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Teste: Novo Chevrolet Onix RS tem visual instigante, mas emoção é limitada

Versão tem apelo esportivo, mas conjunto mecânico é o mesmo das demais versões turbinadas, com 1.0 turbo de 116 cv e câmbio automático

Por Thiago Silva, Igor Macario
Atualizado em 9 out 2020, 23h14 - Publicado em 8 out 2020, 16h25
Visual tem apelo esportivo com spoiler dianteiro e grade preta
Visual tem apelo esportivo com spoiler dianteiro e grade preta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Quando a GM anunciou o lançamento de um Onix RS, todos ficamos animados com um potencial rival para modelos como VW Polo GTS e Renault Sandero RS. Ainda mais depois de alguns flagras de unidades camufladas, que deixavam aparecer alguns detalhes externos, mas sem pista do que estaria sob o capô.

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Confira o vídeo:

Agora, após por as mãos no carro, vem a constatação de que se trata de mais uma versão “esportivada”, que tantas vezes já vimos. Antes do Onix RS, a própria GM já tinha nos presenteado com modelos como Astra, Corsa e até Meriva SS, que, a despeito do visual interessante, não tinham mudanças mecânicas.

Versão esportivada RS foi uma das novidades da Chevrolet para o Onix em 2020
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Isso porque o Onix RS tem sob o capô o já conhecido 1.0 turbo de 116 cv das outras versões do hatch. O câmbio, pasmem, é automático de seis marchas, num conjunto competente, mas que não transpira lá muita esportividade. Não tem modo “Sport” ou trocas sequenciais na alavanca, tampouco borboletas no volante.

ONIX RS
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A suspensão também não tem mudanças, bem com o conjunto de rodas e pneus, das mesmas dimensões das versões LTZ e Premier do Onix, com 16 polegadas.

Se o 1.0 turbo pode não despertar grandes emoções, o visual ao menos é bem acertado. O modelinho chama atenção pode onde passa, e ainda ostenta emblemas RS na grade dianteira e na tampa do porta-malas.

ONIX RS
Tela central mostra velocímetro digital e computador de bordo (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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A grade, aliás, é de plástico preto brilhante, que ganha destaque no modelo branco das fotos. Os faróis têm mascaras escuras, bem como a capa dos retrovisores externos e os emblemas, também pintados de preto. O Onix RS também ganha luzes diurnas de led, e perde os faróis de neblina do LTZ, na qual é baseada.

A rodas do RS têm desenho exclusivo, mas que é difícil de ver com a pintura preta também aplicada. Há também saias laterais.

ONIX RS
Bancos têm revestimento de couro e tecido (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Atrás, um spoiler bem maior é destaque no alto da tampa traseira. Já o para-choque ganhou um aplique extra. Curioso é o vão onde entraria uma lanterna traseira de neblina, presente nos Onix 2020, mas eliminada na linha 2021 e que o RS não chegou a tê-la.

O visual é bem acertado e é a principal razão de decisão pela compra da versão, que custa apenas R$ 1.000 a mais que a LTZ.

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ONIX RS
Chave é convencional na versão RS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por dentro, não há muito mais do que o básico. A versão ganha uma cabine toda escura, com painel, bancos e teto pretos. Há itens como ar-condicionado, direção assistida, trio elétrico e central multimídia.

A versão RS, como o restante da gama, tem central com tela maior, de 8 polegadas, a mesma do Tracker. Os air-bags laterais e de cortina continuam, bem como os controles de estabilidade e tração.

ONIX RS
Banco traseiro é bom para adultos de estatura no máximo mediana (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Só que o RS já nasceu com o regime na lista de equipamentos sofrido pela linha 2021 do Onix. Isso significa que o modelo deixa de fora alguns itens importantes, que brilhavam na lista antiga de equipamentos.

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O RS não traz carregador sem fio para celulares e portas USB para o banco traseiro. O ar-condicionado tem ajustes manuais e também não há sensores de luz ou chuva. O RS deixa de fora ainda uma útil câmera de ré. Esses itens agora são restritos às versões Premier, bem mais caras.

Pic By Fernando Pires / www.flpires.com.br
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em movimento, tudo igual aos outros Onix turbinados. O 1.0 demora um pouco para entregar mais força, com o ânimo aparecendo só acima de 2 mil giros. A partir daí, a potência aparece mais, mas com alguns solavancos. O 1.0 deve alguma suavidade, embora entregue boas respostas.

ONIX RS
Teto é sempre pintado de preto brilhante (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O câmbio automático, também com a mesma programação do restante da linha, que privilegia a economia de combustível, trocando marchas mais cedo. O RS também poderia ter trocas de marcha por aletas no volante, item também deixado de fora.

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Curiosamente, o RS ainda teve desempenho ligeiramente pior do que outras versões já testadas por Quatro Rodas anteriormente. O O RS é ágil, mas não vai além das capacidades do 1.0. Uma alternativa seria instalar o 1.2 turbo do Tracker, com até 133 cv, e diferenciá-lo mais do restante da gama.

ONIX RS
Ar-condicionado tem comandos manuais e não há carregador por indução (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Onix RS ter motor 1.0, aliás, revela a escolha pelo caminho mais conservador da GM para o modelo. Em vez de criar um Onix propriamente especial, mas de nicho (e mais caro), como os Polo GTS e Sandero RS, a versão esportivada se integra melhor à linha, e tem melhores chances de ser mais popular do que um carro de nicho.

E assim, ao menos mantém viva uma (pequena) chama de esportividade na linha nacional da Chevrolet.

ONIX RS
1.0 turbo tem 116 cv de potência (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Teste – Chevrolet Onix RS (com gasolina)

Aceleração
0 a 100 km/h (s): 11,2
0 a 1.000 m (s; km/h): 34,1/157,6

Velocidade máxima (km/h*): n/d

Retomadas
40 a 80 km/h (s): 4,7
60 a 100 km/h (s): 5,7
80 a 120 km/h (s): 8,15

Frenagens
120/80/60 km/h – 0 (m): 58/25,9/14,3

Consumo
Urbano/rodoviário (km/l): 15,4/17,1

Ruído interno
Ponto Morto/Rot. máx./80/120 km/h (dBA): 45/65,1/63,8/71,1

Aferição
Velocidade indicada (km/h): 100
Velocidade real (km/h): 98
Rotação do motor (rpm): 2.100

Grade dianteira tem emblema RS e tons de preto se destacam ao redor da carroceria do Onix RS
Grade dianteira tem emblema RS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ficha técnica

Preço: R$ 75.590
Motor: flex, diant., transv., 3 cil., 12V, injeção multiponto, 999 cm³, 74 x 77,49 mm, 116 cv a 5.500 rpm, 16,8/16,3 kgfm a 2.000 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira Direção: elétrica, , 10,6 m (diâmetro de giro)
Suspensão: McPherson, eixo de torção (tras.) Freios: disco ventilado (diant.) e tambor (tras.)
Pneus: 195/55 R16
Peso: 1.117 kg,
Peso/potência: 9,63 kg/cv Peso/torque: 66,49/68,52 kg/kgfm
Dimensões: comprimento, 416,3 cm; largura, 174,6 cm; altura, 147,1 cm; entre-eixos, 255,1 cm; altura livre do solo, 12,8 cm; peso, 1.075 kg; tanque, 44 litros; porta-malas, 275 litros

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