m): 53/24,1/13,2

    Consumo
    Urbano/rodoviário (km/l): 5,7/8,2

    Ruído Interno
    PM/ Rot. máx./80/120 km/h (dBA): 40,1/67/60,7/65,7

    Aferição
    Velocidade indicada (km/h): 100
    Velocidade real (km/h): 98
    Rotação do motor (rpm): 1.500

    Seu Bolso
    Preço (R$): 815.950
    Garantia: 2 anos
    Concessionárias: 48

    Ficha técnica

    Motor: gasolina, dianteiro, longitudinal, V8, biturbo, injeção direta, 32V, coletor de admissão variável, comandos de válvulas variáveis, 4.395 cm3, 88,3 x 89 mm; 530 cv a 5.500 rpm, 76,4 kgfm entre 1.800 e 4.000 rpm câmbio: automático, 8 marchas, 4×4, direção: elétrica; diâmetro de giro, 13 m suspensão: duplo A (diant.), multilink (tras.) com bolsas de ar, freios: disco ventilado (dianteiro e traseiro) pneus: 275/40 R22 (diant.) e 315/35 R22 (tras.) dimensões: comprimento, 515,1 cm; largura, 200 cm; altura, 180,5 cm; entre-eixos, 310,5 cm; vão livre do solo, 18,3 cm; porta-malas, 326 l; tanque de combustível, 83 l; peso, 2.480 kg; peso/potência, 4,7 kg/cv; peso/torque, 32,4 kg/kgfm

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